[FINALIZADA]
A Morte de Annie Abels, a mãe de Yoongi, deixou uma marca em sua vida, no coração e na alma. Ele queria justiça, mas também queria paz, já estava cansado de ser usado por seu pai como um bonequinho criado para matar.
Yoongi sendo um...
Olá! Estou de volta com mais um capítulo de Dulcis. A cada capítulo as coisas vão acontecendo devagarinho agora, mas é o arco do meio, então é importante demais.
Então, boa leitura! #dulcis_yoonmin.❤️
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Poucas foram às vezes que Yoongi se olhou no espelho e sobre se descrever. Ele ao menos se conhecia direito. Eram verdades que doíam em sua alma, ele estava fazendo esforço para mudar essa realidade. Por isso, ao olhar-se no espelho, tentava identificar quem poderia estar ali; Eiko Abels ou Min Yoongi. Olhou os fios ruivos, as bochechas um pouco cheias e mais rosadas, às sardas e seus lábios finos. Isso era apenas seu físico, não como era realmente. Sua personalidade era o que faltava entender. Desviou os olhos para a tatuagem em suas mãos, lembrando de sua mãe, quando ela sentava na cadeira perto da varanda e começava a costurar suas roupas com tecidos que havia conseguido. Isso aquecia seu coração. Gostaria de ter uma personalidade bonita como a de sua mãe e queria saber mais sobre ela, além do que uma criança de 5 aninhos poderia perceber.
Desejava encontrar sua família, perguntar a eles sobre Annie, como ela era, o que ela fazia, se ela realmente queria ser mãe. Yoongi implorava ao universo que de alguma forma ele descobrisse algo, que quando as sessões de hipnose se iniciasse, ele pudesse lembrar da mãe perfeitamente. Era um desejo genuíno de sua criança interior; da sua alma que era conectada à da mãe. Olhou o cordão que ela havia lhe dado e sorriu pequeno, estava disposto a muito tempo a mudar as coisas e a tentar se libertar. Só não podia desistir.
Ele segurou seu casaco, já que hoje o dia estava mais frio e nublado. Colocou seus pertences dentro do bolso e saiu do apartamento, esse lugar que não parecia dizer muito dele. Por isso, lentamente tirava móveis que não diziam mais sobre ele, colocando quadros novos e mudando a tintura da parede, com uma tinta que talvez falasse mais dele. São recomeços em diversas áreas de sua vida.
Entrou em seu carro. Durante a viagem, uma música estava tocando, Yoongi sentia seu corpo vivo, estranhamente ele sentia o couro do volante mais frios ao tocar. Seu pé ao tocar no acelerador o trazia uma sensação mais pesada. Seu corpo no banco se tornou muito importante para seu cérebro. Ele franziu um pouco o cenho ao sentir essas coisas tão mais vivas em si, mas continuou, mesmo que estranhando.
Ao descer do veículo, entrou na delegacia, andando para o seu setor, quando entrou na sala grande, encontrou Jimin, sentado numa cadeira, em frente a grande janela que tinha ali, com uma xícara de café em mãos. Yoongi observou como o delegado sério era tão belo e o deixava mais acanhado a se aproximar dele. Conseguiu sentir seus sapatos tocando o chão com precisão e novamente franziu o cenho. Ao parar ao lado de Jimin, ele o olhou e sorriu pequeno.
— Bom dia, agente Min — Jimin disse, seu sorriso foi diminuindo conforme levava a xícara de café até os lábios e bebia, apreciando o gosto do líquido ao piscar lentamente. — Chegou cedo.
— É… — retirou seu casaco, colocando sobre sua cadeira e sentou-se, para poder olhar melhor para ele. — Acordei bem cedo, não estava conseguindo dormir direito.
