Capítulo 38 - Que a diversão comece!

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Max

Chegou o dia, finalmente chegou o dia em que eu sairei dessa merda de prisão, mas não antes de destruí-la. Dentro de alguns minutos, eu serei levada de volta para a o posto de vigilância, onde todos iram se preparar e revisar os principais detalhes do plano.

Separei meu plano em quatro etapas: 1° distração e posicionamento; 2° revolta e confusão; 3° conflito direto; 4° fuga e destruição. Todos os envolvidos já sabem o que devem fazer e quando agir, e aqueles que não estão envolvidos não seriam burros de perder uma oportunidade como essa.

Cinco minutos depois um defensor chegou para me liberar, ele estava sozinho e apenas abriu a minha cela antes de ir à direção oposta ao corredor que eu seguiria. Não vi necessidade de me apressar para chegar ao posto, apenas apreciando o raro silêncio desse lugar, como se os prisioneiros já soubessem que algo iria acontecer.

Embora não demorou muito mais para eu ver a luz fraca no final do corredor, havia dois defensores parados na porta me esperando, assim que me viram sair da escuridão me cumprimentaram com um aceno de cabeça e logo abriram a porta para mim. Dessa vez, quando eu entrei ninguém parou o que estava fazendo para me ver, cada um continuou com seus afazeres enquanto esperavam a horar passar.

Aproximei-me da mesa central que estava com os mesmos defensores de sempre em volta dela, olhei atentamente para o rosto de todos eles pensando no que provavelmente aconteceria com cada um deles. Eles estavam completamente sérios enquanto revisavam o plano uma última vez, mal prestaram atenção a minha chegada.

— Teremos três barcos a postos no norte da ilha, foi muito caro convencê-los a participar disso e foram bem claros quanto ao horário, não saíram nem um minuto mais nem a menos — Disse Ryan me olhando, essa era uma das minhas poucas preocupações, que os capangas do Silco decidissem sair sem mim.

— Certo, não temos mais o que revisar agora, mas estejam prontos para qualquer coisa, está quase dando o horário de nos posicionarmos! — Miller colocou o ponto final na reunião e todos se dissiparam soltando um suspiro pesado ou apenas confirmando com a cabeça.

Ryan imediatamente se aproximou de mim com uma pequena mochila e a estendeu para mim — Suas coisas, mas devo informar que sua roupa estava em um estado pior do que eu esperava então tomei a liberdade de pegar outra.

Não pude evitar fazer uma careta com isso, a Jinx havia me dado essas roupas e eram perfeitas para qualquer ocasião em que eu me metia, além de ter sido um presente do qual eu não gostaria de me desfazer. Mas sem outra escolha a não ser aceitar, pego a mochila e vou para o banheiro sem falar nada.

Tranco-me no banheiro e abro a mochila, procurando imediatamente pelas minhas adagas e para minha surpresa estavam todas ali completamente limpas e afiadas. Confesso que eu não esperava que eles me entregassem todas de bandeja, mas talvez eles realmente confiem em mim e sinceramente não sei o que fazer com essa informação.

Deixo minhas facas de lado e pego a roupa que Ryan deixou para mim. Visto uma calça militar escura, levemente folgada, adornada com tiras detalhadas em cinza. Completando o visual, uma blusa preta simples de uma manga só, equipada com máscara e capuz, e, para finalizar, um coldre duplo de peitoral para facas.

Percebo que para o meu azar à única manga da blusa está do meu lado esquerdo tornando assim minha cicatriz, causada por aquele maldito incêndio, completamente visível, tirando esse detalhe infeliz, admito que a roupa caía bem em mim e combinava com as botas de combate, que fora a única peça que sobrará do conjunto da Jinx.

Após posicionar as adagas nos melhores lugares que encontrei na calça e manter duas principais nos coldres, enfim, saio do banheiro. Poucos dirigiram o olhar para mim, mas era perceptível a desconfiança daqueles que olharam principalmente a do sargento Miller.

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