Capítulo 13

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Como passou a ser costume nós compravamos o lanche na cantina depois procuravamos  um local para sentar.

Flávio: você é muito carancudo devia sorrir mais

Eu: a vida não me permite!

Kelvin: conta outra_disse rindo_ não existe nenhuma lei ou sentença que impede alguém de sorrir para vida!

Eu: existem problemas que me impedem de o fazer.

Flávio: falando em problemas  meus pais acabam de se divorciar — declarou mudando o rumo da conversa.

Kelvin: poxa! Sinto muito, e então a vossa guarda ficou com quem?

Flávio: meu pai tinha bons advogados a guarda teria ficado com ele mais como minha mãe tinham bons argumentos e testemunhas das vezes que ele a agredia o juiz decidiu que a guarda ficaria com minha mãe. Por causa das agressões domésticas que a mesma sofria._suspirou_ talvez seja melhor assim.

Kelvin: é… quem me dera se os meus pais estivessem aqui mais da forma que alguns pais agem hoje em dia acho que foi bom eles terem me abandonado… apesar das vassouradas que levo da minha avó quando faço algo idiota ela faz o papel de mãe e pai para mim e a amo por isso… por isso quando crescer quero poder dar uma vida digna a ela

Nesse momento eu havia me sentido o maior imbecil de todos. Eu que não queria ser julgado acabava julgando os outros mesmo sem perceber. Apesar de eles aparentarem levar uma vida cheia de felicidades eles tinham suas tristezas mais apesar de tudo não deixavam de sorrir e tentar de novo.

Kelvin: Whitney no que pensa?

Eu: só espero poder passar de ano dessa vez!

Flávio: vamos nos esforçar para tal. Já tocou vamos para sala.

Depois de ter dados aulas segui meu caminho, a rua por qual andava estava um pouco movimentada por estudantes, pelo caminho conversava com eles

Eu: vocês não devia levar a vida tão a sério, se focar só nos estudos como se fossem robôs isso é escravidão e se deixar abalar pelo que acontece nas vossas vidas se tornando carancudos é querer envelhecer cedo. A vida é bela quando é bem vivida, mais vivam com prudência evitem fazer merda e estressar vossos pais a toa

Bob Marley: é raro ouvir um professor dizer isso!

Eu: eu também já estive na vossa idade

Raul Seixas: para mim o professor parece da nossa idade_disse rindo_ você não age cem por sento que nem um adulto

Eu: se ser um adulto é apontar os erros dos outros e andar sempre carancudo eu passo! Prefiro continuar criança. — fiz uma pausa — Mas o que se passa com aquele outro vosso colega que não aparece na escola faz uma semana, aquele com cara de Agostinho Neto

Raul Seixas: haaaaa Fernando_disse rindo_ mais professor esses nomes que você nos dá

Eu: só velho de mais para guardar todos vossos nomes

Bob Marley: agora já és velho?

Raul Seixas: Fernando está com malária

Eu: digam para ele que desejo rápidas melhoras.

Bob Marley: professor para te existe um aluno burro?

Eu: não porque até o próprio animal burro não é burro. Só existe alunos com preguiça mentais ou com estresses de mais que acham estudar mais um problema. Ou seja, a capacidade intelectual de cada um de vocês difere.

Raul Seixas: e então esses deliquentes que andam pelas escolas, são o que?

Bob Marley: exato aqueles que bebem e fumam se encaixam em que grupo?

Eu: alguns nos dois grupos outros é excesso de mesada quando você da muito dinheiro a um jovem que já tem tudo ele acaba comprando o que não precisa.

Bob Marley: como drogas!

Raul Seixas: é por isso que meu pai se nega a mim dar mesada. Professor você fuma porquê?

Bob Marley: outros dizem que fumar aumenta a inteligência

Eu: isso não é uma total verdade. Porque vocês chupam aqueles docinhos sabendo que tem excesso de açúcar e faz mal os dentes?

Raul Seixas: Não é como se chupasse-mos em excesso_se defendeu_ é saboroso

Eu: ótimo então você já sabe porque fumo

Bob Marley: eheee professor essa resposta não me convence!

Eu: quem sabe um dia eu vos conte, o porquê!

"Enquanto um homem tivesse vinhos e cigarros à sua disposição, ele poderia resistir.”

CHARLES BUKOWSKI

Teacher- I'm your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora