Marlena entrou na sua cabana, o rosto vermelho e o coração disparado. Diós mio! Ele era lindo! Ela fechou os olhos, ia ser difícil esquecer a imagem do corpo grande, musculoso e molhado. Ele estava se masturbando, ela entrou exatamente quando ele gozou.
"Calmate!" Ela disse baixinho. Seu corpo estava em chamas. Ela respirou fundo. Novas Espécies faziam isso no banho, era normal, a maioria dos homens faziam na verdade. Ele não tinha motivo para fechar a porta do banheiro, ele morava sozinho. Ela não devia ter entrado sem autorização. E a porta do banheiro dele não tinha de ser igual a da cabana dela, podia muito bem ser próxima da porta de entrada.
Mas agora, Marlena teria de se desculpar. Ela até ouviu o barulho da água do chuveiro, mas ela não parou para pensar que era a água do chuveiro, o barulho era de água, só. Poderia ser da torneira.
Ela abriu a torneira da pia e molhou as faces. Teria de se desculpar, explicar que tinha feito uma torta, uma torta que ela nem sabia onde deixou. Havia uma pequena mesinha próxima da porta, devia estar ainda lá.
Ela decidiu não ir pedir desculpas naquela noite. Iria no dia seguinte, afinal tinha de pedir ou uma carona, ou o jipe emprestado.
Marlena resolveu tomar banho, um bom banho quente a ajudaria a relaxar. Mas enquanto se ensaboava, a visão dele com o grande e grosso pênis na mão a excitou e Marlena se tocou. Fechou os olhos o imaginando ali. Ele seria brusco? Ou toda a rispidez dele esconderia um amante carinhoso? Ela dedilhou seu clitóris bem devagar, imaginando que era a língua dele. Marlena sorriu, ela devia estar louca, nem o conhecia. Uma batida na porta a fez arregalar os olhos! Ele entraria sem autorização?
Ela teve de ficar um pouco debaixo da água para retirar a espuma do corpo, mas trancou a porta do banheiro. Ele bateu de novo.
"Fêmea?" A voz dele era baixa, um pouco mais rouca que as que Marlena estava acostumada.
"Já vou. Estou no banho!" Ela se enrolou na toalha e saiu do banheiro para dar de cara com ele.
Ele tinha vestido uma calça de moletom. E só. Marlena namorou Bestial durante quase um ano, um peito gigante e musculoso não era novidade para ela, mas ela não conseguiu evitar passear os olhos pelo peito dele. Havia uma leve penugem, muito leve de fios castanhos em seu peito. Em volta dos mamilos castanhos.
"Diga a Candid que ele não vai se dar bem nisso!" Ele estava possesso. Seus olhos castanhos tinham raios verdes perto da pupila. Ela estava sem voz.
"Amanhã, você vai embora. Não me interessa que essa cabana não seja minha, ligue para ele e mande ele te buscar."
Marlena piscou. O quê? Ele acabou de dizer que a cabana não era dele! Como podia exigir que ela fosse embora?
"Ou?" Ela ergueu o queixo. Nunca mais deixaria um homem lhe dar ordens, como se fosse dono dela. Nunca mais!
Foi a vez dele piscar. Parecia que no mundo dele, bastava mandar e seria obedecido.
"Você está brincando com fogo!" Ele disse baixinho e rosnou.
"Não. Não estou. Você não manda em mim, não é dono dessa cabana. Não sei por que devo te obedecer, simples assim."
Ele deu um passo para frente, ameaçador. Mas Marlena sabia que eles só rosnavam, não mordiam. A menos que fosse uma mordida de leve, em lugares gostosos de morder. Ela não se intimidou e ainda se excitou. Ele inspirou fundo e fechou os olhos.
Ela começou a esquentar. Era uma situação erótica, ela só de toalha na porta do banheiro, ele só de calça bem próximo dela.
Ele deu um passo atrás.
"É isso o que ele quer. Deve ter te instruído bem, essa semana eu fui tentado de várias formas." Ele fechou os olhos com força e ainda os esfregou. Ele parecia muito estressado.
Marlena teve pena. Ela entendia o que era estar no limite, nervosa, estressada. Ela tocou seu rosto, ele se afastou bruscamente.
"Você comeu da torta? Eu sempre me sinto melhor com o estômago cheio." Ele estreitou os olhos.
"Sabe, talvez eu devesse me render. Talvez eu devesse aproveitar o que esfregaram na minha cara durante essa semana."
Ela não teve resposta pra isso.
Ele deu um passo, os olhos na mão dela que firmava a toalha. A excitação bateu forte em Marlena. Ela devia mandá-lo embora. Devia dizer que não escolheu propriamente ir para aquela cabana, mas que as horas que passou ali mostraram que era o que ela precisava. Os olhos dele em sua boca, porém a fizeram ficar calada.
Os meses que se passaram desde o término com Bestial foram um festival de tristeza e baixa estima. Agora aquele homem impressionante e bonito a olhando como se ela fosse irresistível, fez algo dentro dela.
Ele esticou um dedo e passou pelos lábios dela. Marlena sabia que era só dizer não e ele iria embora.
"Eu sempre dei de ombros quando alguém vinha reclamar deles. Eu ri de muitos adultos se encolhendo ante o olhar deles, eu sempre disse que se fosse comigo eu juntaria os três pelos fundilhos das calças e os jogaria em cima do irresponsável do pai deles. E agora estou aqui. Fazendo o que aquele pestinha planejou. Ele disse que eu seria difícil?"
Marlena pensou se ele não estava louco. Nada do que ele disse fazia sentido. Ele desceu o dedo e ergueu o queixo dela.
"Você deve ser muito requisitada. Espero que tenha cobrado muito, mas muito dinheiro de Candid, por que eu vou jogar em cima de você quase dezoito anos de celibato." Ela abriu a boca para perguntar o que ele estava falando, mas ele a beijou.
Foi como se ela se jogasse de um avião. A sensação dos lábios cheios dele se movendo contra os dela, depois sua língua invadindo sua boca com tanta fome, tanta vontade! Ela não se sustentou, suas pernas perderam a capacidade de sustentar seu corpo, ele a pegou. A toalha já estava no chão. Ele a apertou contra ele, seus lábios literalmente sugando a alma dela. Uma mão dele apertou sua bunda. O pênis dele, duro dentro da calça cavou sua barriga.
Ele tirou a boca da dela e olhou ao redor se situando e deve ter visto a cama, pois no minuto seguinte, Marlena estava de costas na cama, ele sobre ela, suas bocas juntas de novo.
Ele parecia sedento, como se a boca dela fosse um manancial. Beijava sugava o lábio de cima, o de baixo, a enfiava a língua ou chupava a dela. Marlena estava quente, seu corpo em chamas, e ele só a beijando. Uma mão lhe apertou o seio de leve, massageou, puxou o mamilo, amassou. Marlena estava gemendo contra a boca dele. Da boca, ele beijou sua garganta mordiscou em cima de sua pulsação, mas voltou a boca. Marlena o queria sugando seus seios, sua mão estava a excitando tanto que ela queria a boca dele. Mas ele continuava beijando, como se fosse engolí-la. Ela desceu sua cabeça, ele olhou confuso para ela.
"Não gosta do meu beijo?" Ele disse um pouco de medo de rejeição brilhou no fundo dos olhos incríveis dele.
"Eu gosto, é só que eu fiquei excitada demais, eu queria que você sugasse meus seios. Se você quiser." Ele caiu de boca em seu seio, sugando com força. Mordeu o mamilo, foi bom, mas muito forte.
"De leve, você tem presas, lembre-se disso." Ele diminuiu a pressão, lambeu o mamilo, sua língua áspera a fez gemer alto.
"Está bom?" Ele sussurrou.
"Está, está muito bom." Estava. A boca dele a beijava em um seio e em outro, lambia, sugava. Marlena estava em fogo. Ele largou os seios e desceu a boca para seu umbigo Marlena abriu as pernas e esperou. Quando ele lhe deu o primeiro beijo no meio de suas pernas ela gemeu. Ele lambeu lentamente, longamente e rosnou.
"E isso, está bom?" Ele a olhou do meio de suas pernas. Seus olhos brilharam meio verdes.
Marlena não teve voz para responder.
Ele enfiou um dedo nela, rosnou e voltou a chupar seu clitóris. O dedo sondou suas paredes, ela o apertou, era um dedo grosso.
"Vai apertar o meu pau assim?" Ele parou de lamber seu clitóris.
"Vou, eu vou, mas não pare." Ele continuou. Sua língua agora vibrava bem sobre seu clitóris bem na ponta dele, Marlena convulsionava rebolando contra o rosto dele. O clímax veio tão arrasador que ela gritou. Ele continuou lhe lambendo.
"Eu quero você dentro de mim, por favor."
Ele continuou chupando-a por um tempo até que respondeu:
"Eu não vou durar muito." Marlena entendeu que ele queria que ela tivesse outro orgasmo e isso a comoveu. Mas o queria muito dentro dela, queria demais.
"Eu quero, quero agora!" Ele subiu o corpo e colou as bocas.
Marlena sentiu a pressão da enorme cabeça do pênis dele em sua entrada e suspirou.
"Isso. Devagar." Ela disse. Ele continuou invadindo devagar, com firmeza e Marlena gemeu.
Ele terminou de entrar e ela se sentia entalada, era tão bom!
Ele saiu e entrou com força. Saiu e entrou, várias vezes, rápido e forte. Marlena se surpreendeu, era tão bom, ela sentia o prazer se construindo, irradiando de seu centro por todo seu corpo a ponto de contrair os dedos dos pés. Ele continuou rápido e forte, cada estocada violenta a pressionando contra o colchão macio.
"Eu vou..." Ele uivou e aumentou ainda mais a força das estocadas, Marlena gozou no exato instante que o sentiu se derramando nela. Ele suspirou alto, relaxou o corpo e enterrou o rosto no pescoço dela.
O peso dele a esmagou, ela tentou empurrá-lo. Era como tentar mover uma parede. Felizmente ele sustentou seu peso nos antebraços.
"Eu tenho de ficar dentro de você uns minutos, eu..." Ele falava e ela sorriu
"Eu sei. Bestial é canino, assim como você."
Ele a olhou com raiva nos olhos, tanta raiva que Marlena pensou que ele ia sair de dentro dela, machucando os dois. Ele, porém nada disse.
Seu pau desinchou, ele pegou sua calça e saiu da cabana, batendo a porta.
Marlena sentiu frio, quando o corpo dele se afastou e raiva dela mesma, quando a porta bateu. Ela não devia falar de outro homem, tendo acabado de transar com ele. Embora, quando ela e Bestial terminaram, outros Novas Espécies se ofereceram para 'compartilhar sexo', como eles diziam, com ela. No entender de Marlena, não havia nenhum problema em dizer que já tinha estado com outro Nova Espécie.
Ela se encolheu na cama. Tinha sido bom. Ele era meio rude, aliás, ele foi um pouco hesitante, um pouco inexperiente. Devia mesmo estar a dezoito anos sem sexo.
Mas o carinho, o beijo! Marlena se encantou por ele. Candid tinha dito o nome dele, se Marlena não se enganou o nome era Thorment. Um nome apropriado. Ele nem devia saber o nome dela. E aquela conversa de Candid ter pagado, como se ela fosse uma prostituta! Candid, aquele menino tão bonzinho! Thorment não devia ser bom da cabeça. Era uma pena, por que Marlena queria conhecê-lo melhor, as horas que passou nos braços dele, curaram um pouco as feridas no seu coração.
Tanto que pela primeira vez em mais de dois meses, ela iria dormir pensando nele e não no porque ela e Bestial não deram certo.

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THORMENT
FanfictionPara Thorment, compartilhar sexo era um prazer efêmero se se fosse considerar o enorme trabalho que as fêmeas tanto humanas quanto as Novas Espécies davam. Ele não tinha o mínimo de paciência ou vontade de acasalar, então abraçou o celibato com gost...