Rings

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Oi gente! Tudo bem ?
Eu surtei na criatividade da madrugada (um milagre!) e escrevi mais um capítulo para vocês!
Prometo estar tentando escrever no máximo de frequência possível.
Por favor, não deixem de me dizer o que acharam
Aproveitem e um grande beijo! 💚



Por favor, não deixem de me dizer o que acharam Aproveitem e um grande beijo! 💚

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📍 Por favor, leiam as notas finais! 📍

Jason Todd pov.

A família de Frank era maravilhosa, mas fodia comigo.
Principalmente seu irmão Luke, que parecia querer me matar a cada instante.
Além de sua família, a própria Frank fodia comigo, e definitivamente não era do jeito positivo. Há quinze dias, desde que Frank abriu seus olhos depois do incidente, ela me evita, ignora e sempre há medo em seus olhos.
Eu sabia o que era aquilo, eu me sentia assim sobre Bruce, tempos depois de meu incidente, a admiração havia tornado-se ódio, no caso dela, tornou-se medo, a tortura fazia isso com as pessoas.
Estávamos hospedados na mansão Wayne, até que os ossos de Frank se recuperassem por completo.
Todos os dias, minha manhã começava cedo, ao nascer do sol, eu corria ao redor da mansão e buscava por frutas frescas para Frank na vizinhança ao redor.
Isso aliviava o estresse, a vontade de gritar e até a depressão por minha garota ter literalmente, horror a mim.
Todos os outros assumiram Frank, eles a faziam rir, alimentavam-na e seu pai cuidava de seu banho. Todos evitavam meu nome e faziam questão de me manter longe.
Em quinze dias de idas e vindas das missões na cidade de Gotham, em nenhuma delas haviam ideias de conquista, ou ida a festas e muito menos contato com mulheres, eu queria distância disso tudo.
Suspirei encarando a entrada da mansão Wayne e pisquei meus olhos para o Scanner de retina, entrada liberada. Caminhei com as sacolas pelo jardim e encarei a imagem a minha frente. Frank e seu pai, sentavam-se no velho banco de madeira, enquanto a filha tomava sol. Me apoiei em silêncio no batente da parede e me mantive em silêncio, apenas encarando a linda imagem.
Os raios solares deixavam os cabelos levemente cacheados de Frank, radiantes, tão perfeita que quase gemi. Deus, ela era linda, o sol batia em seu rosto, deixando-a corada e o sorriso em seu rosto parecia iluminado e em paz.
- Ela é linda, não é ? — perguntou seu pai me assustando ao parar ao meu lado. Arregalei meus olhos encarando-o. – Não se preocupe, só eu vi você, disse a ela que fui buscar um copo de água.
- Ah, entendo. — eu me mantinha distante e pouco falava com a família de Frank, eu sabia que aquele não era meu lugar.
- Você é o namorado, certo ? — perguntou.
- Um dia fui. — respondo.
- Sou William, pai de Frank. — ofereceu a mão e eu a apartei. – Sei que você é Jason, o que sempre evita a mim e meus filhos.
- Frank não fica feliz quando estou por perto.
- Mas eu não sou Frank, não é ? — sorriu e pegou uma sacola de minha mão. – Você busca frutas frescas todos os dias ?
- Frank gosta de frutas, então...— dou de ombros e o homem sorri enquanto caminhamos para dentro. – Frank está sozinha...— ele me interrompe.
- Meu filho Brian está lá, queria conversar com você um pouco. — sorriu e colocamos as sacolas sobre o balcão.
Eu já previa a conversa, isso aconteceu uma vez quando insisti em convidar uma garota para o baile comunitário de Gotham. Eu era um órfão que de uma forma ou outra, acabaria nas drogas, foi o que o pai dela me disse antes de bater com a porta na minha cara.
Suspirei encarando-o, já prevendo o que viria a seguir:
"Prefiro Dick, ele é mais responsável", "você é o culpado pelos traumas de minha filha" ou "você não serve para ela, vou leva-lá", era o que provavelmente seria dito e eu acabaria puto, socando Damian na sala de armas.
- Eu já fui como você...— começou a dizer e eu encarei-o confuso. – Um garoto cheio de problemas. — coçou a cabeça. – Eu costumava jogar futebol americano e ajudar meu pai em uma enorme plantação de café que costumávamos ter. — sorriu. – Eu brigava muito, e apanhava muito também. — me encarou. – Uma vez alguns garotos da escola, chapados demais, jogaram um cigarro na velha plantação de café...perdemos tudo. — suspirou. – Eu já namorava a mãe de Frank, que era uma linda e jovem garota gênio, com seus cabelos ruivos e arrogância nos óculos. — sorri para ele levemente. — Nós nos víamos pouco, ela fazia faculdade aqui e eu era só um caipira que vivia com raiva do mundo. — eu podia ver os olhos úmidos do pai de Frank. – E um dia, fui atrás daqueles garotos com uma arma engatilhada, e atirei...matei dois garotos que poderiam ter um futuro brilhante. — apoiou-se no balcão me encarando. – Mas a mãe de Frank apareceu de surpresa em casa e eu estava banhado em sangue, ela fugiu e levou a pouca esperança que tinha, com ela.
- Como o senhor...? — pergunto incerto.
- Como nos reencontramos ? — sorriu. – Eu vim até Gotham e eu sabia que ela era apaixonada em lírios...mandei um a cada dia, fosse chuva ou um dia de sol, eu estava em sua porta, com um lírio na mão e um pedido de desculpas com a promessa de melhora.
- E ela aceitou ?
- Ela me empurrou e correu muitas vezes, então eu apenas deixava as flores e ia embora, até que um dia ela veio até mim. — sorriu. – Conversamos, ela viu que era um homem melhor, então nos casamos e fizemos um monte de filhos lindos que me trouxeram esses cabelos brancos. — riu.
- Acha que eu devo falar com ela ? — pergunto cauteloso e ele sorri.
- Não acho nada, filho. — abaixou o tom de voz. – Mas se eu fosse você, não deixaria oportunidades pro almofadinha do Dick Grayson. — riu. — Caras como ele, sempre ganham tudo.
- É um fato. — ri concordando. – Obrigado.
- Não agradeça, você tem salvado minha filha há tempo. — franzi o cenho confuso.
No primeiro incidente com Frank, quando houve a chuva ácida de Crane, Dick esteve nos centro das atenções, eu permaneci nas sombras. Ninguém jamais soube que cuidei dela, e que a trouxe para o hospital e zelei por suas noites. Como ele sabia daquilo ?.
- Vá até o jardim garoto, você passa muito tempo nas sombras. — sorriu.
- Talvez o senhor esteja certo. — me despeço com um aceno e mudo minha trajetória do dia, caminhando para fora da mansão, indo até o jardim.
Encontro Frank e seu irmão sorrindo para as pequenas flores que caíam da árvore central durante a primavera.
- Bom dia. — cumprimenta seu irmão e eu aceno.
- Bom dia. — respondo incerto e vejo os grandes olhos verdes da garota arregalarem-se e seu corpo contrair levemente. – Eu só...— tento buscar as palavras certas, mas elas me faltavam. – Já volto, com licença. — me despeço e corro para o jardim dos fundos da propriedade. – Não seja um covarde, Todd. — resmungo colhendo o girassol e voltando até Frank.
- Você acha que consegue ficar com ele alguns instantes ? — ouço o irmão de Frank perguntar-lhe e ela arregala os olhos. – Estarei ali dentro, eu prometo. — ela o solta de seu aperto e acena incerta. — Boa sorte. — diz ele pra mim, entrando na casa.
- Bom dia, romã. — saúdo incerto. — Posso me aproximar ?
- P-pode. — diz em um fio de voz.
- Trouxe para você. — deixo a flor no banco ao seu lado e me afasto.
Ela me encara incerta e depois encara o girassol ao seu lado, dando um sorriso suave.
Deus, aquele velho é realmente um cara sábio.
Tento dar um passo a frente mas vejo seu corpo tensionar-se e seus olhos ficarem amedrontados.
- Tudo bem. — suspiro encarando-a. – Eu vou esperar o quanto for necessário e estarei aqui se algum dia ainda me quiser. — me despeço da garota.
Eu me sentia em pedaços, aquilo doeu como jamais senti. Era dor física e emocional, eu não sabia quanto tempo mais eu seria capaz de suportar.
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