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MARIA CLARA; point of view.
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Dois meses haviam se passado e as vezes, ainda não conseguia acreditar que tinha um namorado. Nunca namorei e nem nunca achei que iria, portanto, ainda é estranho quando vejo que consigo passar quase três horas ao telefone com Nathan e ainda sim não enjoar dele ou querer encerrar a chamada imediatamente, visto que fazemos isso quase todos os dias.
Com a ajuda da minha vózinha, meu pai finalmente estava aceitando aos poucos o relacionamento. Ele até deixava eu ir para a casa de Nathan; contanto que prometesse que ficaríamos na sala, com a mãe e o irmão dele por perto.
Porém, minha sogra é manicure. Quase nunca está em casa. E Bernardo fica com a dona Tânia na maior parte do tempo. Ele só não precisa saber disso...Embora ele tenha o contato da Amanda, já que fez questão de ligar pra ela e ter uma longa conversa sobre meu namoro com o filho dela.
Falta pouco para o ano novo. E é exatamente por isso que vou precisar da ajuda da minha avó e da minha sogra para conseguir convencer meu progenitor a me deixar ir para Santo Aleixo com a família do Nathan. Vai ser nossa primeira viagem juntos, confesso que estou ansiosa.
O único problema é justamente o porteiro do enem, mais conhecido como meu pai.
O alarme da air fryer soou alto, indicando que a batata frita estava pronta. Levantei, indo checar. Coloquei sal quando percebi que estavam prontas. Posteriormente, conferi o arroz e o feijão. Só faltava o bife. Era a comida favorita do meu pai, não podia desperdiçar a chance de acalma-lo antes de qualquer conversa importante.
Enquanto eu preparava o jantar, do outro lado da cozinha, meu celular vibrava em cima da mesa. Era o meu namorado, falando sobre as coisas que faríamos na viagem.
Coisas que meu pai nem poderia sonhar, ou então, me mandaria para longe de Nathan imediatamente. E posteriormente, para um convento.
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Minha comida estava divina. E meu pai parecia bastante satisfeito enquanto comia pela segunda vez. Isso porquê ele ainda não tinha visto o bolo de pote que comprei mais cedo, no metrô, na volta para casa, para ajudar um homem que estava juntando dinheiro para a faculdade. O sabor era maracujá, favorito do meu coroa.
— Tá muito bom, filha. Caprichou mesmo, parabéns. – Márcio elogiou, me fazendo sorrir largamente
— Espera só até ver a sobremesa. Comprei na volta pra casa. Já comi o meu, era de red velvet e tava muito bom. – levantei, correndo até a geladeira. Peguei o pote e assim que levei para a mesa, meu pai só faltou pular de felicidade.
— A esmola tá sendo de mais e o santo tá começando a desconfiar. Tanto agrado pra que? – sua sobrancelha estava arqueada, enquanto ele me olhava desconfiado
— Não posso agradar você?Poxa, trabalha tanto, faz tanta coisa, que eu só quis retribuir um pouco. Não é como se eu te deixasse passar fome todos os dias, dramático. – sorri, sarcástica, ainda não querendo entregar o jogo.
— Quem não te conhece que te compre, Maria Clara. Desembucha, filha. – ele soltou uma risada de quem não estava acreditando, cruzando os braços
— A minha sogra querida tem uma coisa pra falar pra você. – peguei meu celular e abri o WhatsApp, ligando imediatamente para Amanda, como combinamos
Chefin perturbou a coitada para que fosse ela quem mediasse esse acordo. Então, combinamos que eu ligaria para ela após o jantar, o horário que ela já estaria em casa também.
Enquanto chamava, Márcio gesticulava e murmurava vários nãos, alegando que eu estava louca e ameaçando levantar. Assim que vi na tela o cronômetro do tempo da ligação iniciar, coloquei em seu ouvido. Imediatamente o homem assumiu outra postura, ficou mil vezes mais calmo do que antes.
Bem mais calmo do que seria se eu tivesse pedido.
Ansiosa, me levantei, não querendo ouvir nada do que eles conversavam. Fui para o meu quarto, cantarolando a nova música de Nathan, que será lançada na próxima semana: não ligo. Já estava tentando criar uma dancinha para os meus duzentos mil seguidores do TikTok. Não era nada sério, eu só postava algumas danças e dublava áudios, porém, era divertido e aparentemente o Cabelinho me impulsionou bastante repostando dois vídeos que fiz com as músicas de seu novo álbum, little hair.
Minhavida estava realmente inacreditável...quando que eu, completamente sem carisma nenhum para coisas que envolvem mídia social, alcançaria tantos seguidores?O Loki deve ter alterado muito a minha dobra temporal, porém, não estou reclamando de forma alguma.
Quando meu pai gritou meu nome, fui até a cozinha imediatamente, caminhando calmamente, sem pressa. Sentei na cadeira de frente para ele, pegando meu celular.
— Você é inacreditável, Maria Clara. Nunca mais faça isso sem me avisar. – Márcio broncou, soltando um longo suspiro. Fiquei em silêncio, esperando a resposta que me convém. — Só quero deixar claro que: pra você, eu já tinha dito não e se dependesse disso, era não e pronto, mas, como você não dá ponto sem nó e me colocou pra falar com a mãe dele, eu disse sim. Você vai, mas vai ter que seguir minhas regras ou então já pode ligar de novo e dizer que não vai.
Ignorando completamente a parte das regras, sorri abertamente, levantando para abraçá-lo e beijar seu rosto.
— Agora me deixa comer meu bolo em paz. Depois a gente vai discutir umas condições, espertinha. – o guloso me afastou, pegando seu bolo e indo comer na sala.
Saltitando, voltei para o meu quarto, enquanto enviava áudios para meu namorado, comemorando nossa vitória. Era oficial: faríamos nossa primeira viagem juntos.