Capítulo XVII
TIMOTHÉE CHALAMETChego em casa e sou recebido com muito amor por Minerva, Pulguento e Teimoso, meus gatos mais antigos do apartamento. Jogo as chaves para qualquer lugar em cima do armário e tento pegar os meus pequeninos no colo.
– Oi bebezinhos, vocês devem estar com fome né? – faço voz de criança, questionando a minha saúde mental: estou mesmo esperando pelas respostas dos animais de estimação?
Assim que ponho os olhos na sala de casa, um sentimento desconexo ronda minha mente. Sinto-me bem aqui. Os móveis desajeitados, as cores misturadas, a claridade do ambiente sem cortinas, em que posso contemplar a chuva fraca descendo do céu, e o meu último projeto suspenso no pallet de madeira. A pintura em tinta azul sobre o que meu irmão nomeou carinhosamente de "autoretrato". No meu habitat natural, solto um suspiro, tentando pegar as roupas jogadas pelo chão. Creio que não haverá problemas em retornar a ser Timmy Chalamet apenas esta noite, até porque meus gatos precisam de água fresca, se não posso ser preso por maus tratos.
Vou até a cozinha, equilibrando as roupas juntadas nas mãos e tirando o tênis dos pés, mais a frente, vejo a lavanderia, jogo tudo dentro da máquina de lavar, procuro pelo sabão, um amaciante, e pensando melhor, tiro toda a roupa do corpo e ponho para bater.
Somente de cueca, entro na cozinha buscando pela garrafa de água na geladeira, abro o recipiente e tomo uns goles, tentando escutar o meu coração. Ele está acelerado, mas não como a ansiedade de entrar nos palcos. Era semelhante a sentir que vou ter um infarto, talvez seja raiva.
Levo o que restou na garrafa para encher as tigela dos gatos, e mais uma vez me pego vendo a obra de arte. Pelos meus cálculos falta bastante coisa para terminar.
No silêncio da noite, sou surpreendido pelo toque alto do meu celular, deixando a água cair sobre os pés e assustando os gatinhos que estavam à minha volta.
Procuro pelo aparelho e onde está, vou ao hall de entrada, não consigo distinguir entre os outros objetos ali despejados. Corro até a lavanderia, vendo que é o último lugar em que mexi nos bolsos e a onde o som se torna mais alto. Na bancada encontro o celular. Fiscalizo sua tela, a foto de Paul Chalamet.
Sinto meu pulmão queimar, enquanto aceito a ligação.
— Graças a Deus você atendeu! – sua voz em completo desespero agride meu ouvido. Decido que é melhor por o som no viva voz. Assim o faço — então? – ele pergunta, sabendo que é uma mania minha ficar em silêncio, na verdade, não sei o que responder, se disser a verdade possivelmente estragaria a noite do meu irmão, falharia com o plano, e me tornaria oficialmente o pior ser humano do universo — Timothée você está aí? — neste modo, comparo Eve com Paul, talvez eles fossem um casal perfeito mesmo, na mesma intensidade eles não tem um pingo de paciência para esperar por respostas, pela minha mente formular a questão. Fico imaginando o balanço perfeito que é os dois juntos, cenas de possíveis encontros dos dois passa pela visão.
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Os gêmeos - Timothée Chalamet
Fanfic[𝐓𝐄𝐑𝐌𝐈𝐍𝐀𝐃𝐀] Onde Paul Chalamet pede para seu irmão gêmeo Timothée Chalamet fingir ser ele por uns dias... Ou PAUL Chalamet está prestes a por seu relacionamento a perder, ou melhor, seus relacionamentos a perder. Quando a família de seu fic...