Capítulo 30

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Hoje é meu dia de folga preferi me manter em casa, tirei meu teclado para fora já faz algum tempo que não toco, eu estava passando meus dedos pelos teclados, entre notas de uma música que não saia da minha mente, não me lembrava de quem era a música só sei que tinha as notas em mente.

Eu: vai ficar me encarando assim por quanto tempo?_ falei sem parar de tocar

Laura: não sabia que tocava!!

Eu: Eh! não costumo ter hábito de dizer as coisas que sei fazer, prefiro que as vejam.

Laura: me lembro que escutava muito essa música_ fez uma pausa. Ficou algum tempo em silêncio_ Whitney tenho algo para ti dizer.

Eu: então me diga

Laura: estou grávida

Eu: Parabéns.

Laura: você ouviu o que eu disse_ eu acho que não mesmo, então parei de tocar e a encarei_ eu disse que estou grávida o filho é seu.

Eu: Oh meu Deus Lú!_ lamentei com a mão na cabeça_  Eu falei que não queria nada sério_ suspiro passando as mãos pelo rosto_ você não tomava pílulas? Tem certeza mesmo?

Laura: Eu tomava mas aconteceu. E claro que tenho certeza. Eu não te diria isso se não tivesse certeza do mesmo_ aí meu Deus logo eu, tenho vontade de chorar_ vê você não tem diferença com o Erick_ diz ficando nervosa enquanto lágrimas se foram em seus olhos_ mas tudo bem, você é um idiota sem coração eu não preciso de si para cuidar dessa criança já cuidei de John. Não vai ser essa criança que não irei conseguir cuidar SOZINHA e quer saber Whitney me esquece eu não quero ver mais sua cara não quero saber de si_ se virou e saiu como um furacão, Jesus!

Voltei a por as mãos no teclado só que a nota tinha evaporado da minha mente e eu estava irritado, me levantei peguei um maço de cigarro, preciso pensar!

O melhor como irei lidar com isso? Logo eu? Porque eu meu Deus, minha vida já estava perfeita desse jeito, agora isso!

Até fumar está me estressado joguei o cigarro no chão e entrei dentro na casa, estou tão confuso que bati o dedo com a cristaleira.

Eu: Ahh que merda! _ rangi os dentes entrando no meu quarto e me jogando na cama._ Era só que me faltava. Eu sendo pai!

(...)

Acabei passando a tarde inteira dentro do quarto. Quando acordava e lembrava da notícia que Laura me deu eu fica frustrado e voltava a me deitar.

Sem perceber acabei dormindo com a casa desprotegida sendo que todas as portas estavam entre abertas.

Eu: Eu preciso arranjar uma solução_ disse para mim mesmo.

Peguei o celular e liguei para uma pessoa que sabia ou me mataria ou me jogaria para ser comido por sanguessugas

Eu: Alô

Graça: lembrou que tem irmã?_ disse cínica.

Eu: eu engravidei alguém_ falei ignorando seu comentário.

Graça: você engravidou alguém_ falou calma acho que não percebeu o que disse_ você o que? Como? Onde? Quem?

Eu: por favor Graça eu sou professor de história, literatura e  matemática, não biologia e português.

Graça: VOCÊ ENGRAVIDOU ALGUÉM_ grita, meus tímpanos quase estouram_ até que enfim decidiu fazer uma família.

Eu: mas eu não queria

Graça: você o que?

Eu: você sabe, nunca estiveram nos meus planos formar uma "família" eu gosto da minha vida assim como ela é

Graça: William Whitney Smith o que você disse a moça?

Eu: nada específico!

Graça: a quanto tempo você conhece essa tal pessoa?

Eu: Isso não importa agora!_ resmunguei.

Graça: Whitney!

Revirei os olhos antes de a responder.

Eu: Desde o segundo semestre do ano passado.

Graça: Que lindo! Tem namorada e nem diz a família.

Eu: não, apenas ficávamos. Não somos namorados!

Graça: olha Whitney eu não sei o que se passa na sua cabeça e sinceramente não estou disposta a saber só ti digo assuma o bebê já se vocês se amam ou não isso é problema vosso. Não dá criança, você mas do que ninguém sabe que uma criança não deve sofrer pelos atos de seus progenitores.

Eu: assumir você fala como se eu fosse negar _ resmungo indignado_ preciso pensar.

Graça: o silêncio as vezes é culposo Whitney. _ ela faz uma pequena pausa _ imagine você no lugar dela. Grávida, não está comprometida, e não tem nem a certeza de que o bebê será assumido. Para uma mulher estar nesse tipo de situações é muito doloroso Whitney.

Eu: Está bem. Eu entendi. Obrigado.

Após encerrar a chamada, joguei o celular na cama e me sentei no chão, com as costas encostadas a base da cama.

Respirei fundo. E murmurei um " Meu Deus"

Não se trata só de assumir. Eu pudia muito bem dizer a Laura " Tudo bem. Eu assumo a criança" mas a paternidade não se resume só nessa simples palavra.

É necessário ter consciência de: uma vida está vindo para um mundo; é preciso ter cuidados, já não se trata só de você e seus caprichos; é você, a criança, a mãe da criança e seus caprichos. Tudo que você fizer irá afetar esse ciclo.

E sim. Eu dúvido das minhas capacidades para ser pai, tenho medo de ser motivo de mas um ser humano frustado no planeta terra.

Eu não gostaria de ver meu filho com seus 16 anos se perguntando porquê o trouxe ao mundo, porquê ele tinha de ser o espermatozóide vencedor.

Suspirei.

Joguei a cabeça para o lado. Me deitando no carpete imóvel.

O que eu fui fazer?

Que raiva de mim mesmo.

Eu sei que isso é culpa minha. Minha irresponsabilidade. Deixar o lado de se assegurar que não engravide só para ela.

E é um fato a maior parte de nós homens, deixa a responsabilidade de assegurar que não aconteça uma gravidez para as mulheres. Jogamos toda a responsabilidade para cima delas. Enquanto somos nós, na maior parte das vezes quando a excitação domina o nosso organismo optamos por fazer sexo desprotegido.

Geralmente a iniciativa parte de nós, e para algumas mulheres chega a ser difícil ter o domínio de suas acções e negar que o mesmo aconteça.

E quando no final é uma gravidez indesejada, fugimos.

Teacher- I'm your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora