ENZO
É quase onze e meia da noite. Todos os meus amigos estão na entrada do hospital para fazer uma surpresa a Cauã, que sai hoje do hospital. Ele se termina de se trocar pondo uma camisa social. João e eu esperamos ele sentados.
Esses três dias foram muito bom pra mim. Me aproximei mais de João e pude perceber que ele é um ótimo cara pra Cauã.
Mas ainda me dói ter perdido Iara, as vezes penso nela, as vezes saio pra chorar um pouco lembrando dos momento que tivemos.
-Pronto, vamos? Cauã pergunta se levantando da cama. João e eu nos levantamos juntos e andamos até ele. -Relaxem, eu consigo andar tranquilo. Ele diz. Olho pra João que olha num olhar duvidoso. Acabo rindo.
-Se você cair, já está no hospital, mesmo. Falo debochando.
-Engraçadinho. Cauã diz. Saímos pela porta do quarto e atravessamos o grande corredor branco. Caminhamos devagar, sempre tentando ir no ritmo de Cauã. Passamos pela recepção do hospital que estava lotada.
-Até que enfim, vamos sair desse lugar. João fala. Abro a porta para os dois saírem e fecho a porta.
-SURPRESA! Todos gritam. Olho e vejo meus amigos alegres e se aproximando dele e o abraçando.
-Surpresa, amigo! Ana fala mostrando um bolo.
-Caraca, tudo isso pra mim?! Cauã fica surpreso.
-É claro, somos seus amigos. Digo. Cauã me olha com um sorriso grande. -Obrigado, gente. Cauã agradece.
-Vamos comer esse bolo aonde? Carly, acho que esse é o nome dela, pergunta.
-Vamos pra praça, lá é muito bom. O namorado dela diz.
-Verdade. João fala. Cauã e João se beijam. Olho pro lado um pouco surpreso com o afeto deles mas feliz que eles estejam feliz. Caminhamos até a praça falando sobre várias coisas, trocando risadas e zoeiras.
-Droga! Falo parando de andar. -Meu tênis desamarrou. Falo me abaixando e reatando os cadarços. Olho pra trás e vejo uma sombra estranha em uma árvore, parece uma pessoa. De repente a sombra toma forma e vejo Ravi apontando uma arma para Cauã que está atrás de mim.
-CUIDADO! Falo derrubando Cauã no chão. Escuto o barulho do tiro.
RAVI
Miro em Cauã que está logo atrás do grupinho idiota. Vejo que Enzo percebe minha presença, disparo e ele joga Cauã no chão.
-Merda! Falo tentando recarregar minha arma.
-Meu Deus! Uma das garotas grita.
-Se abaixem! Enzo grita. Todos se abaixam. Droga, minhas munições acabaram. Saio dali o mais depressa possível.
ENZO
Vejo Ravi começando a correr, me levanto o mais rápido possível e corro atrás dele.
-Enzo, não! Escuto Cauã gritar. Paro com tudo e olho. -Vou com você. Ele diz e se levanta.
-O quê? João o interrompe. -Amor, não! Ele fala.
-Sai da minha frente, João. Cauã fala e começa a correr comigo. A nossa sorte é que Ravi não corre tanto. Corremos tentando acalçá-lo, desviamos das pessoas na calçada, atravessamos becos, ruas e algumas quadras, ele olha para trás para ver se ainda tem gente atrás dele.
-SEU FILHA DA PUTA! Grito pra ele. Ravi joga sua arma em minha direção. Pulo e desvio. Olho para meu lado e vejo Cauã ainda comigo.
-Ele corre muito. Cauã diz.
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MERETRÍCIO
RomanceO que é família pra você? Existe família perfeita? Conheça a história de Enzo, um garoto de 18 anos que foge de sua casa não suportando mais viver com sua mãe drogada e seu padrasto alcoólatra. São Paulo será seu destino, a cidade grande que nunca...