I hope you miss me

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Oi gente! Tudo bem ?
(Postando essa hora porque sou meio zumbi 🤡)
Perdão o sumiço, esse fim de semana foi bemmm corrido assim como será essa semana! Ainda sim, prometo tentar escrever!
Gostaria de agradecer por estarem aqui, desejar uma ÓTIMA leitura e um beijo no coração de vocês 💚

(Ps1: obrigada Bmo que me avisou dos erros de nomes, muito obrigada mesmo 💚)

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Dick Grayson pov

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Dick Grayson pov.

Odeio despedidas.
Mas odeio ainda mais quando são despedidas falsas.
E no momento, me odeio um pouco.
Estou parado em frente ao prédio de Frank há duas horas.
Na espera de um milagre em que ela saia de lá em algum momento e bom, queira falar comigo.
Sim, milagrosamente.
Talvez eu tenha uma boca santa, ou algo assim, porque logo vejo a garota sair com os tradicionais fones de ouvido, os cabelos ruivos presos e um sorriso radiante.
Ela conversava nos fones.
Falava com os irmãos, provavelmente.
Nas últimas duas semanas, estive em rotinas viciosas e variantes na Califórnia, em todo o tempo, fui apenas Asa noturna.
Dick havia morrido por um tempo.
Asa noturna esteve no comando em tempo integral.
Mas depois que Conner e Artemis invadiram minha vida, me sequestrando e me trazendo de volta à realidade, tive que voltar a ser Dick.
E Richard Grayson tinha pendências, muitas delas.
Uma delas era Frank.
A linda menina com quem eu havia sido um filho da puta, por absolutamente motivo nenhum.
Sim, havia um motivo.
Bárbara.
A mulher por quem eu nunca, nunca, seria capaz de esquecer, e isso me fodia muito.
Merda, eu poderia só me apaixonar genuinamente por Frank, e fazê-la minha esperança.
Talvez eu realmente devesse fazer isso.
No momento, eu só queria que ela me desculpasse e que em algum momento, o lindo sorriso fosse direcionado a mim mais uma vez.
Antes que eu pudesse descer do carro, arregalo meus olhos, confuso.
O que Tim Drake fazia correndo e se pendurando no pescoço de Frank, que começa a rir do garoto.
Merda. Antes Jason e agora Tim !?
A única coisa que faltava para o colapso dos tempos, era que Bruce aparecesse.
Frank tira os fones e abraça Tim, eles então começam a sair do complexo universitário abraçados.
Ligo o carro e decido segui-los. Vejo-os caminharem de braços dados enquanto Frank basicamente ria o caminho todo.
Merda, Tim era um palhaço ?
Eles entram no café que antes Frank e eu visitamos pela primeira vez que saímos e sentam-se próximos a janela de vidro.
Dolorosamente eu assisti tudo aquilo.
A sensação era como se houvesse uma barata atravessando meu pescoço.
Estava até coçando.
Pacientemente, eu fiquei observando-os a manhã toda.
Aquilo estava ridículo.
Qual o problema daqueles homens
De repente todos os ex-Robins ou Robins, começaram a caçar Frank. Credo!
E Tim estava cometendo um erro terrível trazendo um muffin para Frank.
- Ela não gosta. — digo sozinho encarando a cena.
Vejo a garota sorrir, agradecer e permanecer apenas tomando seu cappuccino.
Segui eles em sua volta até o complexo universitário.
Estacionei e sabia o que fazer.
Tim e ela estavam sentados no gramado frente à porta do complexo de laboratórios.
Tim usava fones de ouvidos e Frank escrevia algo em seu caderno.
Se eu quisesse que Frank se lembrasse da saudade que sentia de mim, eu precisava fazer algo que aprendi na adolescência, graças a Bruce.
Uma entrada dramática, isso caçava a atenção.
Vesti meus óculos escuros, desci de meu Maserati MC20 azul e já pude sentir minhas costas queimarem.
Sorri, eu até que senti falta dessa sensação.
Andei intencionalmente devagar e Deus, eu adoro como algumas garotas propositalmente balançam seus cabelos e até mandam algumas piscadelas.
Frank, por outro lado, continua focada em seu caderno e tudo o que recebo daquela direção, é o sorriso debochado de Tim que me encarava.
Certo, não funcionou com Frank que agora apenas colocava os óculos de grau em seu rosto. Esses óculos eram novidade. Ainda sim, ela estava linda. Decidi então, apenas tentar falar com ela.
- Não acredito que ainda faz isso. — disse Tim quando me aproximo e Frank levanta seu rosto em minha direção.
Imaginei gritos, xingamentos ou pelo menos uma carranca. Do contrário, ela levantou os lindos olhos verdes e abriu um sorriso.
Levantou-se, colocou-se nas pontas dos pés e me abraçou apertado.
- Senti sua falta. — disse baixinho. – Onde esteve ?.
- Longe, mas estou aqui agora. — digo a ela que infelizmente me solta e volta para o lado de Tim, agora em pé.
O que era aquilo ? Ele só faltava mordê-la para marcar território. Idiota. E piorou tudo, colocando o braço sobre o ombro dela.
- Não sabia que estava em Gotham. — disse Tim, sorrindo.
Sorriso irritante.
Sim, eu já estava de mau humor.
- Cheguei há pouco tempo. — respondo e volto a olhar para Frank, puxando-a gentilmente pelo pulso.
Tim não era o dono dela, e eu não queria que agisse como se fosse.
Merda, eles haviam se beijado ?
Frank não precisava lidar com isso, ela era bem nova e ainda que ela e Tim tivessem a mesma idade, todos os garotos que um dia foram Robin, estavam fodidos e quebrados.
Frank não merecia isso, ela era boa, boa demais.
- Eu volto em um segundo para falar com você, só preciso entregar uma folha para aquele professor. — aponta ela sorrindo. – Prometo, quero saber de tudo!
- Eu te espero. — sorrio.
Ela pega seu caderno e se afasta de nós, caminhando até o homem de meia idade que caminhava pelo gramado.
Quando ela nos deixa, encaro Tim.
- Por que está agindo assim ? — pergunta Tim, quebrando o silêncio.
- Você está ficando com ela ? — pergunto direto e ele começa a rir. – Não seja um idiota.
- Por que acha isso ?
- Os risinhos, café e essa merda de atitude superprotetora que você teve. — respondo já começando a ficar irritado. – Merda, vocês nem se conheciam!
- Depois dos dias de suas crises, voltei a faculdade e bom, foi natural!
- O que foi natural ? — eu queria empurra-lo na parede e estapear sua cara.
- Nosso encontro e o fato de ela gostar de mim. — deu de ombros.
- Vocês estão ficando ? — volto a perguntar.
- Preciso de contar uma coisa...— começa a dizer ele. – Ela realmente tem alguém.
- Quem ? — pergunto. – Damian não está nessa também, certo ?.
De repente o gramado se torna silencioso e podemos ouvir apenas o ronco do motor de um Mercedes Gtr, estacionando ao lado de meu carro.
Jason desce do carro, usando óculos escuros e levemente bagunçando as mechas brancas em seu cabelo. O sorriso arrogante estampava seu rosto. Ele trancou o carro e caminhou até o gramado, sendo o centro das atenções.
Idiota convencido.
- Deus, vocês não são normais. — disse Tim revirando os olhos. – Idiotas.
- Isso chama as garotas. — explico a ele.
- Deve chamar mesmo. — disse Tim e eu voltei a encarar Frank.
E então, perdi o ar de meus pulmões.
Vi Frank terminando de falar com seu professor e correr para os braços de Jason.
Que merda essa garota estava fazendo ?
Estava com Tim mas fazia coisas assim com Jason.
Foi o que pensei, até perder minha mente.
Ele segurou-a e selou seus lábios.
Aquilo era um pesadelo.
- Chamou bastante a dela. — Tim sorriu sarcástico.
Merda, merda, merda, merda.
Aquilo definitivamente era um pesadelo.
Eu sabia como seria isso.
Ele beijaria Frank e depois apenas deixaria ela, quebrando seu coração, odiaria ver Frank gastar seu primeiro beijo com alguém como Jason.
Eles caminham de mãos dadas até nós e eu quase sinto enjoo.
- Estou louca para ouvir tudo, Dick. — sorriu Frank animada.
Encaro Jason, Que apenas sorri e volta a encarar Frank.
- Ouvir o que ? — pergunta ele.
- O que houve com Dick todo esse tempo. — respondeu ela. – Podemos tomar um café depois.
- Por que não jantamos todos juntos ? — convida Tim com um sorriso no canto de sua boca.
Oh, não...aquele idiota estava com o típico sorriso de quem estava fazendo merda. Eu sabia isso.
- Eu apoio! — sorriu Frank e encarou Jason que me olhava sério.
Encarei-o de volta.
Qual era o problema dele ?
Estava com receio de que eu roubasse Frank ?
Quase ri disso, talvez eu devesse rouba-lá mesmo.
- Gente ? — diz Frank chacoalhando-nos em busca de resposta.
- Vai ser um prazer. — sorrio para ela e vejo a mão de Jason apertar a cintura da garota.
- Eu vou. — disse ele.
Ouvimos o sino e Frank arregala os olhos.
- O trabalho! — grita e aperta sua mochila nos ombros, puxando Tim pela mão.
Sem despedidas, observamos os dois correrem para dentro do prédio universitário.
Jason e eu apenas nos encaramos e sem dizer uma palavra, voltamos a nossos carros.
Propositalmente ele me fecha no estacionamento e quase jogo a garrafa de água de meu console, em sua cabeça.
Ele então apenas acelera seu carro para fora da universidade.
Seguimos direções opostas e eu retorno a mansão Wayne. Aquela hora, estaria sozinho na enorme propriedade, o que me daria tempo para um dia ocupado de treinos.
Ouço meu telefone tocar e adivinho ser Artemis, ela me ligava todos os dias.
- Oi, pombo azul! — saúda ela. Idiota.
- Oi, Artemis. — digo rindo. – O que você quer ?.
- Só avisar que Brianna está segura e logo poderemos levá-la de volta para Gotham.
O lugar seguro em que eu havia realocado Brianna, era um galpão monitorado em tempo integral por Artemis.
- Isso é bom, mas ela deve continuar em local seguro. — digo. – Ainda há riscos.
- Você não deveria considerar Jason um risco.
- Não falo dele. — respondo. – De qualquer forma, ela espera aí.
- Certo. — aceita ela. – E como foi o reencontro com a ruiva ?.
- Ela beijou Jason. — respondo bufando.
- WOW. — grita Artemis. – Ela deveria transar com ele...que homem gostoso!
- Artemis...— resmungo tentando manter o ar em meus pulmões e não cometer nenhuma destruição.
- Você sabe que é verdade, já viu aqueles músculos sem camisa ? — pergunta ela. – Se ela não quiser ele, eu quero!
- Você sabe que eu ainda estou te ouvindo, certo ?
- Claro, e não ligo. — retruca ela. – Ficarei de babá hoje, te ligo amanhã! — despede-se.
- Até amanhã. — sorrio desligando o celular e descendo de meu carro.
Entro na mansão e entro no escritório, em busca da entrada secreta para a caverna.
Tiro minha camiseta e começo o aquecimento, usando dois bastões de eletricidade em minha mão.
Assim, eu esqueceria do desgosto de ver a cena de Frank correndo para Jason e os comentários de Artemis, insinuando que ela devesse avançar sinais com Jason.
Eu mataria ele.
Ele está se aproveitando da inocência de Frank, isso é um fato. Mas é claro que eu jamais deixaria que isso acontecesse.
Jason é obviamente um ser com sentimentos limitados e completamente desprovido de consciência e senso. Ele a colocaria em risco.
Passo minha tarde focado no treino, o que desvia um pouco o foco do meu atual problema.
Checo meu relógio após tomar um banho e cuidar dos hematomas entre os nós de meus dedos.
Passo um perfume penteio meu cabelo para trás.
Escolho o mesmo carro usado para ir a universidade e dirijo até o endereço que Tim Drake havia deixado no grupo de mensagens.
Sim, a mansão Wayne tem um grupo para mensagens e até Alfred participa dele. Não que eu ache que ele saiba usar, mas está nele. Nunca o usamos, apenas para assuntos muito específicos.
Frank é um assunto muito específico.
Estaciono frente à calçada do restaurante e desço. É descente. Ponto para Tim Drake.
Sorrio para a recepcionista e antes que eu possa pedir por uma mesa, vejo a cabeleira rebelde com leves mechas brancas, posicionado no canto do salão, sozinho. Merda.
Agradeço a funcionária e ando até lá.
- Jason. — balanço a cabeça.
- Dick. — responde ele balançando o copo de cristal com uma dose de whisky. – Aceita ?.
- Não, obrigado. — agradeço e ele apenas recolhe a mão com anéis nos dedos. Deus, aquele cara não tem senso, como iria lutar com anéis !? – Onde está Tim ?.
- Buscando Frank, fizeram um trabalho na biblioteca até tarde.
- Desde quando são amigos ? — pergunto pedindo a um garçom, uma taça de vinho.
- Estudam juntos. — encara o líquido vermelho sendo depositado em minha taça com desgosto.
- Entendo. — agradeço ao garçom e encaro Jason, que me encara de volta em silêncio.
Nosso silêncio não dura muito, já que pouco tempo depois Tim e Frank juntam-se a nós.
- Esperaram muito ? — pergunta ela aproximando-se da mesa e tirando o sobretudo preto, exibindo o vestido verde justo.
Frank sabia atrair holofotes.
Me levanto e ouço a cadeira de Jason fazer o mesmo som. Nos encaramos e desistimos de puxar o assento de Frank, voltando a nos sentar.
Tim puxa o assento dela e senta-se frente a ela, na cabeceira oposta da mesa.
A ruiva agradece e se senta encarando o cardápio distraidamente.
E Jason e eu voltamos a nos encarar.
Que merda era aquela !?
Desde quando Jason era capaz de utilizar da palavra cavalheirismo ?.
Tim coça a garganta e voltamos nosso olhar a ele.
- Vocês estão parecendo dois lobos em caça. — sussurra ele. – Se começarem a brigar, vou sumir com ela. — avisa ele.
- O que vão pedir ? — pergunta Frank cortando nosso assunto.
- O que você quiser, Romã. — sorri Jason e sinto meu corpo tensionar. Não chame ela assim.
- Vou pedir o mesmo. — respondo.
- E eu vou querer um salmão. — diz Drake. – Sei que não vai pedir o mesmo. — sorri para ela e vejo Jason também voltar seu olhar a ele. – Nós estudamos peixes hoje, ela está enjoada.
- Senti dó dos pobres peixes perdendo suas ovas. — resmunga ela, triste.
Frank era uma mulher muito fofa.
Tinha a aparência de uma mulher madura, confiante e contida, mas era apenas uma garota desastrada, gentil e muito fofa.
- Aparentemente os peixes não serão os únicos perdendo os ovos, hoje. — responde Tim, irônico e sorri para nós. – Digo, ovas. — corrige propositalmente.
Frank pediu batatas gratinadas com frango e Jason e eu, pedimos o mesmo, Tim pediu seu salmão e juntos permanecíamos em um silêncio quase constrangedor enquanto esperávamos.
- Então...— começou Frank. – Como foi na Califórnia ? — perguntou empolgada.
Automaticamente sorri de sua expressão.
Como pude ter sido tão frio com ela ?
Comecei a contar de minha pequena aventura a Califórnia, revendo Artemis e meus velhos amigos. Conner e M'gann estavam presentes também, e fui bombardeados por xingamentos da parte de M'gann na maioria dos dias, lembrando-me do quão insensível fui com Frank. Eu concordava com ela e isso de certa forma, me motivou a voltar à Gotham.
Omiti algumas aventuras e distorci pequenos detalhes para que minha história não se tornasse tão violenta.
Frank era sorridente e bem humorada.
Ria a cada detalhe e estava sempre curiosa por mais fatos. Encerramos nosso assunto com a chegada de nossos pratos.
Comemos em silêncio, com exceção de meu distúrbio de estresse pessoal, mais conhecido como Jason Todd que insistia em cochichar no ouvido de Frank, que soltava risadinhas tímidas e ocasionalmente corava.
Sim, pra minha infelicidade, sou atento aos detalhes.
- O que está acontecendo ? — cochicho para Tim que solta um sorriso maldoso.
- Quer saber mesmo ?. — me adverte.
- Sim.
- Sua ruiva está dormindo com Jason. — diz simples.
Senti meu corpo paralisar, meus músculos contraírem-se. O ar em meus pulmões tornou-se rarefeito.
Me levantei bruscamente, ouvi a cadeira cair no chão e encarei o semblante assustado de Frank, que me encarou de olhos arregalados.
- Você está bem ? — pergunta Jason.
- Se eu estou bem ? — pergunto irônico. – Eu já sei de tudo.
- O que seria tudo ? — pergunta Jason.
- Tudo o que você fez...— rosno baixo.
- Do que me lembro, Grayson...eu não fiz nada que não pudesse. — sorri ele.
Encaro o gerente que se aproximava de nossa mesa.
- Feche esse restaurante e mande todos para casa, somos da família Wayne. — diz Tim e o gerente começa a apressar as poucas famílias que haviam ali.
Quando estávamos sozinhos, perdi o controle.
– VOCÊ FODEU COM TUDO! — grito irritado. – VOCÊ USOU DA MINHA AUSÊNCIA E FODEU ELA, MERDA!
- E quem te disse isso ? — perguntou controlado.
- NÃO VENHA COM ESSA! — bato na mesa. – Você estragou com a porra da trégua no maldito momento em que meteu o pau nessa garota.
Com o que disse, Jason enfim levantou-se, arrumando o blazer.
Ele empurra a mesa com força e tira o blazer.
Aquilo não era Jason, ele não era assim.
Vejo o garoto então puxar o colarinho de minha camisa e com força me empurrar contra a parede, pressionando meu pescoço.
- Vou dizer duas coisas apenas uma vez. — diz baixo. – Não fale de minha Frank, como se ela fosse um objeto. – ergue o indicador. – E se contrange-la mais uma vez e a fizer sofrer, vou pisar na sua garganta, entendeu ?. — levanta seu dedo médio.
Que se foda Jason.
Empurro-o e ele cede, se afastando.
Antes que pudesse se virar, distribuo um soco em seu olho.
- Dessa vez não, Grayson. — diz ele me derrubando e deferindo um soco em meu estômago.
Jason era maior, mas eu era mais velho nesse mundo. Imobilizo-o mas ele ajoelha-se contra minha panturrilha, invertendo nossas posições e distribuindo mais sócios dessa vez em meu rosto.
Ouvimos o som de vidro quebrando e nos damos uma trégua, encarando a origem do som.
- Vocês estragaram tudo. — diz Frank, baixinho após jogar uma taça contra a parede.
Ela abraça seu próprio corpo, levemente encolhida e Tim que antes tentava separar a briga, corre ao seu lado.
- Como sempre, vocês destruíram minha noite. — diz ela e veste seu casaco e antes que Tim pudesse acompanhá-la, ela o segura. – Preciso de espaço. — sorri e deixa o restaurante sem ao menos nos olhar.
Chuto Jason e nos largamos, voltando a ficar de pé.
Tim nos encara mas retorna a olhar pela grande janela do restaurante, quando vê Frank entrar em um táxi, ele volta seu olhar até nós.
- Você perdeu sua preciosa ruiva. — diz me encarando. – E você está perdendo sua namorada em potencial. — diz olhando para Jason. – E eu tenho vergonha de vocês. — diz caminhando para a cozinha.
Jason tenta correr para fora do restaurante, provavelmente ainda tentando saber se conseguiria alcançar o táxi de Frank, mas ele logo coloca as mãos na cabeça, e se joga em frente a calçada do restaurante.
Ao sair, encaro-o, com o rosto sangrando levemente e me sento ao seu lado.
- Eu fodi com tudo. — digo a ele.
- E eu não fodi com ela. — responde Jason e eu o encaro. – Mas chupei ela. – suspira. – Não sou um padre cego.
- Não vou ficar puto. — resmungo. Estou puto.
- Sei que está puto.
- Estou mesmo. — confesso. – Por que fez isso ?
- Porque gosto dela, Grayson.
- Não acredito nisso. — respondo.
- Ele gosta dela. — diz Tim jogando um saco de ervilhas na cabeça de Jason e outro em minha coxa. – Mas vocês foderam com tudo e nem foi literalmente. — senta-se ao nosso lado.
- Acha que ela vai perdoar ? — pergunto.
- Frank é boa demais e sempre perdoa tudo. — suspira Damian. – Mas dessa vez espero que ela faça vocês sofrerem.
- Merda. — resmunga Jason.
- Se eu fosse vocês. — levanta-se arrumando o blazer. – Rastejaria aos pés dela por perdão, como não sou, estou pouco me fodendo. — no encara. – Vejo vocês por aí. — despede-se entrando em seu carro.
O silêncio voltou a nos preencher e eu precisei quebrá-lo já que mais uma vez, eu fiz merda.
- Você realmente tem sentimentos ?
- Não sou a merda de um robô, Grayson. — responde irritado.
- Ela é incrível.
- Pra caralho. — concorda. – E preciso arrumar essa merda toda. — levanta-se indo até seu carro.
Me levanto e paro em meu carro, posicionado atrás do seu.
- Jason ? — chamo e ele se vira irritado. – Eu sinto muito.
- E eu não ligo. — responde grosso entrando no carro e dando partida rapidamente.
Merda, merda, merda.
Eu fodi com tudo.
Mais uma vez, Frank e todos me odiavam e eu só queria que eles seguissem regras e acordos.
Estou fodido e preciso de uma luz ou um milagre para consertar tudo isso.
Ainda havia esperanças.
Eu acho.

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