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– Josh eu queria falar com você. – Me sento na cama e pego minha bermuda do chão e passo a vestir.
– Fala.
– Minha māe tá doente demais - A mesma diz suspirando de cabeça baixa. - Ela não pode mais trabalhar e as coisas estão ficando difíceis novamente.
– Quer mais grana? De boa, é só falar – Eu ia levantando mas ela me interrompeu.
– JB.. Não quero seu dinheiro, só estou dizendo que talvez eu vá embora com ela pra Minas Gerais já que temos família lá e.. - Após ela dizer isso olho rapidamente pra ela.
– Tá louca? Claro que não, tu vai ficar aqui comigo, tu é minha amante mais antiga e sabe direitinho como gosto das coisas, eu nunca te deixaria ir embora, só morta mermo - Falo ficando nervoso.
Ela não vai sair daqui nem que eu a mete bala na testa.
– Isso é meio como se você se importasse comigo?
– Eu não me importo contigo, eu não gosto de ti, eu só tô dizendo que tu é minha propriedade e só sai daqui morta, e é uma pena porque não queria te matar.
– Por que você é assim, hein? Por que é tão frio? Tão sem sentimentos?
Ela me questiona com o olhar triste. Pena que não causou efeito.
– É a vida, todos têm suas histórias e a minha não é legal - Volto a vesti a roupa cortando o assunto.
– Qual é a tua? Me fala, Josh! Conversa comigo, eu posso ser sua amiga - Dei risada sem humor
– Amiga! Amiga de cú é rolo, entenda isso e não. Você jamais será minha amiga.
Me levanto da cama e visto minha camisa e pude sentir o seu olhar sobre mim. Calada ela veste a sua roupa. Pego minha arma e meu rádio e quando me virei ela já tinha terminado de se vestir. Quando ela iria embora eu a puxei fazendo ela bater contra o meu peito.
– Se tu meter o pé fora desse morro, eu te caça até no inferno, ouviu bem? - A ameaço olhando no fundo dos olhos dela.
– Josh, é a saúde da minha mãe, eu só tenho ela e mais ninguém.
– Não me interessa porra! Já falei e vou avisar de novo, se meter o pé daqui eu te caço -Aperto o seu braço.
Ela baixa o olhar e vejo o mesmo piscar, eu sabia que ela queria chorar, mais ela não iria fazer isso na minha frente.
– Se precisa de grana pra comprar os remédios passa lá na boca que eu te dou.
Ela assente, solto a mesma e ela sai rapidamente da minha vista.
Ir embora!
Ela não é nem louca de fazer isso.
(...)
– O que tem pra hoje? - Pergunto ao NU.
– Nada demais, apenas uns cara pra cobrar - Responde ele meio murcho.
Isso é bem falta de buceta.
– O que foi NU? Não te deram piranha pra comer? – Zombo do mesmo com um sorrisinho na cara.
Olho o meu relógio que marcava seis horas, a larica bateu forte na minha barriga.
– Ué, você não soube?
– Soube de quê?
– A mãe da Gaby, acabou de morrer!
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