Time

Take me home

Oi gente! Tudo bem ?
Saudades de vocês!
🚨 Tenho novidades! 🚨
1- O personagem foco da sequência de Time já foi escolhido.
2- O primeiro capítulo já está prontinho também!
Sejam bem vindos a mais um capítulo!
E por favor, preparem seus corações para os próximos últimos capítulos de Time!
Beijo no coração de todos! 💚

- Seis meses depois. –

— Outono —

Frank Jones pov.

- Precisamos mesmo fazer isso ? — resmungo encarando Dick.
- Se quiser chegar ao aeroporto ainda hoje...precisa! — respondeu ele enquanto me entregava as galochas de borracha rosa.
- Viu !? — sorriu. – Nem ficou tão ruim.
- Porque todos estão usando galochas azuis estilosas e eu estou com isso ?.
- Porque você calça um número da sessão infantil. — respondeu Damian guardando as malas no carro.
- Tão rude...— resmungo.
Damian, Dick e Tim me acompanhariam nas festividades de fim de ano, comemoraríamos em minha casa, no Texas, a convite de meu pai.
Infelizmente, com a estranha nevasca pesada da semana anterior, ainda enfrentávamos o excesso de neve nas ruas.
- Você vai mesmo usar isso ? — pergunto encarando o chapéu de cowboy de Tim.
- Sou o único que entende o espírito desta viagem! — defendeu-se ele entrando no carro de Dick.
- Bem vinda ao mundo de vergonha que passo com vocês. — disse Damian e eu reviro os olhos entrando no carro.
- Podemos ir ou vamos ter que voltar em casa pela segunda vez ? — pergunta Dick.
- Podemos ir! — respondo animada e vejo Tim pressionar a tela no painel do Jeep Wrangler, colocando uma música country. Todos voltamos a encara-lo.
- Serão os trinta minutos mais longos da minha vida. — resmunga Damian ao meu lado.
Depois de algum tempo de vôo, Damian, Tim eu e Dick finalmente chegamos ao Texas. Do contrário de todas as vezes que vinha para minha casa, não peguei um ônibus lotado até minha cidade, acho que Dick não suportaria essa emoção. Portanto, alugamos um carro e dirigimos por mais uma hora até minha cidade.
Era engraçado voltar para casa depois de tanto tempo, muita coisa parecia ter mudado, eu mudei, passei por tanta coisa, passei por -ele-.
Não tocávamos em seu nome, isso era evitado, ainda que há todo momento, eu internamente sentia saudades de pronuncia-lo.
Todos sabiam onde Jason passou os últimos meses, mas depois dos dois meses de terapia após sua partida, os meninos e eu concordamos em evitar uma recaída em meu quadro depressivo.
Os traumas ainda me assombravam, mas como Dinah dizia, agora eu era mais forte que eles, e a luta era justa, não havia mais medo.
Jason não tentou contato nem ao menos uma vez, eu nem ao menos imaginava o que poderia estar acontecendo em sua vida, ainda que houvesse feito várias tentativas de achar seu rastro na internet, tentativas falhas sempre.
Quando estacionamos frente a casa da pequena fazenda dos Jones, automaticamente senti meu coração se preencher. Eu estava em casa, finalmente.
- Oi princesa! — sorriu meu pai abrindo seus braços logo que desci do carro. Corri até seu encontro abraçando-o apertado.
- Foram meses sem ver você, senti sua falta, papai. — digo inalando o perfume marcante de meu pai. — Como esteve ?
- Seguro e bem. — respondeu. — Belo carro, Dick. — elogiou o carro esportivo de meu amigo.
- Eu disse que deveríamos ter alugado uma picape. — sorriu Tim cumprimentando meu pai que logo o puxou para um abraço.
- Preferimos o esportivo. — rebateu Damian que apertou a mão de meu pai. – Senhor Jones...
- Bom vê-lo, Damian. — sorriu e apontou para a porta. – Os meninos estão assistindo o jogo de Luke da temporada, então somos só nós, acomodem-se!
- Obrigada por ter nos convidado, Will. — Dick diz abraçando meu pai de lado.
Meu pai e eu instalamos os três garotos nos quartos de meus irmãos.
- Pai, quer que eu busque alguns cobertores no celeiro ? — pergunto retirando as camadas de casacos. O Texas era verdadeiramente quente sempre.
- NÃO! — gritou repentino e eu encaro-o confusa. – Não precisa, querida. — sorri. – Preocupe-se em se acomodar em seu quarto.
- Então tá. — cerro os olhos e ainda confusa, sigo para meu quarto.
Abro a porta de madeira branca e sorrio encarando as paredes de meu quarto.
Fotos de família, pôsteres de boybands de minha adolescência e um grande mapa do mundo desenhado, esperando ser preenchido a cada lugar que for visitado.
Sorrio me aproximando da velha mesa e encarando uma foto de meus pais jovens.
- Orgulhe-se de mim, mamãe. — sussurro para a foto.
Volto a encarar meu quarto e imediatamente me encaminho ao meu banheiro. Tiro minhas roupas do longo vôo e sorrio ao sentir a água quente do chuveiro arrepiar levemente meu corpo. Isso era bom.
Finalmente meu pai havia consertado meu chuveiro e agora, poderia desfrutar de um banho quente.
Lavo meus cabelos agora não mais tão longos e permaneço por um tempo desfrutando da boa sensação. Após meu banho, visto roupas de verão, seco meus cabelos e saio para o encontro dos meninos.
Vejo a porta de Tim aberta e adentro, vendo-o vasculhar sua mala.
- Está tudo bem ? — pergunto.
- Não acho minhas botas de cowboy. — resmungou e eu seguro o riso. – Tenho 100% de certeza de que trouxe isso.
- Talvez você só esteja confuso. — sugiro. – Damian conferiu sua mala.
Tim para e cerra os olhos irritado.
- Aquela criança imbecil...— murmura. – VOU MATA-LO, DAMIAN! — grita e sai do quarto atrás do garoto.
Rio de sua reação e vou até o quarto de Dick que agora montava um mini escritório na antiga escrivaninha de meu irmão James.
- Vai trabalhar, sério ? — pergunto me apoiando no batente.
- Estou entrando no mercado de ações e prometi checar a vigilância da cidade para seu pai. — disse ele abrindo o notebook. – O sistema de segurança da sua família é de ponta de linha. — comenta e eu encaro-o confusa.
- Já volto, Dick. — sorrio saindo do quarto em busca de meu pai.
Estranho.
Meu pai não era preocupado com segurança e sua hiper reação me deixava com um pé atrás.
Procurei meu pai pela casa sem sucesso e vi a pequena nota na geladeira.