Thorment jazia imóvel na cama, Marlena estava preocupada.
"Honest, pode dar uma olhada nele de novo?" Ela torcia as mãos. Não entendia por que não o levaram para o hospital.
Honest, que estava trabalhando no hospital foi incumbido de ficar de olho em Thorment, depois que o doutor Florest, o filho de Slade, o examinou e disse que deveriam esperar. O rapaz abriu um olho de Thorment e quando ia abrir o outro, Thorment rosnou.
"Viu? Temos a cabeça muito dura. E Thorment está entre os mais cabeça dura daqui." Ele riu. Honest era divertido, Marlena tinha notado que ele não tinha papas na língua.
Thorment tentou erguer o corpo, mas deixou a cabeça cair para trás.
"Eu vou matar a porra daquele canguru!"
"Ele não tem culpa de você ser um idiota, Thorment. Todo mundo sabe que não deve se aproximar das grades." Honest disse. Thorment fechou os olhos.
"Por que não estou no hospital?" Ele perguntou.
"Você queria ir para o hospital? Você? Parece que você esqueceu todo o trabalho que deu quando lhe furaram com aquelas balas."
"Se eu tivesse ido embora, Hills estaria aqui." Ele disse. Seus olhos se abriram e Marlena viu a tristeza que ele guardava no coração.
"Ah, pelo amor de Deus, Thorment! Hills voltou para a cabana e deve ter levado um dia para morrer. Você ficou desacordado por três dias! Quantas vezes vamos te dizer isso?" Honest se levantou.
"Já está se portando como o idiota de sempre, Marlena, isso quer dizer que ele está bem." Ele saiu do quarto.
Marlena achava que ele devia chamar o doutor Florest, Thorment ainda não estava bem.
"Quer ajuda para se sentar?" Ela perguntou se sentando na cama. Ele fez que não com a cabeça e se ergueu.
"Sua cabeça dói?" Ela perguntou tirando os fios do cabelo dele de seu rosto. O cabelo de Thorment estava muito comprido.
"Talvez devesse cortar o cabelo." Ela sorriu, tentando deixar o ar mais leve. Havia uma grande tensão entre eles. Thorment a fitava muito intensamente.
"Você vai mesmo ficar na casa do Valiant?" A pergunta direta a confundiu. Ela não sabia. Ainda não tinha conversado com Slade, ainda estava de férias. Enrico estava gostando muito de ficar na casa de Tammy.
"Eu ainda não conversei com Slade."
Ele franziu a testa. Thorment era muito sombrio, seu semblante estava sempre fechado.
"O que Slade tem a ver com isso?" Ele não estava bem. Embora, Marlena tenha se lembrado de que nunca lhe disse em que ela trabalhava.
"Vou trabalhar para ele." Ele acenou e olhou pela janela.
"Slade é acasalado. Totalmente vinculado. Eu não me importo se você trabalhar para ele. Na verdade, é até um alívio." Ele disse e se recostou na cabeceira.
Marlena suspirou. Como Honest disse, ele era mesmo um cabeça dura.
"Alívio?" Marlena não sabia se se impunha para ele, mostrando que a dona de sua vida era ela própria, ou se procurava saber o se passava naquela cabeça dele.
"Eu pensei que você fosse uma prostituta contratada por Candid para me afastar da fábrica. Mas ele me disse que estou enganado."
Marlena se levantou. Diós mio!
"Eu não me importei, eu juro. Eu não julgo os motivos das pessoas. Eu tratei você como uma fêmea de valor, não pode negar isso." Marlena foi até a janela. Era revoltante saber que ele pensou isso dela. Que ela o tocou, o beijou, por dinheiro.
"De onde você tira essas conclusões idiotas, Thorment? Por que é sério, você realmente achou que cada beijo que eu te dei foi por estar recebendo para isso? Você se acha tão repulsivo que alguém teria que receber dinheiro para tocar em você?" Ela perguntou. Não havia raiva nela, no entanto. Ela queria entendê-lo. Novas Espécies eram diferentes, viviam vidas simples e não eram preconceituosos. Qualquer atitude meramente julgadora da parte deles, vinha da ignorância sobre certos assuntos. Então ela esperou.
"Você não entende. Eu não me acho repulsivo. Sou, quer dizer, era celibatário por opção, não por me achar feio ou algo assim. No decorrer desses anos, fêmeas se ofereceram para compartilhar sexo, mas eu não quis." Ele se levantou e ficou atrás dela. A abraçou por trás, seu membro duro lhe pressionando as costas.
"Candid e eu brigamos. Ele não entende que a fábrica é um lugar para sermos felizes com nosso trabalho, não para ganharmos dinheiro. Naquele lugar foi confeccionada a maioria dos móveis de todas as casas daqui. Muitos foram dados como presente. Você já fez uma coisa com as suas mãos e deu? Você olha nos olhos da pessoa e vê que ela está feliz, e que sempre vai se lembrar do seu gesto. Isso não tem preço." Ele apoiou o queixo sobre a cabeça dela.
"Então, eu o despedi. E ainda o insultei." Ele continuou, sua voz indicava um certo remorso.
"Eles são temidos, Marlena. Não deixam passar nada. E eu o insultei. A semana que se passou depois disso, foi a pior e mais estranha que eu já passei, fêmeas por todos os lados, cada uma mais sedutora e com o melhor cheiro que eu já tinha sentido. A doutora chegou a quase me chupar, eu não estava trabalhando, estava confuso. E então, na sexta, quando eu pensava que iria passar o final de semana em paz, você me aparece. Trazida por ele. E Candid e os irmãos saem com prostitutas, eu deduzi que você fosse uma delas. Me desculpe."
Marlena não ouviu nada do que ele disse depois de o ouvir dizer que a doutora quase o chupou.
Chupou onde?
"Qual doutora quase o chupou? E quando você diz isso está dizendo que ela...?"
"Ela quase chupou o meu pau. O que mais poderia ser? Bom, mas eu talvez tenha..."
"Thorment!" Marlena se virou com raiva dele. O empurrou. Na verdade ela tentou, era como empurrar uma parede.
"O quê?" Ele parecia confuso.
"Qual doutora?"
"A doutora Mônica. Mas o que eu quero..." Marlena não podia acreditar.
"Impossível! Eu não acredito em você! A doutora Mônica é uma mulher linda e tímida. Ela é inteligente e muito reservada." Se fosse qualquer outra, mas a doutora Mônica! Ele devia estar enganado.
"Ela não parecia muito reservada quando lambeu meus mamilos e beijou o meu torso. Ela desceu a boca e só não colo..." Marlena tapou os ouvidos.
"Pare! Certo, eu entendi. Você teve uma semana atípica, mulheres se jogaram pra cima de você, eu apareci e fizemos sexo quente. Ok! E agora?"
Ele a beijou. Um beijo quente, com sua língua a invadindo, tocando em todos os cantinhos da boca dela. Ele a empurrou e Marlena caiu sobre os colchões macios.
"E agora, eu matarei um pouco da sede que sinto por você. Aqui mesmo. E depois vou te colocar no ombro e levá-la para minha cabana."
Thorment a beijou e dos lábios foi para a sua garganta, mordiscou seus lóbulos das orelhas, beijou seus olhos e rasgou a camiseta de alças que ela vestia. Marlena ia dizer que aquela blusinha era de Daisy, mas ele voltou a beijá-la na boca e o pensamento se perdeu. Da boca, ele desceu para os seios. Marlena gemeu quando ele sugou seu mamilo. De leve, mexendo sua língua, o provocando, e mordiscando bem na pontinha. Ele parecia adorar os seios dela.
Ele ergueu o rosto e sorriu malvado ao puxar a calça dela, jogar para um lado, voltar para os seios e descer beijando seu corpo até chegar onde ela queimava pela boca dele.
No final de semana, Marlena mostrou a ele como gostava da língua dele alí no meio das pernas dela. E ele usou isso contra ela, a chupou exatamente como ela ensinou, deixando Marlena louca.
Mas antes que ela gozasse, ele subiu o corpo, a penetrou com força e arremeteu nela rapidamente.
"Me desculpe, eu não posso esperar muito." Marlena sorriu. Ele lhe tocava o coração por se preocupar que ela gozasse. Thorment lhe tocou o clitóris e o gozo explodiu nela exatamente quando ela o sentia se derramando em seu interior.
"Eu nunca senti o que sinto com você." Ele sussurrou. Marlena fechou os olhos satisfeita.
Uma batida discreta na porta o fez erguer a cabeça. Ainda estavam presos.
"Marlena? Enrico se machucou, estou levando-o para o hospital." Era a voz de Honest. Thorment saiu dela e Marlena pediu:
"Me espera, eu já vou."
"Estamos no jipe." Marlena olhou atrapalhada para suas roupas no chão. A calça de moletom dava para vestir, mas a blusa não. Thorment não estava de camiseta, eles a tiraram quando o resgataram.
"Eu vou pedir a Jocelyn alguma coisa para você vestir." Ele vestiu sua calça e saiu do quarto. Marlena vestiu a calça de moletom, ela já estava sem calcinha mesmo, e esperou torcendo as mãos.
"Honest achou melhor ir. Mas não vamos chegar muito depois deles." Thorment disse estendendo um vestido para ela. Marlena tirou a calça e vestiu o vestido.
"Isso nunca foi usado, é do complexo." Ele lhe estendeu uma cueca box. Ela sorriu. Eles correram para fora.
Thorment subiu no jipe, Marlena ia subir quando Jocelyn, a esposa de Leo a chamou:
"Marlena? Podemos conversar depois?" Ela segurava a sua bebezinha, Faith, que sorriu para Marlena. O nervosismo foi tanto que Marlena não sorriu de volta.
"Sim. Assim que Enrico ficar melhor, eu virei. E me desculpe por..."
"Não há nada a desculpar, querida." Ela apontou para Thorment:
"Nova Espécie. Eu entendo."
Thorment colocou o jipe em movimento e até que chegassem ao hospital, Marlena rezou. Fervorosamente, pedindo a Maria que cuidasse do seu filhinho.
"Por aqui." Ele indicou e pegou na mão dela. Eles chegaram numa sala que parecia ser destinada a primeiros socorros. Enrico estava chorando e a doutora Mônica lhe dava pontos no braço, enquanto conversava baixinho com ele.
Quando ele ergueu seus olhos cheios de lágrimas e a viu, Marlena correu para ele.
"Enrico, o que aconteceu?"
Ele baixou a cabeça.
"Não sei, eu..."
"Depois ele te conta, Marlena. Agora, esse é o último ponto." Ele chorou ainda mais alto e Marlena o abraçou.
"Ele está medicado, o corte foi superficial. Amanhã, traga-o aqui para eu ver a evolução." A doutora olhou para Thorment.
"Vocês se conhecem?" Ela perguntou. Marlena conversou muitas vezes com ela em Homeland, era uma boa pessoa. Mas pensar nela tocando em Thorment não foi bom.
"Sim, na verdade, estamos nos conhecendo melhor, se você me entende." Ela tinha acabado de cuidar do seu filho, Marlena não ia ser desagradável com ela, mas não conseguiu evitar um tom mais ácido.
Mônica baixou a cabeça.
"É claro." Ela saiu da sala.
"Mamãe?" Enrico chorava baixinho.
"Você está com dor?" Marlena perguntou, pois sabia que os remédios deles eram muito bons.
"Não, mas você vai me deixar na cada do Sheer? Sozinho?" Ele ergueu os olhos vermelhos de tanto chorar e Marlena se sentiu culpada por estar transando com Thorment enquanto ele se machucava.
"Eu não vou deixar você sozinho, meu amor." Ela o abraçou com cuidado.
"Eu estou com sono." Ele fechou os olhos.
"Quer que eu te carregue até o jipe?" Thorment perguntou.
"Não." Marlena o abraçou e eles foram andando devagar.
"E então, Enrico. A doutora disse que você está bem." Honest apareceu no corredor.
Enrico balançou a cabeça.
"Depois você tem de contar como conseguiu se cortar sem uma faca." Honest o olhou com um toque de dureza no olhar e se foi.
Enrico e Marlena andaram devagar pelo hospital até o estacionamento, Thorment atrás deles pacientemente.
Marlena se sentou abraçada a Enrico atrás e Thorment foi na frente, dirigindo. Na casa de Tammy, ela e Valiant estavam abraçados a porta, esperando-os.
"E então? Honest ligou dizendo que não foi nada, mas Enrico é humano, então, ficamos muito preocupados." Valiant disse quando desciam do jipe.
"Não está doendo, mas estou tonto." Enrico disse. Valiant o pegou no colo.
"Então vamos para a cama, campeão." Ele disse e entrou na casa, Tammy abraçou Marlena e entrou com ela atrás de Valiant.
"Foi só um susto. Precisava ver quando os gêmeos nasceram. James quase cortou um dedo de Honor fora uma vez." Ela disse.
"Marlena." Thorment chamou. Tammy a soltou e subiu as escadas atrás de Valiant.
"Eu preciso ficar com ele. Depois conversamos." Não havia muito o que dizer de qualquer forma.
Ela subiu as escadas, o olhar dele lhe queimando as costas.
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THORMENT
FanfictionPara Thorment, compartilhar sexo era um prazer efêmero se se fosse considerar o enorme trabalho que as fêmeas tanto humanas quanto as Novas Espécies davam. Ele não tinha o mínimo de paciência ou vontade de acasalar, então abraçou o celibato com gost...