Capítulo 10

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ENZO

Amanhece e me levanto antes de Cauã acordar, olho para o relógio e vejo que são 09:21 da manhã. Fecho a porta devagar e corro para o banheiro. Olho no espelho. -Droga! Bato na pia, tá muito roxo.

-ENZO! Escuto a voz da Cecília bater à porta. Me espanto. Ela me viu correr. Penso.

-O..oi. Digo.

-O café tá pronto. Ela diz.

-Ok. Falo e escuto ela se afastar. Agora como eu vou explicar isso. Saio e volto para o quarto. Cauã está sentado na cama com as mãos no rosto. Ele me vê e se espanta. -Viu, o que você fez! Tento falar baixo.

-Eu já pedi desculpas, Enzo. Ele se levanta e vem até mim. -Caramba, tá um pouco roxo, dói? Ele diz apalpando.

-Ai! Me afasto. -Pra caramba. Digo e ele rir. -Não tem graça, cara. Falo sério.

-Me desculpa, mesmo. Ele fala.

-Tá de boa. Digo. Cauã me encara.

-Eu gosto de você. Ele diz. Franzo a testa.

-Ãn? Pergunto.

-Eu gosto de você, Enzo. Você é um cara legal. Diz. Concordo sem jeito. -Ok, vamos pra cozinha. Ele diz e saímos do quarto. Chegamos na cozinha e Ana olha espantada pro meu rosto.

-Meu Deus, Enzo, o que houve? Ela se levanta vindo até mim.

-Nada demais. Digo.

-Como nada demais? Olha para o seu olho, tá roxo e inchado! Diz. Olho para Cauã que me só se senta na mesa tentando não rir. Ahh, se eu pego ele depois. Penso.

-Aposto que eles tiveram uma noite selvagem. O tal Diego fala entrando na cozinha.

-Tá ficando maluco? Pergunto indo até ele. Paramos na cozinha e ficamos nos encarando.

-Epa! Vocês dois aí. Diego deixa ele. Cauã diz.

-Só tô falando a verdade. O desgraçado diz.

-Cara eu vou...

-Chega Diego! Ana intervém. Me sento na mesa encarando esse ser do mal.

-Eu briguei com o Cauã sem querer e levei um soco. Falo. Cauã cospe o café fora e me olha indignado. -Só falei a verdade. Digo e ponho meu café.

-Tá, né. Ana diz e também se senta.


CAUÃ

Me jogo na cama depois de ter terminado meu café, Enzo vem logo atrás. Fecha a porta e ficamos em silêncio.

-Eu queria te pedir uma coisa. Falo.

-Que coisa? Ele pergunta, Me sento e o olho. Seu olho roxo, seu corpo a mostra, esse garoto me deixa sem jeito. Volto a me concentrar.

-Você pode ir comigo e com os meninos ver o nosso trabalho? Pergunto um pouco receoso com a resposta. Enzo me olha com um olhar firme. Sinto como se fosse penetrar minha alma. Apesar de querer ser penetrado em outro lugar.

-Beleza. Ele responde. Me sinto aliviado.

-Você não precisa fazer nada, só olhar e depois me dizer o que acha. Falo.

-Tá bom, garotinho. Ele fala num tom grosso. Rio muito. Enzo pula em cima de mim e começa a fazer cócegas.

-Ahh, não, para...eu vou me mijar. Imploro, minha bexiga baixa não aguenta.

MERETRÍCIOOnde histórias criam vida. Descubra agora