"Uma palavra de amor pode salvar uma vida. Eu acredito nisso."
- William Asaph
Acordo de repente e abro meus olhos. Estou deitada no chão da sala, o último lugar que lembro de ter estado antes de viajar para o passado.
_ Elisa! - Escuto uma voz chocada e vejo Mary sentada no sofá.
Minha amiga se aproxima de mim ainda surpresa. Quando olho bem para ela, vejo seus olhos vermelhos e inchados, ela estava chorando.
_ Elisa. - Mary diz com a voz falhando e me abraça apertado. - Você está viva. Como? - Fala com as palavras embargadas me deixando confusa. Ela já está aos prantos.
_ Como assim "como"? - Pergunto abraçando de volta sem saber o motivo de tanto choro.
_ Achamos que você tinha morrido. - Funga me soltando e eu franzo as sobrancelhas confusas.
_ Morrido? Por quê? - A confusão é clara na minha voz.
_ Seu coração parou, tudo parou. E eu não sentia mais você. - Revela me fazendo arregalar os olhos. - O que você fez?
_ Acho que foi o feitiço. Mas não sabia que ele fazia a gente parecer estar morta. - Digo me levantando.
Fico um pouco tonta, mas Mary me segura e me leva para o sofá.
_ Eu fiz um feitiço para descobrir como acabar de vez com o poder dos Heiguels. - Sorrio orgulhosa. - Outra coisa. - Digo ficando séria e sentindo um aperto no peito. - Eu e o Embry já nos conhecíamos no passado. E ele... ele morreu, nós morremos. - Dou um suspiro lembrando da cena e sinto meus olhos arderem. - Mas isso é passado. - Balanço minha cabeça rapidamente tentando tirar as memórias ruins da minha cabeça. - Enfim, o sangue de Embry também é a cura. O nosso sangue pode acabar com o poder de todas os Heiguels, não apenas da Sharon. - Revelo já me sentindo mais otimista.
_ Isso é muito bom. - Mary diz sorrindo, mas percebo alguma coisa estranha. Tem algo incomodando ela.
_ Aconteceu alguma coisa? - Pergunto preocupada. Será que alguém se machucou? Embry!? Meu coração acelera por ansiedade com o pensamento.
_ Eu não queria que você soubesse agora que acabou de acordar... Mas o Embry está desacordado também. E, Elisa, você é uma bruxa, então já tem a predisposição para viajar no tempo... - Ela diz hesitante.
A compreensão me atinge em cheio.
_ Mas o Embry não. - Sinto minha boca seca ao completar o raciocínio e um sensação de desconforto na barriga. Medo. Eu estou com medo por ele.
_ Todos estão achando que ele morreu. Ainda mais por causa do acidente. - Diz diminuindo o tom de voz.
Arregalo meus olhos levantando-me do sofá subitamente.
_ Acidente? Como assim acidente? - Minhas palavras saem engasgadas, mas Mary parece entender.
_ Ele foi atropelado depois de ver você. - Diz me olhando analiticamente, certamente se preparando para qualquer surto psicótico que eu possa ter.
_ Vou ver o que posso fazer. - Afirmo me levantando.
Corro para meu quarto e pego minha bolsa. Coloco vários objetos que posso usar em feitiços e desço as escadas o mais rápido que posso.
Quando saio pela porta, Mary segura minha mão.
_ Eu aprendi o feitiço de teletransporte. Quer testar? - Questiona o um sorriso orgulhoso e eu apenas sorrio fraco sem conseguir dar mais do que isso com tudo o que está acontecendo.
Quando assinto com a cabeça, Mary fecha os olhos e pronuncia algumas palavras. De repente, aparecemos na porta da casa de Sam.
_ Elisa!? - Paul grita quando seus olhos pousam em mim. - Você não tinha morrido? - Sua voz sai meio estrangulada e seu rosto está coberto por choque.
Todos me olham como se eu fosse um fantasma. Talvez seja isso mesmo que eles pensem que eu sou agora.
_ O que aconteceu, Elisa? Achamos que você estava morta. - Sam diz confuso se aproximando lentamente.
_ Todos nós pensamos. - Mary diz é abana a mão como se dispensasse aquela ideia. - Deixem que eu explico tudo, porque Elisa tem uma coisa importante para fazer.
_ Eu não morri. - Digo olhando para os lobos paralisados tentando soar o mais natural possível, mas minha voz sai mais entediada do que eu pretendia. - É uma longa história. - Sorrio pequeno. Onde está o Embry? - Pergunto entrelaçando meus dedos nervosamente.
Sam apenas aponta para o corredor e Emily me guia em silêncio até um quarto pequeno. Na cama desacordado, está Embry Call. Olho para Emily e ela me lança um sorriso encorajador e também triste.
_ Hum... Vão buscar ele mais tarde para preparar o... corpo. - Ela diz baixinho e com os olhos cheios d'água.
Seguro a mão da quileute e dou o melhor sorriso que posso.
_ Não será necessário, Emy. Eu vou salvá-lo. - Garanto olhando-a com segurança.
Ela arregala os olhos surpresa.
_ Você pode fazer isso? - Vejo um lampejo de esperança no seu olhar.
_ Pode apostar que sim. Eu voltei. - Sorrio e solto a mão dela.
_ Ainda quero entender isso. - Ela diz e eu assinto.
_ Mary vai explicar tudo. - Digo calmamente.
Ela me dá um último sorriso e sai fechando a porta.
Caminho para a beirada da cama e coloco minha bolsa ao lado de Embry. Olho para seu rosto e ele parece muito triste. Hesitantemente, coloco uma mão sobre a sua bochecha sentindo sua pele mais fria que o normal para transmorfos.
_ Eu sinto muito. - Sussurro já com lágrimas descendo pelo rosto. - Sinto muito por não conseguir salvar você anos atrás e sinto muito por você estar assim agora. - Murmuro com a voz um pouco rouca por causa do choro.
Tiro tudo o que preciso da bolsa e começo com o ritual. Eu apenas preciso encontrar a alma dele. Como somos ligados pela magia do lobo e pelo amor, será mais fácil achá-lo.
_ Não se preocupe, Harry, eu vou te salvar desta vez, eu prometo. - Sussurro para ele com um sorriso nos lábios, mas tudo o que quero fazer agora é chorar.
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SÃO MUNDOS DIFERENTES ||Embry Call||
FanfictionO que você faria se entrasse dentro de um livro? E ainda de quebra você encontrasse o amor da sua vida? Foi isso o que aconteceu com Elisabel Duarte Marques. Ela simplesmente acordou dentro de Crepúsculo como a irmã da protagonista e com um novo no...