Capítulo 10 - Parceiras

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Jinx

No momento em que ouvi a voz do Silco me lembrei de que desde que eu acordei no laboratório eu não havia falado com ele.

- Fica aqui e tenta comer - Falo para Max que estava me olhando com uma cara confusa.

Levanto-me da cama e vou até o Silco que estava na minha bancada de trabalho. Ele observava a Max com uma cara de desconfiança, mas voltou seu olhar para mim quando o abracei.

- Como você está? E onde esteve? - Perguntou devolvendo o abraço.

- Eu estou bem e eu estava em Piltover - Respondo me separando dele.

- O que estava fazendo lá? E quem é a garota? - Voltou seu olhar para Max que havia deixado o prato de lado e tentava mover seu braço devagar.

- Longa história, mas de forma resumida eu estava planejando me vingar da defensora, e a garota se chama Max, ela é irmã da defensora e filha de uma conselheira - Murmuro a última parte, mas se o seu olhar indicava alguma coisa ele ouviu.

- Por que ela está aqui? - Pergunta e posso ouvir um pequeno tom de raiva em sua voz.

Esqueci que se tem gente que o Silco odeia mais do que o povo do lado alto são os conselheiros do lado alto.

- Porque eu preciso da ajuda dela para me vingar da defensora - Respondo me sentando na bancada.

- E por que ela te ajudaria a se vingar da própria irmã? - Se senta na minha cadeira ainda observando a Max.

- Simples, ela não vai saber que está me ajudando - Olha para mim e vejo a desconfiança em seu olhar.

- Como sabe que pode confiar nela? - Pergunta me pegando de surpresa.

- Eu apenas sei - Dou de ombros o fazendo negar com a cabeça.

- Ao menos teste a confiança dela, por segurança - Diz tentando disfarçar sua preocupação.

- Como quiser - Levanto-me da bancada - Quer falar com ela? - Pergunto.

- Não, mas se ela se mostrar confiável falarei - O abraço mais uma vez.

Depois de nos separar ele se levanta e segue pelo caminho de antes e eu volto para onde Max estava. Observo ela tentar mover seu braço devagar o que a faz gemer de dor, seguido de um suspiro de frustação.

- Está tão dolorido assim? - Falo a fazendo notar minha presença.

- Um pouco, e eu nem sei o porquê - Assim que ela fala isso eu me mexo desconfortavelmente, coisa que não passou despercebido pela mesma - Mas você sabe, não é? - Olha sério para mim.

- Bem... Você estava em um estado muito grave e só tinha um jeito de você sobreviver - Dou um sorrisinho nervoso.

- Que jeito? - Pergunta desconfiada.

- Com cintila - Respondo a fazendo arregalar os olhos.

Ela fica em choque por alguns segundos, depois olha para seu braço.

- Quais são os efeitos colaterais? - Com sua outra mão ela toca sua cicatriz.

- Eu não tenho certeza, os efeitos podem variar de pessoa pra pessoa, alguns apenas ficam viciados, outros ficam fracos se não tomarem em um determinado tempo, outros não sentem nada e outros perdem uma parte da consciência do que é certo ou errado - Assim que termino de falar ela volta seu olhar para mim.

- Não tinha outra maneira? - Nego com a cabeça a fazendo suspirar - Foda-se então, o que vai querer em troca? Dinheiro? - Pergunta me deixando confusa.

Estou com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora