Capítulo 21

6 3 0
                                    

Dito e feito, a estávamos nos na quinta feira numa barraca que por vezes eu ia acompanhando de alguns colegas nas sextas, com minha bata na pasta um copo de cerveja na mão e vendo alguns jovens que jogavam bilhar, enquanto aguarda-vamos a nossa vez.

Depois de algum tempo a mesa foi desocupada dando espaço para nos.

Eu: O que acha de um jogo de bilhar

John: por mim tudo bem_ me levantei peguei a moeda e meti na máquina de seguida sairam as bolas, arrumei e ele deu partida

Eu: tacada forte!

John: É! Costumo jogar quando tenho tempo livre_ olha para o lado_ o que você falou na escola é sério?

Eu: sim_ meti uma bola zebra, adoro jogar as zebras, tirei um maço de cigarro acendi e coloquei na boca

John: você não devia fumar afrente de um aluno, ou mesmo beber… e se eu ti imitar?— indagou

Eu: aqui não estamos como professor e aluno mais sim como dois amigos e se você me imitar você estará sendo um idiota_ ele meteu três cheias enquanto eu dava uma tragada no cigarro. Ele é bom.  Soltei o a fumaça que foi direção a janela._ uma coisa que eu fui quando estava na sua idade!

John: você não parece alguém que teve problemas… você é um dos professores mais admirados da escola, até o diretor quer ter umas aulas consigo_ dei uma risada e ele acompanhou_ eu não consigo ficar totalmente concentrado numa aula, principalmente quando minha mente fica me atormentada_ mete outra bola_ fico pensando, porquê minha mãe tinha que ter engravidado com 17 anos_ mete outra bola_ porquê eles tinham que se separar_ mete outra_ porquê ela insiste em trabalhar naquele lugar mesmo sabendo que sua e minha reputação ficão manchadas_ joga a bola branca contra uma cheia com raiva o que faz a bola saltar para o chão.

Ele dá um suspiro enquanto, eu pego a bola branca que havia caído no chão.

Coloco a bola na mesa e me preparo para dar uma tacada.

Eu: é triste quando as acções alheiras ou nossas mancham a imagem de alguém_ meto uma zebra com calma_ só que é frustrante quando não fazemos nada para mostrar o contrário.

John: não existe nada que eu possa fazer para mostrar o contrário, nada que eu diga possa fazer eles pararem de pensar mal da minha mãe, de mim eles que se matem

Eu: quem disse que não há_ meto a bola preta_ você já viu filho de uma prostituta se dando bem na escola? Tendo boas notas, sendo participante?_ meti outra moeda_ olha John aquilo que você faz é aquilo que você pensa. Suas ações contribuem para que eles falem mal de si, você não pode dar espaço para que a pessoa ti julgue por algo que não é mostre que pode ser melhor.
Eu não quero julgar a ninguém, por aqui que faz ou deixa de fazer. Só quero que você análise, tendo uma mãe prostituta, qual é a probabilidade de uma criança se dedicar a escola? É muito baixa. São poucos os casos de filhos de prostitutas, traficantes, narcótico que se dão bem na vida.

John: você fala como se já tivesse passado por isso

Eu: eu também já foi adolescente John_ falo o encarando_ se ti digo isso  é porque não quero que cometas os mesmos erro que eu, nem você nem nenhum aluno meu_ encerro o jogo_ melhor ir para casa, essa hora os seus colegas já devem estar saído da sala.

John: é…_ pegou sua mochila_ até mais professor… e obrigada.

"Não é difícil escapar da morte. Todo soldado sabe que basta sair fugindo. O mais difícil é escapar da maldade, pois ela é mais rápida que nós"

Sócrates

Teacher- I'm your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora