Estou com você

Capítulo 29 - Apenas uma volta

Max

Olho para os dois lados do corredor e sem saber por onde seguir decido seguir pelo lado esquerdo. Seguindo pelo escuro corredor percebo que tirando a numeração nas portas, todas as celas são iguais.

Alguns dos outros prisioneiros batiam na porta quando eu passava a lanterna pelas suas celas e algumas vezes eu conseguia ouvir o barulho de roedores andando em algum lugar perto de mim. Mas foi o eco da goteira que confirmou que eu estava na direção certa, pois eles só deixariam os canos expostos se eles estivessem em uma área segura.

Depois de mais um pouco de caminhada consigo ver uma luz no final do corredor, assim que desligo a lanterna pego a faca e sigo meio agachada em sua direção. Ao me aproximar vejo um defensor que parecia ter quase o triplo do meu tamanho, ele estava tão bem armado quanto os outros que me prenderam e parado na frente de uma porta de metal tendo apenas a luz fraca da lâmpada que estava cercada de grades, em cima da porta.

Considerando a luz fraca e o capacete que provavelmente está prejudicando sua visão, ele nem me irá ver chegando. Então, silenciosa como sempre vou andando colada a parede até ficar bem na sua reta.

Sem perder mais tempo pego a faca pela lâmina e a arremesso, algo me dizia que por conta do seu tamanho apenas um corte não seria suficiente, então como planejado a faca passou cortando o vão entre seu pescoço e seu colete e antes que sua mão pudesse subir e ver o que aconteceu, a faca bateu na parede do outro lado e passou por seu pescoço novamente antes de voltar direto para minha mão.

Antes que seu corpo atingisse o chão e causasse um barulho desnecessário, me apresso para segurar seu corpo que era mais pesado do que eu imaginava e com certo esforço necessário o coloco silenciosamente no chão, embora ele quase tenha caído em cima de mim.

Ainda agachada me viro para a porta que olhando de perto não possui nenhuma fechadura apenas um painel de reconhecimento de mão ao lado da porta, sabendo o que tenho que fazer me viro de volta para o defensor e fazendo o caminho mais fácil pego sua mão e tiro sua luva, fico alternando o meu olhar entre a minha faca meio cega e a sua mão gigante antes de decidir procurar algo que me ajude em seu cinto.

E para minha sorte não havia apenas uma coisa para me ajudar, mas sim três coisas que poderiam me ajudar. Pego as minhas novas duas facas e as coloco em minha cintura junto com a meio cega e com a terceira faca que perecia ser a melhor, corto sua mão sem o mínimo de dificuldade.

Com a mão pingando sangue, me levanto e a coloco no painel e quase instantaneamente a porta destrancou. Jogo a mão em algum canto e abro a porta esperando encontrar mais defensores, mas para minha surpresa o lugar estava completamente vazio.

Mesmo achando estranho adentro o lugar que parecia ser apenas um posto de vigilância, até que eu vi uma porta com uma placa sinalizando que eram as escadas e em outro canto um portão de ferro na frente de um grande elevador, se é por aqui que sobe então por que está tão desprotegido?

Apesar de ter algo claramente errado, vou em direção ao elevador e vejo que o portão estava trancado e dessa vez tinha fechadura. Neste momento muitos começariam a procurar algo fino como um clips de papel para abrir a fechadura, mas um verdadeiro profissional usa qualquer coisa para abrir fechaduras e isso inclui facas.

Pego a faca meio cega por ela ser a mais fina e usando a que já se encontrava em minha mão, começo a tentar abrir a fechadura e não demorou nem um minuto para o barulho da tranca sendo aberta ser ouvido.

Depois de guardar ambas as facas, abro o portão e aperto o botão do elevador, enquanto espero fico acompanhando o andar em que ele está, e como previsto eu estava no último andar. Um bip pode ser ouvido quando o elevador enfim chega e o adentro assim que as portas se abrem, olho para os botões e para minha sorte eles estavam nomeados ao invés de numerados.