Capítulo 18

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RAVI

03:30 da manhã, Enzo e eu saímos da boate, apoio ele em meu ombro, esse garoto passou a festa inteira bebendo e pegando uma única menina. Nunca saio pra festa sem ao menos pegar umas oito garotas. Enzo tenta falar mas sua voz sai meio arrastada.

-Relaxa, estamos indo pro meu ponto. Falo tentando mantê-lo em pé. Enzo não deve saber do truque do açúcar. Você bebe a noite inteira, o quanto quiser, mas quando estiver faltando meia hora para ir embora, você começa a comer açúcar puro, ou bala, ainda bem que estou ótimo.

-P..para..para. Ele grita. Paro e ele se encosta em um poste. Enzo começa a vomitar muito. Viro minha cabeça para não ver essa cena deplorável. -P..pronto. Diz. Vou até ele e o seguro de novo.

-Cara, você tá péssimo. Falo. Ele rir descontroladamente. Ignoro e andamos mais cinco minutos até chegar no meu ponto de trabalho. Coloco ele deitado no chão e me sento ao seu lado, ascendo um cigarro e fumo, fumar me alivia muito. Escuto barulho, olho para a rua e vejo um carro desacelerar.

-Oi, garotos! Uma voz feminina diz. Me levanto e vejo se tratar de uma mulher.

-Hoje não..

-ALESSANDRA! Enzo diz, o olho e vejo ele em pé, novo em folha.

-Enzo, oi! Ela cumprimenta.

-Vocês se conhecem? Pergunto.

-Ela foi a primeira pessoa com quem transei. Ele diz na lata. Tento segurar e risada. Como que alguém diz isso.

-E você tá a fim de uma segunda vez? Ela pergunta maliciosamente. Reviro os olhos debochando.

-Claro. Enzo cambaleia até a porta do carro, dou uma leve ajuda.

-Tá, né! Falo e fecho a porta para ele. Desgraçado me abandonou. Penso.

-Espera. Enzo diz.

-O quê foi? Pergunto.

-Alessandra você topa fazer a três? Enzo pergunta. Alessandra me encara dos pés a cabeça.

-Sempre quis testar! Responde animada. Rio do seu jeito e abro a porta traseira e entro no carro.

-Beleza. Falo e ela dar partida. Que loucura, de uma boate para um ménage. Que noite!


CARLY

Cauã conversa muito bem, rimos juntos a noite toda. Ainda estamos no parque, agora olhando para o céu um pouco estrelado mas com muita nuvem de fumaça.

-Você já teve alguma desilusão? Escuto-o perguntar. Respiro fundo pensando na única pessoa que amei e fui correspondida, Bob!

-Já e você? Retribuo a pergunta.

-Me conta mais sobre você. Ele diz.

-Ahh, o nome dele era Bob, a gente se conheceu numa praça, eu estava caminhando com uma amiga e ele nos esbarramos. Falo relembrando daquele dia como se fosse hoje. -A gente começou a namorar um pouco depois disso mas não deu certo. Finalizo fechando os olhos por um instante.

-Porquê? Pergunta.

-Porque eu fui imatura, ele ficou doente por um tempo e eu não consegui lidar com isso. Digo, uma lágrima escorre. -E também ele não me correspondia, a gente definitivamente só era atraído pelo estético um do outro. Falo enxugando meu rosto. -Ele até me falou palavras duras quando nos revemos, aquilo fez eu mudar muito mas o suficiente. Me sento.

-Como assim? Ele pergunta.

-Eu gosto de um outro garoto mas ele não me corresponde. Respondo. Que patética, maldita hora que eu olhei pra você, Tiago. Penso.

MERETRÍCIOOnde histórias criam vida. Descubra agora