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~ TRÊS ANOS DEPOIS ~
Poderia ter sido diferente!
Muita coisa poderia ter sido diferente, mais não foi. E essa é a minha realidade, a realidade que vivo agora é completamente diferente do que jamais imaginei para o meu futuro, se fosse comparar a pessoa que eu era antes, jamais iriam acreditar no que sou agora.
— PAPAI!!!
Minha filha, Ana Gabriella é a luz da minha escuridão, na verdade Any era o meu túnel e Gabriella é a luz que tinha sobre ele, assim como eu queria que fosse o dela.
– Oi meu amor, como foi a creche hoje? Aprendeu tudo direitinho?
– Papai eu fiz um desenho.
– É lindo como todo os outros?
– É muito mais lindinho papai, eu fiz a mamãe nele, oia.
Ana me mostrou o desenho e nela estava eu, um bonequinho de palito pintado de rabisco de cores, onde eu segurava a mão de outra bonequinha pequena, no caso ela, mais tinha outra bonequinho, mais esse estava longe de nós, longe das nossas mãos.
– Está lindo amor, quando chegarmos em casa vamos colar no seu quarto, sim?
– Vamo papai vamo.
Ella pega a minha mão e começa a me puxar para irmos embora.
– Muita calma moranguinho.
– Temos que chegar logo papai, Ella precisa comer almuço e pendular o desenhinho.
Pego Gabriella no colo lhe erguendo no ar com a mesma soltando uma gargalhada gostosa atraindo atenção de algumas pessoas, a coloco na cadeirinha de segurança no carro e juntos partirmos dali.
Jamais pensei que poderia existir um amor tão imenso e grandioso que tenho por minha pequena, sofri muito para cuida lá, quantas noites chorei junto com ela por não saber o que fazer, saber se estava com fome, com dor, botei tantas fraudas do avesso até aprender como era o certo.
Pensei tanto em desistir, mais ao olhar pra ela, os seus olhinhos parecidos com os da sua mãe, o seu sorriso me fazia esquecer de todo o meu medo, minha insegurança e minha mente de que não iria ser um bom pai.
Todos me ajudaram, ninguém me deixou sozinho. Me virei para ser mãe e ao mesmo tempo pai para Ella. Minha pequena é tudo que tenho, e por ela faço tudo, mesmo que todas as vezes que ela me pergunta pela a sua mãe, eu tento esconder a dor e sorrir para ela.
Ella é o meu mundo, e o amor que aprendi a ter aquilo que eu julgava ser impossível, aquilo que eu queria mais distante de mim, se tornou minha razão de viver, a minha cura!
– Papai o titio Dy vem visitar Ella hoje?
– Vem sim amor, vem sim.
– Papai, amanhã é dia das mamães...
Suspirei soltando o ar lentamente.
– Eu sei moranguinho, eu sei.
Eu sinto muito por mais uma vez não lhe fazer sorrir nesse dia pequena, eu sinto muito!
Ella chega saltitante em casa, assim que ver Noah sentado no sofá da sala, Gabriella grita e sai correndo até ele, ela é apegada com todos os seus tios, por que todos eles foram os pontos importantes para nós dois.
É uma gratidão eterna que terei para sempre!
Meu telefone começa a tocar, pego o mesmo do bolso vendo o nome do remetente que me ligava.
– Doutor?
– Sr. Beauchamp, peço sua presença no hospital agora mesmo.
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