𝐗𝐗𝐕𝐈

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⚠️ ATENÇÃO: onde tem +* lee-se: existem mais cenas porém autora não achou importante escrever, use a imaginação ⚠️

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Capítulo XXVI
PAUL CHALAMET

Olhando para o teto consigo perceber as falhas estruturais no ambiente: talvez a família Hofmann não fosse tão rica assim, ou a minha cabeça está tão ocupada com outros pensamentos que mal posso relaxar e começo a observar todos os pequenos defeitos, merda de perfeccionismo.

As linhas das madeiras expostas pelo teto, suas curvas e pequenas manchas retomam a minha mente para a pele de Eve. A mulher escultural, gostosa, sedutora, perfeitamente saborosa, como a melhor sobremesa da Five 5, a melhor loja de doces dos EUA.

Passo as mãos nos olhos, depois, viro a cabeça para o vão que há na janela do quarto, observo atentamente o céu caindo em um estrelado. As gotículas de suor se formam em meu corpo e faço o favor de retirar o cobertor e deixar meu peito desnudo branquicelo a mostra.

Louis dorme tranquilo em um sono profundo, como se estivesse ouvindo o coral celestial e anjos o conduzisse ao paraíso. A nossa noite de sexo na casa de seus pais tinha sido boa, uma nota de 8 em 10, mas aparentemente, os meus desejos ainda não foram saciados por completo e estou ciente do porque. Ter dois namorados, dois relacionamento te coloca em situações complexas e terrivelmente estressantes! De um lado tenho o homem mais cordial, atencioso, perfeccionista, trabalhador. Do outro, tenho uma mulher sexy, perseverante, carinhosa, fiel, meu deus, o que estou fazendo da minha vida?

Arqueo os ombros, após jogar o peso do corpo para o chão, calço um chinelo e procuro andar calmamente pelo quarto, indo em direção às minhas malas. Procuro pelos bolsos da mesma, sempre que saio ou viajo por um período de tempo longe do meu habitat natural levo uma necessaire com um coquetel de remédios para dor de cabeça, enjoo, antibióticos, anestésicos, enfim, como sou médico tenho licença para me alto medicar. Procuro pelo ansiolítico, algo que uso para momentos que antecedem uma crise de ansiedade. Vendo a incerteza das minhas emoções, o calor da situação e a minha insônia, creio que preciso render-me ao medicamento para manter a postura de um homem de sucesso, não perder a cabeça e estrangular Timmy.

Pego o frasco, confiro o nome e o miligrama, destampo e coloco um remédio na palma da mão. Guardo o frasco dentro da bolsa novamente, agora minha atenção está voltada para ir até a cozinha, então assim o faço. Vagamente, como se pisasse em ovos, percorro as paredes do quarto, olhando atentamente para qualquer indício de acordar o Louis, evitando todos os barulhos possíveis. Chego até a porta e dou graças a divindade por estar entreaberta e ter que fazer menos barulho de ranger ao se abrir cuidadosamente.

Pelo corredor apenas certifico que não há brechas, pelo caminho vazio desço, como se conhecesse o local com a palma das minhas mãos.

Aproximo-me do que parece ser a portaria da cozinha, quando vejo a bancada de mármore branco, as cadeiras em sua volta, a geladeira de inox, juntamente com os fornos embutidos nas paredes, tenho plena certeza de onde estou.

Os gêmeos - Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora