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CAPÍTULO I GENEVIEVE,

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CAPÍTULO I
GENEVIEVE,

— Um achocolatado por favor, com um pedaço de bolo de cenoura — entrego o cardápio nas mãos da jovem garçonete após anotar meu pedido em uma caderneta. Observo enquanto Anaeh, minha melhor amiga, escolhe o que vai pedir para comer.

— Casadinha com café forte, sem açúcar — escuto sua voz e devolvo um sorriso fraternal para a atendente. Assim que seu corpo gira aos calcanhares, e posso contemplar a suas costas, retorno a expressão séria e cansada do cotidiano — odeio te ver assim! — Ana rebate.

— Está tudo bem, é somente uma fase ruim...— uma fase ruim que durava mais de dois meses.

— Vai ficar repetindo isso até quando Eve?

— Até o momento que tudo isso passar — e quando digo "passar" estou me referindo as férias do mestrado, a aprovação da qualificação da minha dissertação, o retorno para casa dos meus pais, talvez, uma possível redenção de Chalamet...

— Ei, ei! — a morena movimenta o dedo indicador na forma de negação para mim — você para de pensar nesse cara! Eve pelo amor de Deus! Já fazem o que...? Dois anos..?

— Três — corrijo sentindo o peso nas costas. Não quero enxergar a realidade que está na frente dos meus olhos.

— Três! Três anos fudido! — deixa cair os braços em cima da mesa, fazendo um barulho peculiar, chamando a atenção de algumas pessoas à nossa volta — você precisa dar um jeito nisso amiga! Não existe ficar em uma relação que apenas um dos envolvidos está disposto a se sacrificar pelo outro. O Chalamet já é bem grandinho para saber sobre isso!

— Mas também não sei se é isso que quero filhos, casamento...— imagens de possíveis combinações do futuro invadem a minha mente.

— Não senhora! Estou muito nova para escutar lamentações de uma mulher linda, potente, exuberante a respeito de um futuro que sabemos que você sempre quis, só está colocando a risca porque se encantou por um bad boy da faculdade.

— Ele é médico! — trago as memórias a minha mente.

— Agora! Mas a anos atrás estávamos indo a calouradas vendo os veteranos sem camisa dançando e fumando nas festas da fraternidade! E nem vem me dizer que você não se encantava pelo sem sal do Chalamet, seus olhos ficam brilhantes.

Antes mesmo de formular uma resposta, a garçonete despeja nosso pedido sobre a mesa. Com delicadeza repete as palavras confirmando com as delícias que contempla nosso olhar: comida! O cheiro do bolo fresco invade minhas narinas, fazendo-me reviver.

— Digo isso porque te amo Eve! — toma um gole de café, parece amargo pela sua careta logo em seguida.

— Eu vou pescar o Chalamet! — as palavras tropeçam nos meus lábios, quando vejo, já pronunciei.

Os gêmeos - Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora