A cabana de Leo estava arejada e limpa. Thorment se surpreendia em como aquele filhote era esperto.
Talvez devesse ficar um tempo ali, até resolver as coisas com Marlena e o filhote dela.
Marlena olhou em volta e sorriu
"As cabanas são bem parecidas, não e?" Ela observou.
Ele nunca tinha pensado nisso, outra coisa que estava aprendendo sobre ela, que Marlena era observadora.
Ele, porém se aproximou e a abraçou, inspirando fundo, enchendo o peito com o cheiro dela. Mas um outro cheiro o fez largá-la.
Ele foi até os fundos e Chelsea estava deitada em sua caminha. Ela mexeu as orelhas e fez um esforço para se levantar.
"Não, querida. Não se levante. Venha aqui." Thorment pegou a cadelinha e esfregou seu rosto na carinha dela. Candid!
"Oi Chelsea!" Marlena estendeu os braços e Thorment lhe passou a cadela. Ela meio que se desequilibrou, Chelsea devia ser pesada para ela.
"Candid deve tê-la trazido." Um nó se formou na garganta de Thorment com a gentileza de Candid em pensar na sua cadela doente. Mas ele respirou fundo. Tudo o que aquele filhote fazia era friamente calculado.
"Ele é um anjo." Anjo? Estava mais para demônio na opinião de Thorment.
Ele recolocou sua velha amiga em sua caminha e puxou Marlena para seus braços.
"Quer saber se a cama é macia?" Ela riu.
Thorment tomou seus lábios, ela ainda ria. O som da risada dela o aquecia de forma que ele não entendia, mas era bom.
Ela correspondeu ao beijo mordendo seu lábio inferior de leve, Thorment rosnou. Ela se afastou e tirou a blusa, os olhos nos dele, prendendo sua atenção, ainda que ele quisesse olhar para seus seios. Seus olhos eram castanhos claros, quentes, lindos. Mas é claro que ele desceu o olhar por todo o corpo dela, quando Marlena tirou o resto das roupas. Era uma sensação nova, olhar cada centímetro do corpo moreno, macio e firme. Os seios empinados. Não eram muito grandes, mas eram cheios. Os mamilos eram escuros, afinal, ela era morena, sua pele era clara, mas não tanto quanto a de outras fêmeas humanas dali.
Ela sorriu e se aproximou já tirando sua camisa, ele subiu os braços para ajudá-la. Era algo tão sensual, ao mesmo tempo muito terno. Os olhos dela estavam quentes, mas também amorosos. Thorment a beijou.
E se derreteu junto com ela no beijo, os lábios cheios eram deliciosos, e a língua dela era provocativa.
Logo estavam na cama, Thorment matando a saudade de beijar todo aquele corpo, cada pedacinho. Os seios, com os mamilos duros, foram uma delícia a parte. Thorment sentia que podia ficar horas mamando nela e nunca se saciar. E perdeu mesmo a noção do tempo, até que ela empurrou sua cabeça até o meio de suas pernas, para o centro dela, o local do cheiro delicioso. Thorment lambeu e chupou seu clitóris com fome, ela rebolou contra seu rosto, a loucura veio. Ele a chupava como se dependesse daquilo para viver, os fluidos dela o alimentando, não só excitando. Thorment rosnou quando ela gozou na boca dele e não podendo esperar mais ele subiu seu corpo e a penetrou num movimento único, a vagina dela ainda convulsionando com o êxtase. Foi glorioso!
"Eu não vou conseguir esperar você gozar de novo, sinto muito." Ele disse com os dentes apertados, estava em seu limite. Foram exatas três estocadas e ele estava se derramando dentro dela violentamente.
"Marlena!" Ele sussurrou, o êxtase o tomando de tal forma que seus olhos lacrimejaram. Ele enterrou seu rosto no pescoço dela e ficou ali, aproveitando cada segundo em que estavam presos. Ela lhe tocava as costas de leve, parecia estar saciada também, mas ele ainda tinha muito desejo por ela acumulado.
"Isso foi..." Ela começou. Ele a cortou com um beijo. Havia ainda muito a compartilharem.
Seu telefone, porém tocou e ele rolou de cima do corpo quente dela e foi atender. Candid! Só podia ser. Todavia, o plano do demônio estava dando muito certo. Thorment não sairia dali, mesmo se a fábrica estivesse...
"Thorment? É a Pam. Eu preciso de sua ajuda." Thorment nem tinha dito nada e a voz fêmea da livraria soou pelo telefone. Ela parecia muito aflita.
Marlena se sentou na cama, sua expressão levemente curiosa.
"Pam? Como descobriu meu número?" Era estranho aquela fêmea ligar para ele, ela parecia muito independente. Marlena ergueu uma sobrancelha quando ele disse o nome da fêmea.
"Meu tio tinha um cadastro. Graças a Deus você ainda usa o mesmo número. Eu preciso de ajuda. Um Nova Espécie muito perigoso está me vigiando lá fora. Tem dois dias já."
"E o seu tio? Onde está?" Não havia por quê um Nova Espécie a vigiar. A menos que fosse o clone. Thorment conhecia o antigo dono da livraria, era um macho muito velho. Se fosse mesmo o tal Noah, o pobre macho velho não poderia fazer nada.
"Meu tio está numa casa de repouso, ele me deixou morar no apartamento sobre a livraria. Eu estou sozinha." Thorment entendeu o porquê dela ligar para ele. Noah era um filho da puta assustador.
"Chamou a polícia?" A polícia não poderia fazer muito, mas ela era humana, era responsabilidade deles.
"Sim, mas eles não o viram. E não acreditaram quando eu disse que era um Nova Espécie. Pensaram que eu estou paranóica, ou algo assim. Por favor, Thorment, eu juro que o vi, eu juro que era um Nova Espécie, ele é tão grande e forte como você, tem cabelos cheios, não muito compridos, negros e olhos estranhos, azuis muito claros, olhos que brilham no escuro, como olhos de..." Ela parou, devia estar procurando um jeito mais ameno de falar.
" Como olhos de gatos ou de cachorros." Thorment não se ofendia com isso, mas é claro que ela não saberia.
"Eu estou com medo." Ela sussurrou. Thorment a entendia. Era a descrição de Noah, ele devia ter sentido o cheiro de Thorment na loja, afinal, ele ia muito lá.
"Ele está aí? Agora?" Thorment tinha de contatar Vengeance, mas se o tal clone estivesse próximo, ele teria de sair correndo.
"Eu não sei, acho que sim, estou me sentindo observada, mas não o vejo. Eu sei que vocês podem enxergar de longa distância. Eu estou com muito medo." Thorment começou a se vestir.
"Tranque tudo, estou indo." Ele desligou. Era uma grande distância, tinha de ir o mais rápido que pudesse.
"Thorment?" Marlena também se vestia.
"Eu tenho de ir. Preciso ajudar uma..." Amiga? Conhecida? Ele não sabia nada sobre Pam, só que seria culpa dele, se Noah a machucasse, pois poderia tê-lo matado e não matou.
"O que está acontecendo?" Ela terminou de se vestir e perguntou.
"A livraria. Onde eu compro livros. O clone de Ven está vigiando a fêmea que trabalha lá." Ele explicou já pegando as chaves do jipe.
"Clone?" Ela era nova ali, não devia saber dessa história. No entanto, não havia tempo de contar.
"É uma longa história. Vou te deixar na casa de..." Seria muito tempo a perder, tempo que Pam não tinha.
"Pensando melhor, vou pedir para alguém vir te buscar, ele pode aparecer e machucá-la a qualquer momento. Tenho de ir." Ele a beijou.
"Se não cruzar com ele, eu a trarei pra cá e não vou demorar." Ele disse e abriu a porta. Marlena parecia contrariada, mas ele não podia explicar melhor.
"E se cruzar?" Os olhos dela estavam alarmados agora. Thorment voltou e a beijou mais longamente.
"Ou voltarei todo quebrado, mas o matarei, ou esse será nosso último beijo." Ela era forte, tinha de ser, pois se cruzasse com o clone de Ven, ele o mataria, ou morreria, simples assim.
Ela arfou. Thorment não conseguiu sair sem tentar tranquilizá-la:
"Eu só irei na frente, não sou idiota. Vou ligar para Vengeance. Mas se o pior acontecer, saiba que eu amo você." Ele a beijou uma última vez antes de correr para o jipe, ligá-lo e sair cantando pneus.

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THORMENT
FanfictionPara Thorment, compartilhar sexo era um prazer efêmero se se fosse considerar o enorme trabalho que as fêmeas tanto humanas quanto as Novas Espécies davam. Ele não tinha o mínimo de paciência ou vontade de acasalar, então abraçou o celibato com gost...