Capítulo 26

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Na Antiguidade, seitas esotéricas conceberam a religião judaica como a religião do demônio e viam os judeus como os agentes na propagação dessa religião do pecado. Essa cosmovisão foi resultado de uma crença dualista, isto é, em dois poderes criadores do universo: o Bem e o Mal, identificando os judeus com o Mal, o que os colocou no papel do mal cósmico e os viu como instrumento do demônio.

Ao longo de toda a Idade Média, essa idéia foi desenvolvida e materializada pela Igreja católica. É de se destacar os cânones adotados no Concílio de Latrão (1215) que confirmavam a condenação dos judeus à servidão perpétua, proibiam sua integração na sociedade com o objetivo de impedir a contaminação dos cristãos, obrigavam o uso de signos de diferenciação nas vestes, impediam o acesso dos judeus aos cargos administrativos e os excluíam completamente da agricultura e das corporações. Essas medidas enraizaram na população um ódio milenar baseado numa ideologia demonizadora que culpou os judeus e o judaísmo pela morte de Cristo.

Para Hitler, existiam três raças: as “fundadoras” ou superiores, representadas pelos povos germânicos, as “depositárias”, pelos povos eslavos, e as “destruidoras” ou inferiores, que tinham nos judeus o exemplo paradigmático.

Obcecado com o ideal de pureza racial, Hitler compreendeu a História como uma permanente luta entre as diferentes raças, na qual a raça superior devia utilizar todos os meios necessários para manter sua pureza. A essa visão histórica foi acrescentado o mito da “conspiração judaica mundial”, fortemente difundido em toda a Europa que, entre outras falácias, divulgou a ideia do poder econômico do povo judeu e do seu monopólio dos meios de comunicação. Os judeus foram transformados no bode expiatório e culpados de todos os males pelos quais atravessava a Alemanha, fazendo com que sua eliminação se tornasse um imperativo de Estado.

Os campos de extermínio não estavam na Alemanha, mas na Europa do leste. Isso visava poupar os alemães do “trabalho sujo” e permitia aos poloneses, ucranianos e lituanos, acérrimos antissemitas de longa data, colaborar ativamente com o ideal nazista de aniquilação total dos judeus.

Nas cidades polonesas de Jedwabne, Radzilow, Wasosz e Stawinski, por exemplo, os moradores assassinaram milhares de ju-deus, sem nenhuma imposição dos ale-mães. Se algum episódio exemplifica o enraizado anti-semitismo polonês, ele é a matança de judeus depois de finalizada a guerra. O pogrom de Kielce (1946), um entre muitos, permanecerá na história polonesa como um dos maiores atos de covardia coletiva, no qual 42 sobreviventes do Holocausto foram assassinados pelos vizinhos. Por quê? Medo destes de ter de devolver, a seus donos judeus, as casas que haviam ocupado ilegalmente.

Fui o primeiro da classe a pôr -me em pé, para parabenizar aos rapazes pelo belíssimo trabalho que o fizeram. Olha que eu só trouxe a vocês o resumo daquilo que eles apresentaram.

De seguida a classe inteira levantou-se para os parabenizar. Afinal de contas foram minuciosos na busca da informação, trouxeram não sou o essencial, como aquilo que passava despercebido.

Eu os mandem faz esse trabalho o intuito de os fazer refletir, não só ao que diz respeito ao antisemitismo e o antijudaísmo, como também a questões socioeconômico (status social), a religião, a política que são adjacentes que contribuem para o desequilíbrio tanto emocional como físico. E a história de Adolfo Hitler e os judeus é a que melhor faria tanto a eles quanto aos seus colegas de turma compreenderem isso.

(...)

Como dito Laura as fins de semana durante a tarde vem a minha casa para que eu a ajude com a sua monografia e por vezes John vem acompanhado por ela isso para não ficar sozinho entediado em casa.

Laura: okay eu ouvi e acho que e entendi o que você quis dizer só que isso não me faz compreender o que tenho de fazer_ estamos sentados na mesa da minha varanda enquanto John está assistindo algum seriado, a mesa está cheio de papéis e eu te tentando explicar algo para essa mulher.

Eu: o tema da sua monografia ti deixa inquieta?

Laura: sim… porque de certo modo eu sei o que é assédio no trabalho, bem que eu não queria falar disso_fez uma pausa_ queria falar talvez de violação doméstica, divisão da guarda infantil

Eu: ainda bem que não foi isso que saiu para ti _ ela curvou a sombra_ você pode gostar mais não pode se apaixonar pela sua ideia percebe? Você tem mas chance de si dar bem com temas atuais e assédio no trabalho é um tema atual muito abrangido ultimamente mas pouco especificado.

Laura: hum isso faz sentido, como fazer para que meu trabalho esteja apresentável, especificado mas não aborrecido?

Eu: primeiro não abrace o mundo; saiba qual é o objetivo do seu tema, problema, justificativa, metodologia e hipótese

Por vezes por levarmos muito tempo debatendo acerca do trabalho eles acabam por jantar na minha casa. Sempre que posso nas sextas de noite vou buscar Laura em seu trabalho, um dia enquanto Laura estava na faculdade eu no meu dia de folga e John havia voltado da escola e passou para conversar já que nos tornamos amigos e nos falamos de tudo sem tabus

John: uma coisa que minha mãe tem é azar, sério ela tem principalmente quando se trata de namorados. Quando ela se separou do meu pai três meses depois arranjou um namorado que não durou muito aliás seus namorados só durão três no máximo cinco meses alguns quando descobrem que ela tem filho caem fora ou por vezes quando eu não vou com a cara da pessoa_ sorri malicioso_ boto a pessoa para correr_ rimos

Eu: só me lembro de ter tido esse azar quando ainda andava no ensino médio.

John: verdade, Whitney você já é bem grandinho porque não se casa?

Eu: meu jeito de viver, gosto assim ou melhor não está nos meus planos casar.

John: é uma boa vida essa_ sorri_ acho que eu também vou adotar esse estilo

Eu: não se precipite mas na mesma seja bem vindo ao time. Você ainda é jovem tem muito que viver não devia se preocupar com essas coisas tão já

John: não que eu me preocupe tenho mas coisa para fazer da vida do que procurar uma namorada para me encher o saco_ rimos_ já basta minha mãe

Eu: “Aconselho que se case. Se o faz será um homem feliz, se não o faz será filósofo.” Sócrates

Teacher- I'm your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora