CHEFIN;
point of view.Fiquei em choque quando assimilei tudo o que tinha acabado de acontecer. Maria tinha descoberto as mensagens com a amiga dela; eu e ela terminamos e...e o meu primo tava assediando a minha namorada esse tempo todo. Agora tudo fazia sentido. Ela não ter usado nenhum biquíni e nem nada disso enquanto estávamos na casa, ela nao querendo vim pra minha casa...tudo que eu não tinha enxergado, agora fazia sentido.
E eu ia matar esse filho da puta. Judas do caralho.
Quando recobrei a consciência, saí correndo do quarto, pra tentar alcançar a minha namorada, que agora era ex. A sensação de saber que ela tinha passado por aquela situação sozinha, me fazia sentir um misto de ódio e tristeza, papo reto mermo.
Tentei correr atrás dela, mas deu em nada, porque o moto táxi devia tá treinando pra papel em velozes e furiosos e meteu marcha rapidinho. Fiquei parado no portão, enquanto ouvia minha mãe e minha vó perguntando o que tinha acontecido. Até que ouvi a voz daquele arrombado.
Todo se fazendo. Pagando de preocupado.
Ele tava do lado de dentro do portão. Dei nem tempo pro filho da puta respirar, fui logo pra cima mermo. Eu quem ia dar a cobrança que ele merecia. Soquei a cara dele; o nariz sangrou na mesma hora, fazendo o judas cair no chão.
Comecei a bicar ele. Só chutão mermo, sem massagem, sem pausa pra deixar ele respirar.
Yuri se fechou igual uma bola, tentando se proteger, enquanto perguntava o porque daquilo. Fiquei mais puto ainda. A família toda gritando pra eu parar, mas deu em nada, o ódio falava mais alto. Só parei de bater quando meu primo e meu tio me seguraram.
— O que tá acontecendo aqui?Nathanael, pelo amor de Deus. É o seu primo. – minha mãe tentou interferir, nervosa já
— Esse Judas, mãe. ISSO AI É UM JUDAS!EU DEI A MÃO E O ARROMBADO ME APUNHALOU. POR ISSO QUE TUA MÃE ENCHEU TANTO A PORRA DO SACO DA MINHA VÓ PRA TU VIM MORAR AQUI, APOSTO QUE TU FEZ MERDA. – gritei, tentando avançar nele de novo. Minha vó foi ajudar, assim como minhas tias. — Não ajuda não. Não ajuda esse arrombado não, quero ele fora daqui agora.
— O que tá acontecendo?Primeiro a Maria saiu daqui sem dar explicação, chorando, sem mais nem menos. E agora você acabou de bater no seu primo. O que tá acontecendo aqui? – minha mãe voltou a perguntar, com o cenho franzido, já ficando sem paciência
— Esse filho da puta tá assediando a minha mulher desde aquela viagem pra Santo Aleixo, mãe. A gente tava acolhendo e tratando como família um assediador, um judas. A Maria Clara me contou tudo. – revelei e minha mãe deu alguns passos para trás, com os olhos arregalados
Minha mãe ficou calada, porém, percebi em seus olhos as lágrimas se acumulando. Me soltei dos braços que me seguravam e abracei minha mãe, chorando também. Não dava pra acreditar que aquela situação tava acontecendo bem de baixo do meu nariz e eu não fiz nada, não percebi nada. Minha coroa tava sentindo a mesma parada.
Ouvi alguns dos familiares começando a dar pitaco, falando que aquilo podia ser mentira da Maria. Nem precisei fazer nada, minha vó deu logo um gritão e expulsou geral. Botou todo mundo pra correr. Sozinha, a coroa juntou todas as coisas do Yuri e jogou no meio da rua, de qualquer jeito. Minha mãe e eu não tivemos forças pra ajudar.
— Tânia, você vai deixar o menino jogado na rua, sem amparo nenhum? – pude ouvir meu tio perguntar, enquanto minha vó arrastava Yuri pelo braço pra fora de casa, mesmo com ele gemendo de dor e tentando se explicar
— Tá com pena?Leva pra casa. Porque eu só acho engraçado que ele não teve senso ou pena na hora de assediar uma mulher, independente de ser namorada do meu neto ou não. – foi tudo o que minha vó respondeu, antes de bater o porta de ferro com toda a força, na cara de quem ainda tava parado na nossa calçada
Fui levado pra dentro de casa. Sentei no sofá e minha vó trouxe três copos de água com açúcar. Minha rainha tava toda se tremendo ao meu lado. Abracei ela e fiquei assim até sentir que estava um pouco melhor. Deitei minha cabeça em seu colo e comecei a contar tudo o que aconteceu.
Eu não tinha traído a minha namorada. Ainda mais com uma patricinha como a tal da Mirela, que só tá afim de sentar pros crias e ralar peito. Nunca que ia fazer metade do que a Clara já fez por mim. Não sou nenhum moleque emocionado não. Errei em ter escondido dela as conversas?Errei. Mas, trair não traí não.
E não ia deixar barato essa história do cordão não. Queria saber como aquela porra foi parar no pescoço dela, sendo que sumiu aqui em casa; essa garota nem nunca teve aqui e eu nunca fui na casa dela. Ia tirar essa história à limpo e provar tudo pra Maria Clara.
Mas, ia deixar ela em paz. Não quero prejudicar ela com essa vida que tô levando. Sei que ela é insegura e embora eu tente deixar ela confiante em relação ao nosso namoro, sei que ela ainda não consegue confiar completamente. E fica cada vez mais difícil com um monte de mulher jogando firme na minha cara. Não olho pra nenhuma, mas também sei que essa merda faz mal pra garota que eu amo.
Prefiro mil vezes ver ela bem.
— Não se preocupa meu filho. Tá tudo nos planos de Deus, Ele sabe o que faz e a gente não sabe o que diz. Isso aí foi um divisor de águas, pra saber quem é real, quem não é e principalmente pra mostrar que: o que é seu acaba voltando pra você. Se for pra você e a Clara ficarem juntos, Deus vai mostrar. Escuta o que eu digo, lá na frente Deus vai te honrar. – minha mãe beijou minha festa, acariciando meu cabelo
Minha rainha é a pessoa mais sabia que eu conheço. Referência total pra mim. E dessa vez, eu esperava que ela estivesse certa.
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𝗠𝗔𝗞𝗧𝗨𝗕 ━ 𝙲𝚑𝚎𝚏𝚒𝚗
Fiksi Penggemar𝐌𝐚𝐤𝐭𝐮𝐛, 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘪𝘤𝘪́𝘱𝘪𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘥𝘰. 𝘝𝘦𝘳𝘣. 𝘒𝘪𝘵𝘢𝘣. 𝗠𝗮𝗸𝘁𝘂𝗯 𝘀𝗶𝗴𝗻𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮: "𝗲𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼"; 𝗼𝘂 𝗺𝗲𝗹𝗵𝗼𝗿, "𝘁𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝗰𝗲𝗿". ❝ 𝖠𝗍𝖾́ 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗆𝗂𝗇𝗁𝖺 𝗉𝖾𝗊𝗎𝖾𝗇𝖺, 𝖺𝗂�...