[FINALIZADA]
A Morte de Annie Abels, a mãe de Yoongi, deixou uma marca em sua vida, no coração e na alma. Ele queria justiça, mas também queria paz, já estava cansado de ser usado por seu pai como um bonequinho criado para matar.
Yoongi sendo um...
ATENÇÃO AO GATILHO: Morte, sangue, tentativa de suicídio. Então, tomem cuidado caso o capítulo for pesado para vocês, é só não ler e esperar os próximos.
Boa leitura e obrigada.
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O vermelho é uma cor vibrante e forte, ele sempre esteve ao redor de todos Abels, não somente nas madeixas bonitas, mas no sangue derramado durante todas as suas malditas vidas. Uma família amaldiçoada. Por trás de Annie, por trás de Levi e por trás de Yoongi havia uma grande história, que poucos vão entender e terão coragem de tentar descobrir. Eles poderiam até carregar uma força mental grandiosa, mas também seguram o peso de viver como um Abels.
Na caminhada lenta que Levi fazia pela calçada molhada, as gotas grossas caiam no guarda-chuva, fazendo barulho. Abels respirou fundo, apertando sua mão ao redor do cabo com mais força ao encarar o prédio um pouco destruído, a fachada pichada com desenhos indecentes e a cerâmica na cor branca quebrada, alguns pedaços no chão e a grama um pouco grande na frente, era um bom esconderijo. Ele deu passos mais rápidos para dentro do lugar, a chuva estava aumentando e não desejava se molhar. Assim que abriu a porta de ferro e subiu no elevador um pouco velho suspirou, apertando a sacola que estava em sua mão esquerda. A porta se abriu e ele olhou para os lados do corredor, não havia ninguém, dobrou para o lado, indo direto para a última porta, número 1. Bateu na madeira, ouvindo um tempo depois as várias fechaduras sendo abertas.
— Aqui — Ele colocou a sacola para dentro do apartamento pela brecha, sentindo o peso ser retirado de sua mão.
— Agradeço, Levi — Ele olhou para os olhos da pessoa, sorrindo pequeno ao ter o sorriso deste direcionado a si. — Está se cuidando?
— Estou, está tudo bem — tocou os dedos nos fios da pessoa, afastando a mão depois e guardando dentro do bolso de sua calça. — Queria poder conversar mais, só que terei que ir.
— Por favor, tenha cuidado — Levi sentiu o aperto forte no ombro, balançando a cabeça em positivo e logo depois virando para sair.
A tensão nos ombros dele aumentou, ele apertou o guarda-chuva na mão assim que clicou no botão para chamar o elevador. Olhou para o lado direito, vendo a porta e seus olhos caíram para o chão, sentia seu interior vazio, mas em sua mente gritava para que pudesse salvar. Ele ainda tinha sede de justiça. Antes de entrar no elevador, olhou uma última vez para a porta, soltando o ar e vendo o elevador fechar. Tudo um dia teria um fim.
Ele estacionou o carro em frente à delegacia, segurando o guarda-chuva novamente, abriu a porta do carro, fazendo o mesmo com o objeto e andou lentamente para dentro do lugar. A delegacia não estava agitada, tinha a recepcionista no mesmo lugar de sempre, alguns policiais nas cadeiras da sala e ele seguiu pelos corredores até que estivessem na sala que dividia com outros policiais. Colocou seu casaco sobre a cadeira de couro, deixando o guarda-chuva próximo a mesa e decidiu ir para o refeitório. Os corredores escuros por causa da chuva, mesmo que estivesse de dia, e frios. As cores cinzas dos azulejos não deixava o ambiente agradável e não era para ser.
