𝐗𝐋𝐈

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CAPÍTULO XLI,GENEVIEVE

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CAPÍTULO XLI,
GENEVIEVE

A sensação nostálgica ainda paira sobre o peito.

Como um sonho pode parecer tão real? — questiono.

Forço a memória para não ativar esse gatilho, a vida real me parece muito brega para tamanho desejo inconsciente, até porque, não sei de onde tirei forças para criar um cenário em que Timothée e Chalmmy dividem a cama.

Definitivamente, não Genevieve! Nego com pequenos movimentos de cabeça, certamente se eles me verem assim vão achar que preciso ir a um psiquiatra!

— Espero que você já tenha parado de pendurar as calcinhas lavadas no banho no chuveiro! — sua voz ecoa na mente interrompendo o pensamento, sua fisionomia contempla a visão e acordo do transe, não sei o que é pior: a ansiedade da apresentação, a pressão da familia, ou transar com os gêmeos — olha para esse lugar, tem que ter modos! — fiscaliza, como sempre, a amplitude do ambiente. Questionando o gosto arquitetônico do design do apartamento de Paul Chalamet.Fico duplamente chateada com o mesmo ao modo que lembro-me se ele não tivesse inventado essa palhaçada de troca, não teria que está com check list de ansiedade!

Mamãe segura uma bolsa verde florescente em uma das mãos, e o chapéu de praia na outra, como se fosse um esquema de férias. As roupas leves e os óculos escuros. Sou abatida com sua postura assim que ponha os pés a dentro do luxuoso cômodo de entrada.

— Mãe, não precisa dizer isso, é vergonhoso e eu já sou adulta! — tento reafirmar, mas sou impedida pela sua voz. Sigo firme na postura em sua direção, colocando as mechas ruivas para trás da orelha. No dia de hoje, escolhi um vestido estampado de florzinhas, para amenizar o quão suja e perversa sinto-me por sonhar com sexo a três, a progenitora nunca perdoaria tamanha poluição sexual.

– Justamente é esse o meu medo! — ela passa uma das mãos em minha roupa, como se quisesse desamassar, digamos que não sou adepta ao ferro de roupas — As adultas do seu tempo só querem saber de unhas de gel e alongamento de cílios! — ergue os passos adentro, observando cada detalhe da sala de Chalamet. Uma pena não ter nada que possa criticar, tudo aqui é perfeitamente chique. Os tons em cinza, preto e escuridão, algo sofisticado e minimalista. Esculturas de arte, estofados caros e uma TV de alta tecnologia científica em 4K.

— Pode ficar tranquila que eu sou a garota do meu próprio tempo! — rebato atrevida e sem delongas a afirmativa, já imaginava que viriam alguns alfinetes juntos com a família perfeita que tenho. Os Walkers são conhecidos na nossa cidade por manter as aparências acima de qualquer circunstâncias.

— No seu tempo que as mulheres não se casam, minha filha, você precisa dar um chega para lá neste namorado! — reviro os olhos, dando a mínima importância — Nós queremos ser avós e vocês não movem uma palha! Essa coisa de mestrado atrapalha você a pensar na cerimônia! Precisa se dedicar ao marido! — o pensamento conservador de meus pais aflige o peito. Quase voou em sua direção para debater mas, sei que essa causa não vale a pena. A cabeça é dura, não entra a modernidade. Ou, não aceitam que somos seres vivos e autônomos, cada qual, Deus deu livre arbítrio para fazer o que bem entender, algo próximo a felicidade.

Os gêmeos - Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora