Capítulo 25 - Filho de peixe, peixinho é

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Caitlyn

Assustada saio de cima dela enquanto tentava entender o que estava acontecendo aqui, pois é impossível minha irmã estar viva. Sem saber o que falar fico apenas encarando sua figura quase inconsciente e sem que eu perceba acabo me perdendo nas lembranças daquele dia.

Todo aquele fogo e a explosão no fim será que mesmo assim ela conseguiu escapar? Apesar de eu querer acreditar nisso outra parte de mim não quer acreditar, pois isso significa acreditar que ela é a responsável por todos os ataques.

Olho seu corpo de cima abaixo, prestando atenção em cada detalhe e em cada mancha de sangue. Tirando as adagas e o cinto eu consigo imaginar perfeitamente minha irmã usando essas roupas, mas o que eu não consigo imaginar é os seus olhos com esse tom escuro de vermelho.

- Como? - Pergunto tão baixo que não tenho certeza se ela ouviu.

Vejo-a abrir a boca, mas ao invés de sair algum som sai uma respiração pesada e logo em seguida a inconsciência enfim a vence. Volto meu olhar para o corpo da Vi e depois para minhas mãos ensanguentadas, não aguentando mais caio de joelhos com lágrimas já escorrendo pelo meu rosto.

O que eu fiz? Por que ela? Como? Se ela estava viva todo esse tempo por que não voltou para mim? Ela estava sendo obrigada? Saio dos meus pensamentos ao ouvir não um, mas vários passos do lado de fora.

Não tendo como sair daqui carregando dois corpos, me obrigo a levantar e a pegar minha arma, a deixando apontada em direção à saída. Eu esperava que fossem os capangas do Silco ou viciados, mas a última coisa que eu esperava é um grupo de defensores.

Ambos estavam com suas armas apontadas um com o outro, mas quando eu abaixei a minha eles me reconheceram e também abaixaram as suas. Sem saber o que estava acontecendo permaneço no lugar enquanto um dos defensores se comunicava pelo radinho, não demorou nem dois minutos para o capitão Robert aparecer acompanhado por mais alguns defensores.

- Capitão, o que faz aqui? - Pergunto assim que ele se aproxima.

- Estou em uma operação, mas vejo que você já a completou - Responde olhando diretamente para o corpo inconsciente da Max.

Ele acena com a cabeça para os defensores que logo se mobilizam em direção ao seu corpo - O que estão fazendo? - Pergunto me colocando entre eles.

- Prendendo-a obviamente, você está bem xerife? - Pergunta agora olhando para minhas mãos.

- Vocês não podem leva-la! - Não agora que eu acabei de recupera-la.

- Agradeço por você tê-la detido, mas agora nós precisamos fazer o nosso trabalho e vocês duas precisam de ajuda médica, então, por favor, saia da frente - Fala me fazendo olhar para o corpo da Vi que não parecia que acordaria tão cedo.

Não tendo outra escolha dou um passo para o lado e sem perder tempo os defensores prendem seus pulsos e tornozelos enquanto um deles revistava seu corpo, tirando todas as adagas e minibombas que haviam escondidas. Assim que terminam seu corpo é colocado em uma maca e preso com amarras.

- Sinto muito - Não posso deixar de sussurrar ao a ver sair do galpão cercada de defensores armados até os dentes.

Agora sabendo sua identidade é como se toda a minha perspectiva tivesse mudado, antes eu só queria pega-la a todo custo e agora eu só queria saber o que a levou a isso e como eu posso resolver isso sem ter que prende-la.

Sem falar nada me afasto e vou em direção ao corpo da minha namorada que estava sendo colocado em outra maca, dessa vez sem amarras. Sendo acompanhada por apenas um defensor começamos o caminho de volta para Piltover dentro de um camburão já que nenhum paramédico desceria até aqui.

Estou com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora