MARIA CLARA;
point of view.Débora e eu éramos amigas há quase seis anos. A conhecia melhor do que ninguém. E ainda sim, me surpreendia com minha capacidade de confiar em sua palavra quando a mesma dizia: "pode ir simples. Não vai ser nada de mais.". No final, éramos sempre as destoadas de todo o resto.
Eu não ligava muito, mas minha insegurança não ajudava.
Havíamos nos arrumado juntas, em minha casa, já que ela sabia exatamente o endereço da festa de Well. Ainda nem entramos na casa e eu já quero ir embora. A maioria das mulheres estava usando salto alto, vestidos colados, croppeds ou tops, usando e abusando da maquiagem – muitíssimo bem feitas as que consegui reparar bem –. Que porra, eu odiava ser tão insegura.
Débora cumprimentou alguns amigos e aproveitamos para seguir eles em direção à entrada da festa. Uma garota abriu a porta e nos passou as coordenadas para chegar até o quintal, nos desejando uma boa noite.
Nathan já havia chegado, portanto, assim que chegamos ao quintal, o procurei entre a multidão reunida no espaço mediano. O som tocava um funk extremamente alto e a maioria das pessoas estava dançando.
— Vamos pegar uma bebida e procurar os mano. Já vi uma galera que não suporto, melhor beber pra ficar quieta. – Débora compartilhou, me puxando até os isopores e mesa improvisada com copos.
Peguei um copo grande, colocando água tônica e gin. Débora arranjou um gelo de maracujá, colocando em meu copo. Esperei que ela preparasse seu whisky com red bull e gelo de côco.
— Agora a noite tá ficando boa. Bora procurar o teu tralha. – a Lopes riu, me fazendo revirar os olhos, rindo também
Não demorou até acharmos Nathan, Maurin e mais alguns garotos, encostados no muro. Mas, o que chamou minha atenção foi a garota que estava em sua frente, falando algo contra seu ouvido. Ele estava com a cabeça baixa, lhe dando atenção, ouvindo o que ela falava. A morena era incrivelmente linda, vestindo um conjunto de saia e cropped que deixava pouco para a imaginação de qualquer um e tênis combinando com o conjunto preto.
Ajudou muito a minha autoestima.
— Jeniffer tá fazendo o que aqui, gente? – Débora chamou minha atenção, franzindo o cenho. Segui seu olhar e liguei os pontos, sabendo que ela estava falando da garota que conversava com Chefin. – Nem sei porque ela tá aqui. Geral acha ela linda, tudo doido pra passar o pau, mas pelo visto ela só dava moral pro Chefin. Ele quem nunca deu muito palco pra ela. Wellington nem tem intimidade com ela, muito sem noção mesmo.
— Ele é solteiro, faz o que quiser. – soltei um longo suspiro, segurando sua mão e a guiando até onde eles estavam
Maurin foi o primeiro a me ver, já vindo me abraçar. Desde que ele e Micaella começaram a ficar, ele me trata como se fôssemos melhores amigos. Não demorou para que Nathan erguesse o olhar em minha direção, ainda ouvindo o que a tal Jeniffer falava. Nossos olhares se encontraram e eu sustentei, sem esboçar nenhuma reação.
— Fala mais com os outros não, Maria Clara? – sua voz soou em um tom brincalhão, atraindo minha atenção.
— Foi mal. Achei que tivesse ocupado, Nathanael. – retruquei, sorrindo forçadamente. Sua expressão mudou na mesma hora, ele percebeu que eu estava estranha.
— Nathanael. Só tua mãe que te chama assim, né não, Chefin? – Jeniffer riu. Nem me dei ao trabalho de olhá-la, já que ela também não o fez comigo.
— Meu froco de neve também pode, mas, só ela mesmo. – Nathan se afastou da morena de cabelo extremamente liso, se aproximando pra me abraçar.
— Vocês estão juntos? – ela perguntou, enrolando o cabelo no dedo
— Tamo de casal, essa fita mermo. – suas palavras fizeram meu coração errar as batidas
Percebi o quão sem graça Jeniffer ficou. E para comprovar, imediatamente ela se despediu e sumiu de nossas vistas. Cruzei os braços, me afastado de Chefin e me encostando na parede. Ele colocou a mão apoiada na parede, rente à minha cabeça.
— Precisa de ciúme não, froco de neve. Na moral, tu sabe que não precisa. Eu nem dei ideia pra ela, aconteceu nada não. Quero ficar de casal contigo. Mais ninguém, só tu. – Nathan se inclinou, beijando minha bochecha. Seus beijos desceram até meu pescoço, causando arrepios por todo meu corpo. — Hãm, arrepiou né?
Ele passou as mãos por meus braços, ainda arrepiados, até conseguir enlaçar minha cintura e me puxar para mais perto. Chefin foi me dando selinhos, quase conseguindo me desarmar.
— Vai querer ficar de casalzin' comigo não?É isso? – o loirinho se afastou, cruzando os braços
Não aguentei e acabei gargalhando. Lhe daria um voto de confiança, até porque, não aconteceu nada demais entre ele e Jeniffer. E além do mais, era sempre bom ver o quanto ele me queria por perto.
— Vamos ficar de casalzin então, Chefin. – abracei seu pescoço, iniciando um beijo
Quando nos separamos, Maurin e Débora fizeram alguns comentários, nos zoando e demonstrando que apoiavam totalmente. Ri, escondendo meu rosto no pescoço de Nathan.
— Chefin nada, pra tu é Nathan. No máximo amor da tua vida. – ele reclamou, descendo as mãos até minha bunda e apertando aquela região, com firmeza. A blusa tampava suas mãos, portanto, não havia sido algo explícito.
— Tu é a graça mesmo, cara. – ri soprado, negando com a cabeça
Começamos a aproveitar a noite, abraçados e juntos na maior parte do tempo, literalmente como um casal. Tal qual, honestamente, havia sido incrível. Nathan me tratava da melhor forma possível e ainda beijava bem, me deixando quente toda vez que decidia apertar minha bunda ou segurar os cabelos presentes na minha nuca. Nunca havia me sentido assim; ele era especialista em me causar sensações novas.
E estava sendo a causa do meu desejo. O que, para ser sincera, não era ruim.
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𝗠𝗔𝗞𝗧𝗨𝗕 ━ 𝙲𝚑𝚎𝚏𝚒𝚗
Fanfiction𝐌𝐚𝐤𝐭𝐮𝐛, 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘪𝘤𝘪́𝘱𝘪𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘥𝘰. 𝘝𝘦𝘳𝘣. 𝘒𝘪𝘵𝘢𝘣. 𝗠𝗮𝗸𝘁𝘂𝗯 𝘀𝗶𝗴𝗻𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮: "𝗲𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼"; 𝗼𝘂 𝗺𝗲𝗹𝗵𝗼𝗿, "𝘁𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝗰𝗲𝗿". ❝ 𝖠𝗍𝖾́ 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗆𝗂𝗇𝗁𝖺 𝗉𝖾𝗊𝗎𝖾𝗇𝖺, 𝖺𝗂�...