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MARIA CLARA; point of view.
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• três semanas depois •
Fernando de Noronha era incrivelmente lindo. E a companhia de Nathan tornava tudo melhor ainda. Havíamos chegado ontem, pela tarde, portanto, não conhecemos muita coisa ainda. Ainda tínhamos três dias para aproveitar bastante e conhecer tudo o que esse paraíso tem a nos oferecer. Porém, nada superava as horas que Chefin e eu passamos na rede, no nosso hotel, com ele fazendo cafuné em mim, com a vista do mar preenchendo minha visão.
— Ai, esses camarão aqui é gostosão, mó parada chique. Mas, papo reto mermo, eu comeria um churrasco do Paulo, na moral. Vai dizer que tu não? – meu namorado se espreguiçou na cadeira, preguiçoso após o almoço. Retirei minha atenção do mar à nossa frente, o encarando e concordando imediatamente
— Daria muito mais barato e a gente comeria muito mais. – pontuei, lembrando do churrasco que vendia na praça próxima à casa dele
— Falou tudo. Por isso a gente tá junto. – ele riu, segurando minha mão por cima da mesa
O garçom veio retirar nossos pratos; agradecemos e começamos a escolher uma sobremesa. O restaurante que Chefin quis me trazer hoje foi o mergulhão, em frente à praia e com bangalôs improvisados na grama, nos proporcionando uma experiência única. Eu estava completamente encantada, embora ainda concordasse com Nathan que um churrasco da praça seria mais barato e em maior quantidade.
Talvez nunca fôssemos perder essa mania. E era por isso que nos entendíamos tão bem.
O brownie com sorvete de creme artesanal que pedimos, chegou. Comemos e ainda roubei algumas colheradas do prato de meu namorado. Em minha defesa, estava bom de mais. E ele, em posição de meu companheiro, precisa me alimentar. Nada mais justo.
— Ih, alá!Débora e Oruam tão na praia. – Nathan virou seu celular em minha direção, mostrando um storie de minha amiga sentada em uma cadeira de praia, com Mauro ao seu lado
