— Relaxa que vai dar tudo certinho. – Mary garantiu – E se não der, também...
Se não desse eu ia matar todo mundo, porque eu não ia encarar essa sozinha, ah não. E sinceramente, eu estava duvidando DEMAIS que isso fosse dar certo, sabe aquele pressentimento ruim? Pois é cara. Mas eu tinha que fazer isso se não o Adam nunca ia me deixar em paz, de verdade.
Mas que era um saco era. Santa Absolut que me ajude.
Chegamos ao local onde a suposta festa estava rolando. Era um clube chamado Maximmus Club que eu já tinha ouvido falar, mas não tinha tido um motivo concreto pra entrar. E que porra de nome era esse eu não sei, mas isso não vem ao caso agora. O lugar até que estava animado se você ignorasse o posto de gasolina fantasmas assustador do outro lado da rua...ou que era um dos poucos lugares fodas em Edgewood, não sei.
Tinha até pintado meu cabelo pra essa bosta de plano: estava laranja, amarelo e rosa dessa vez, só pra terem noção. Não estou nem aí se as cores não combinam, eu gosto. Cores quentes para uma garota quente, era o que o idiota do Kurt tinha dito. Por sinal ele disse que estaria lá só pra assistir o drama e ver Adam quebrar a cara.Se ele não estivesse, também ia morrer.
Puxei Mary pelo braço e entramos no clube, apresentando a identidade.
Não era apenas um clube. Era um clube que tocava uma musica incrivelmente boa – na minha opinião – que ecoava no ambiente muito cheio, escuro, onde piscavam luzes cor de rosa , verde e azul neon em todos os cantos. Havia muitas pessoas e eu não reconhecia a maioria, e talvez a minoria que eu me lembrava por rosto, me encaravam como se perguntassem o que eu estava fazendo ali. Ou talvez eu mesma me perguntava o que eu estava fazendo ali.
Não me critiquem, eu não ligo para conhecer todo mundo que estuda comigo. Sério.
Nem precisou eu falar nada já que Mary foi me puxando para o bar. Zack disse que ia estar por aí e se Mary chegasse comigo, era para esperar lá. Bem que os dois idiotas tinham avisado que estava cheio e tenho certeza que eu já era chamativa o suficiente e Adam – se Zack estivesse certo ele realmente estaria ali – me encontraria por causa da fixação estranha dele.
Chegamos ao bar neon, cheio de bancos e dois barmans que eram até bonitinhos. Pra começar pedi só um pouco de Heineken porque eu não queria exagerar – ainda. Queria estar sã e pronta pra falar o que eu tinha pra falar se aquele viadinho aparecesse.
E assim foi.
Nem sei porque eu estava assim, mas o fato é que: Não deixe Aska Beckett ansiosa e perto de bebidas. Na verdade nunca deixe Aska Beckett perto de bebidas porque geralmente eu acabo bebendo demais sem perceber. Por isso que eu não saio muito se não ia acabar virando alcoólatra, certeza.
— Aí vem. – Mary disse quando eu já estava, no que, sexto copo? – Agora se vira.
Vamos deixar claros que eu tenho uma boa tolerância, mas ainda não podia duvidar que sairia merda daí. De qualquer modo, eu estava me sentindo mais confiante com a Mary me deixando sozinha e Zack estava em algum ligar por ali mesmo, acompanhando o plano de dar um fora ultra épico em seu irmão gêmeo.
— E o que você está fazendo aqui? – Adam perguntou, sentando no banquinho ao meu lado — Hein Aska?
— Ah, eu não tinha nada pra fazer. – grande resposta sua retardada – Achei esse lugar legal e tal.
Gente, eu quero me bater. Juro.
— Boa escolha. – ele aproximou pra poder falar sem gritar por causa da música — Mas sozinha? Mary não veio com você?
— Já deve ter encontrado seu irmão. – sorri e dei mais um gole – Por que?
— Sei lá, só queria saber. — Adam deu de ombros, então sorriu — É legal encontrar você aqui.
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Butterflies and Hurricanes
RomanceTudo chega ao limite na vida de Aska Beckett quando é "convidada" á passar um tempo longe do colégio pela "quinta vez" - como se isso não significasse que estava praticamente expulsa. Agora, sendo despachada para morar com seu pai - que por sinal é...