Teacher- I'm your friend

Capítulo 14

Milagres não vem para ver
Faz falta para aprender.

No tempo que me dediquei aos estudos com a ajuda dos meus amigos, consegui notar que muitos de nós a tira as culpas para um único ser por causa de nossas desgraça.

Muitos de nós não compreendem o verdadeiro sentido do ditado "Deus ajuda quem cedo madrugada" isso não quer dizer que você tem que acordar antes do sol nascer literalmente. Se você se esforçar e mostrar que está determinado a alcançar seus objetivos, nos momentos ruís Deus estenderá sua mão para te ajudar.

Lá estava eu no segundo trimestre do meu último ano do ensino médio, eu estava conseguindo deixar meus pais orgulhosos, meus pais já não sentiam a mesma vergonha de falar de mim para família ou aos vizinhos, a decepção havia se afastado de seus rostos e isso me agradava.

Isso não quer de dizer que a história parou por aí… com os meus 19 anos estava fazendo o último ano do ensino médio, e foi nessa época que me apaixonei por uma garota da turma ao lado.

Antes de falar dela vocês já perceberam que sempre que hintoa-mos o hino nacional estamos fazendo um juramento a pátria e a medida que juramos todos os anos é como se para lembrar que temos um dever a cumprir com o nosso país?!

Bom Lendircia era a garota da turma ao lado eu gostava dela contei isso aos meus amigos e eles disseram que não era uma boa ideia porque essa garota tinha uma má fama de ficar com qualquer cara bonito que lhe aparecer a frente, mais como todo ser humano eu quis ver para crer, fui ter com ela e ela topou em namorar comigo porque segundo ela me achava muito charmoso e misterioso.

Eu gostava daquela garota não me lembro. Gostava de seu cabelo preto longo e ondulado, seus lábios finos, suas pernas longas e finas, gostava do jeito que ela agia. Como uma rainha, seu olhar superior. Ela tinha uma postura que me agradava muito.

Era a única garota que parecia não ligar para nada, aos seus olhos eu era mais um aluno daquela enorme escola. Das poucas vezes que nossos olhares se cruzaram, seu olhar era indiferente. Mesmo que ela não notasse meus batimentos cardíacos aceleravam sempre que ela estava por perto.

Duas semanas depois o início do nosso namoro, enquanto eu caminhava em direção ao banheiro  vi ela se pegando com um garoto da minha turma, sabe o que eu fiz? Continuei meu trajeto até o banheiro ela me viu eu a vi e aquilo havia me magoado, não precisei ir ter com ela para dizer que tínhamos acabado e daí ficamos sem se falar.

Naquele momento eu não deixei transparecer minha tristeza. Mas aquilo me quebrou por dentro. Eu gostava muito dela. Ela era a garota perfeita para mim, mas pelos vistos eu não era perfeito para ela.

Não foi fácil superar esses sentimentos, e naquele ano eu não consegui me interessar por outra garota. Porque apesar do que ela me fez, eu ainda a achava deslumbrante. Seu brilho me cativava, mas não me alegrava mais. Me queimava. Por dentro e por fora.

(...)

Hoje sábado na escola houve a reunião dos encarregados de educação com os respectivos diretores de turma. Como era previsto eu também estava dando essa reunião, no fim da reunião em quanto caminhava pelos corredores da escola para sair dela já que hoje é que tem o batismo da minha sobrinha

Eu: você por aqui?_ digo espantado por ver a mulher que mais parece a irmã de Michael Jackson

Ela: Era só o que me faltava_ revira os olhos_ o cara que me chamou de prostituta é professor! — debochou.

Eu: você ainda está chateada pelo que disse?

Ela: eu chateada não, claro que não_ disse irônica_ se eu dissesse que você dorme com suas alunas para as fazer passar de classe você ficaria contente?

Eu: Não,  mas não ligaria porque sei que não é verdade.

Ela: ótimo o problema é que eu ligo_ me deu as costas e saiu pisando duro em direção aos portões da escola, a segui

Eu: espera

Ela: o que você quer?_disse mau humorada

Eu: pedir desculpas, não foi ético da minha parte ter lhe ofendido_ ela cruzo os braços me encarando_ aceita um refrigerante?

Ela: se for com segundas intenções esqueci!

Eu: como forma de me desculpar_ ela respirou fundo

Ela: se for na sua conta está bem!

Eu: ótimo conheço um lugar aqui perto_ começamos a caminhar_ mãe solteira?

Ela: não vou te falar da minha vida!

Eu: Está bem. Eu sou professor de história, literatura e de vez em quando, matemática dou aulas já faz cinco anos.

Ela: Ei! Eu não pedi para me falar da sua vida_ diz como se eu fosse algum tipo de louco

Eu: não podemos ficar calados pôs não?!_ revirou os olhos, chegados ao bar pedi dois refrigerantes_ peço desculpas pela forma que te tratei, espero que a próxima vez possamos conversar mais, mas tenho de voltar para escola pegar meu carro e ir para casa dos meus pais.

Ela: está certo, obrigada pelo refrigerante

"A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida"

Vinícius de Moraes