Capítulo 25

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Era uma sexta-feira, como uma outra qualquer. Só que dessa vez, diferente da maior parte das vezes eu havia decidido ficar em casa. Nada de encher a cara, só relaxar, curtir um seriado enquanto estava acompanhando de um cigarro e uma cerveja.

Sim. Eu disse nada de encher a cara no Bar, não refrescar a garganta no sofá da minha casa. É diferente, toma nota.

Justamente na melhor parte do seriado a campainha toca. O que não é normal, eu raramente recebo visitas, principalmente a essa hora.

E apesar de ter uma família unida que me ama muito, que eu sei. Meus irmãos tem sua vida pessoal, sua própria família. Para ficar dando atenção para o tiozão solteiro.

Sem mas delongas levanto abro a porta e dou de cara com Laura, embriagada. Minha reação primeiro foi surpresa. Segundo fiquei com muitos pontos de interrogação na cabeça. E só depois a conduzi  até a sala onde onde nós sentamos.

Eu: a que se deve essa visita  tão tarde assim?

Laura: eu estava voltando do trabalho quando decidi vir te ver_ fez uma pausa_ fumar não faz bem sabia?

Eu: a um monte de coisa que você come e não faz sabia?_ sorri ela revirou os olhos_ qual o verdadeiro motivo de você estar aqui? Acredito que não foi para me dar um sermão acerca disso_ ela passou o olhar pela casa, depois parou na minha lata de cerveja deu um suspiro e virou a lata na boca.

Apesar de estar embriagada que eu sei, ela ainda está consciente de seus atos.

Me pergunto como ela chegou até aqui nesse estado, com essas ruas perigosas. Ou mesmo o que terá acontecido para ela ficar nesse estado.

Laura: sabe Whitney eu não sei qual é o problema do meu filho, eu já tentei tudo para puxar uma conversa civilizada com ele mais tudo acaba em gritaria e ele dizendo que preferia estar com o pai ou no orfanato_ fez uma pausa_ até algum tempo ele havia caído nas notas isso desde o momento que me separei do pai, mas por um milagre as notas dele voltaram a estabilizar mesmo assim ele não me diz o que se passa, se ele não se abre como eu vou poder o ajudar??

Eu: se você coloca a chave errada a porta não abre mesmo assim não é motivo de arroba-la_ dei uma tragada no cigarro_ seu filho não gosta de seu trabalho._ disse direto.

Laura: que ele não gosta está mas que na cara_ deu um gole na cerveja_ mas o que você quer que eu faça? A porcaria da casa em que vivemos é alugada e é preciso pagar, a faculdade tenho que pagar já que o desgraçado do pai dele faz questão que o dinheiro só sirva para as despesas do filho_ mordeu o lábio com força_eu não quero voltar para casa dos meus pais muito menos ter que viver de favor na casa de um de meus irmãos, eu me meti nessa roubada sozinha quando decidi me apaixonar por aquele otário, você sabe pelo que tive que passar?_ sorriu sem humor_ eu não foi para faculdade porque tinha criar aquela criança, meus pais me mandaram embora de casa eu tive que viver em casa de Erick você não sabe o quanto foi difícil, era como se tivessem achando a empregada perfeita eu tinha que agradar meus sogros, aturar os irmãos dele enquanto ele continuava a boa vida não teve que parar com a sua vida_ falou com raiva_ a parte mas triste disso é que ele nem esperou o nosso filho nascer para começar a trair-me eu tinha que aguentar porque a casa não era minha, não tinha para onde ir se fosse embora e com um bebê no colo o que eu ia fazer_ limpa as lágrimas que saiam_ dez anos convivendo com ele  atendendo seus caprichos, fechando os olhos e a boca a cada chifrada que ele me dava dez longos anos, sabe o que ele fez quando conseguiu um emprego fixo?_sorriu cínica_ comprou uma bela casa e um carro, sabe o que eu tola achava? Qua aquilo tudo era para nós até ele me chutar de casa_ abriu a terceira lata_ tive que ir viver com os meus pais e toda minha família estava lá para jogar na minha cara o quão idiota fui, eu tive que aprender a trabalhar o que já não era difícil, voltei a faculdade e hoje estou no meu último ano depois de cinco longos anos e só esse ano graças a Deus consegui alugar uma casa para eu e meu filho com o meu dinheiro, sem necessitar da ajuda de Erick. Eu já não aguentava ser humilhada_ abriu a quinta lata. Vi uma lágrima solitária escapando dos meus olhos._ John que me perdoe mas eu não vou largar meu emprego só por causa das coisas que as pessoas dizem que faço, eu sei pelo que passei e não vai ser agora que vou voltar atrás. Eu sei onde e como trabalho e não vai ser um fofoqueiro sem nada para fazer da vida que vai sujar minha imagem.

Eu: você vai ficar bem_ na verdade eu estava sem palavras para tanto que ela havia passado, as palavras de consolo me fugiam, só dei mais uma tragada no cigarro até que ela tira aquilo dos meus lábios e pões nos seus o que a faz tossir e eu rir_ está tentando se matar?

Laura: como você consegue fumar isso?_ diz me devolvendo enquanto tomava a cerveja para aliviar

Eu: anos de esperiência_ dei de ombros_ quem sabe a jovem com qual ele te trocou vá embora com todo o dinheiro dele_ ela riu

Laura: ela tem minha cara_ curvei as sombras_ é sério_ riu_ não cara cara no sentido de sermos parecidas ela tem a mesma cara de ingênua que eu quando conheci Erick_ rimos_ é mais provável ele a engravidar e a trocar por uma mas nova aquele idiota não presta_ ficamos num silêncio mas não constrangedor um silêncio bom_ então… você pode mesmo me ajudar na minha monografia ou estava blefando?

Eu: irei te ajudar, você pode vir aos sábados e domingos durante a tarde para resolvermos isso

Laura: obrigada, parece que nos conhecemos no momento certo_ sorriu se levantando quase cambaleante_ ops acho que bebi demais, bom eu já vou!

Eu: ti acompanho

Laura: não precisa minha casa é logo ali

Eu: você não está em condições de ir para casa sozinha além de já serem 2h da madrugada é perigoso deixar uma dama sozinha

Laura: oh obrigada_ ela sorriu para mim_ Já que você insiste.

Levantei - me da mesa numa altura que ela tentava atravessar a sala. Vendo que ela se esbarrava em tudo, mesinha, sofás, TV. Apressei-me a segurar-la, mas ela acabou nos derrubando no sofá. Me fazendo ficar por cima dela.

Ela me encarava, serenamente com seus olhos castanhos brilhantes. Seus lábios estavam entre abertos e fios de cabelo colados ao seu rosto. Colocando minhas mão do lado do rosto dela tentei não depositar todo meu peso eu sei corpo.

Laura: me desculpe!_ sussurrou_ estou destruindo sua casa. Me desculpe mesmo.

Eu: você não a destruiu. Fique relaxada.

Laura: vai ver foi por isso que Erick me deixou._ disse ignora minhas palavras. Então ela se remexeu de baixo de mim. O que fez nossas intimidades se tocarem debaixo dos tecidos de roupa. Ela soltou um gemido baixo. Minha atenção foi para seus lábios carnudos pintados de vermelho. Nossos rostos estavam próximos, ela não parava de se remexer, o que despertou minha ereção.

Antes de cometer alguma loucura. Levantei-me, recuperando a postura. Ela nem fez questão de se mover no sofá.

Eu: vamos?

Laura: me carrega!_ disse num tom sério e depois pois se a rir_ é sério me carrega!

Eu: olha o que a bebida faz com uma mulher linda e equilibrada!_  depois que consegui a colocar de pé, a acompanhei até a casa. A porta principal estava aberta, o que achei perigoso. Não vim nem sobra de John. Mas logo que a coloquei dentro de casa. Me retirei.

Teacher- I'm your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora