Capítulo 13

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Seria o máximo dizer que Cassidy e eu viramos o jogo e ganhamos todas as provas restantes.

Mas não foi isso que aconteceu.

Como acredito que tenham imaginado, eu e Cassie fracassamos nas provas seguintes e o jogo seguiu o caminho esperado. Mas estou feliz que pelo menos Miranda também não ganhou, se ela tivesse ganhado minha vida seria um inferno. Ela provavelmente jogaria na minha cara que era melhor que eu pelo resto do ano letivo.

As consagradas vencedoras foram Bianca e Eliza, que eu me pergunto até agora como conseguiram. Mas estou feliz por elas, são pessoas boas e legais — pelo menos na maior parte do tempo.

Suspirei enquanto observava o sol pela janela do ônibus.

Fomos deixados na frente da escola, deveria ser meio dia de um quente e ensolarado sábado primaveril. Me despedi de Florence e acenei para Miranda, que saíam juntas andando. Eu poderia fazer uma ligação para Royer vir me buscar, estou com muitas saudades de Louisa.

— Ei, Louis.

Tirei os olhos do celular e encontrei Cassidy me olhando com um sorriso de lado.

— Quer almoçar na minha casa hoje?

Sorri, incapaz de negar um pedido de Cassie.

— Nós vamos andando? — Perguntei levemente envergonhado.

— Sim, não é muito longe daqui.

Caminhar por Arcadia Petals era extremamente agradável, principalmente pela variedade de flores, árvores e o clima que parecia sempre "mágico".

Depois de alguns minutos caminhando em silêncio com Cassidy, ela se virou para mim com uma expressão aflita.

— A Florence não vai ficar... Hum... Com ciúmes de você almoçar comigo? Não quero arranjar problemas para você.

— Na-não, ela não é uma pessoa ciumenta. Nem eu, digo, ah... — Me atrapalhei com as palavras.

Senti minhas faces queimarem enquanto Cassie dava uma risadinha baixa.

O bairro em que ela morava era simples, mas muito lindo. As casas eram pequenas, a maioria de aluguel e todas tinham um pequeno jardim. Borboletas de várias cores voavam pelo local, trazendo uma sensação de conforto e esperança.

Eu amei esse lugar, ele me fazia sentir paz e uma liberdade que não existia na minha vida. Era bom sonhar.

— Chegamos! — Ela exclamou animadamente.

Sua casa tinha uma aparência aconchegante, pintada de roxo com grandes vasos de plantas ao lado da grande porta de madeira. Cassie abriu o pequeno portão de ferro e me guiou para dentro do pequeno e lindo jardim.

Uma gatinha amarela e muito gorda, miou com preguiça ao olhar para Cassidy.

— Oi meu amor, que saudade eu estava de você! — Cassie a pegou e se virou para mim. — Essa é a Lynn.

Acariciei o pelo da gatinha enquanto ela ronronava. Muito fofa.

Observei as duas bicicletas encostadas na parede, uma preta bem bonita e outra rosa com cestinha, que eu sabia pertencer a Cassidy.

— Então você é o famoso Louis Thedore. — Não era uma pergunta.

Enoli o delicioso pedaço de lasanha de frango e dei um sorriso envergonhado.

Ruth Stewart era muito bonita, deveria ter uns 40 anos de idade, mas tinha um rosto jovial e intimidante.

Cassie e ela não eram muito parecidas, mas sutis traços faciais se conectavam quando se analisava as duas de perto.

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