Capítulo 28

95 8 3
                                    

 TIAGO

Espero sentado na cadeira do balcão da doceria, esperei terminar o turno de trabalho para poder organizar uma mesa para fazer uma surpresa a Carly. Estou um pouco ansioso, depois da nossa última noite não consigo tirá-la da cabeça.

Eu sei que ela vai embora em breve. Devo fazer o que quero para não perdê-la. A música ambiente só me deixa mais ansioso. Escuto o sino da porta bater, olho rápido e vejo ela, de vestido branco, salto alto, cabelo solto, uma bolsa vermelha combinando com seu batom.

-Você está linda. Falo me aproximando. Abraço Carly com vontade, carrego-a em meus braços.

-Tiago! Carly fala. -Você vai me derrubar, bobo! Ela diz. Ponho-a no chão. Damos um selinho.

-Jamais derrubaria você. Falo passando minhas mãos em seu delicado rosto.

-Assim você me deixa sem graça. Ela diz rindo tímida. -Você tá cheiroso! Carly diz sentindo meu cheiro de perto.

-Eu tomei banho aqui mesmo. Falo lembrando da correria que foi. Carly olha para o ambiente, nossa mesa no centro decorada, a luz fraca, a música suave tocando.

-Uau. Ela diz enquanto olha. -Isso tá lindo, Tiago. Comenta. Ando atrás dela.

-Obrigado. Agradeço afastando a cadeira da mesa e abrindo espaço para ela sentar. Carly senta. Rodeio a mesa e me sento em sua frente. -Fiz isso tudo por você. Falo pegando em suas mãos.

-Obrigada. Ela agradece.

-Carly, eu queria te perguntar uma coisa. Falo em um tom sério. Carly muda o semblante.

-O que foi? Pergunta curiosa.

-Quando você pretende voltar pra Curitiba? Pergunto. Carly suspira aliviada.

-Eu posso ir quando eu quiser. Ela responde. Continuo tenso. Ela percebe. -O que foi? Pergunta passando sua delicada mão no meu rosto.

-É que uma hora isso vai acontecer. Falo. -Não quero te perder. Digo triste.

-Ei! Carly massageia minha bochecha. -Eu não vou deixar isso acontecer. Ela diz.

-Por que você não mora aqui? Pergunto. Carly desvia seu olhar do meu. -Carly! Chamo-a.

-Minha vida toda está lá. Ela responde.

-Mas e a gente? Pergunto. -Vamos ficar só nisso e esperar você ir embora pra acabar tudo!? Falo chateado.

-Não, Tiago! Carly sobe o tom. -Jamais faria isso com você. Ela diz.

-Então?...

-É que nada me prende aqui, claro que você mas é que meus pais não entenderiam dessa forma. Ela fala.

-Nem um namoro sério? Pergunto encarando-a.

-Como assim? Carly me olha perdida. -Não entendi. Diz. Me levanto da cadeira, rodeio até sua cadeira, me ajoelho olhando em seus olhos, tiro uma caixinha do bolso. -T..Tiago...

-Carly, você quer namorar comigo? Pergunto mostrando as alianças. Carly levanta assustada.

-SÉRIO!? Ela fica incrédula. Rio do seu jeito nervoso de agir. -Aí, MEU DEUS! Ela diz.

-Eu quero ser seu namorado, quero que funcione. Falo. -Carly, eu estou apaixonado por você. Digo tirando o anel da caixinha.

-Eu quero, quero muito! Carly aceita meu pedido. Ponho o anel em seu dedo anelar, beijo sua mão. Me levanto e nos beijamos. Minhas mãos descem até sua cintura apertando rente ao meu corpo. Nosso beijo começa a ficar mais quente. Paro o beijo.

MERETRÍCIOOnde histórias criam vida. Descubra agora