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Duas semanas depois....
A ausência de uma mãe para uma criança é complicado, mesmo que Ella me tenha eu não sou mãe, mas tento ser. Mais eu sei que tem diferença, e como tem.. no futuro sei que Ella terá vergonha de falar comigo suas coisas de menina, se ela se sentir confortável ao ponto de me falar o que sente, eu estarei pronto para ouvir, pronto para ajudar de alguma forma.
É difícil!
Mais eu faço o que posso, e como posso. Ella entende, eu sei que entende, mais ela é só uma criança, uma criança que não merece passar por isso, eu cresci sem os pais, cresci na rua, mais eu não sinto falta do que nunca tive, só não quero que minha filha passe pelo o que passei mesmo que eu esteja com ela, ela inda sente falta de uma mãe.
Pois suas amiguinhas de escola sempre são levadas pelas as mamães que as buscam na escola, dão abraços e beijinhos e pergunta como foi na escola, Ella quer isso, eu sei que quer, posso ver em seu olhar triste o quanto ela gostaria de ter essas mesmas coisas que as outras criancinhas tem.
Eu queria tanto que fosse diferente!
- Você quer dormir um pouquinho?
- Não papai, assistir desenho.
- Meu girassol, são duas horas da tarde. Vamos dormir um pouquinho, tá bom?
- Só um pouquinho papai, quero ver a joaninha e o gatinho.
- Ladybug e Cat Noir querida, apesar de achar esse gato muito gay...
- O que é Gay papai?
- Gay é...
Olhei para a mesma que me olhava curiosa.
- Quando você crescer eu te digo.
- Mas.. vou perguntar plo tio lulu.
- Vai perguntar nada mocinha, vamos anda, já dormir por que tenho que trabalhar, ok?
- Okay papi.
Rir negando com a cabeça, puxo a coberta cobrindo o seu corpo a deixando quietinha na cama quando ouço uma batida na porta.
- Fica aqui, eu já volto, não saia da cama espertinha, ouviu?
- Sim papai.
Fecho a porta do seu quarto e desço as escadas indo em direção a entrada da casa, e assim que abro a porta da mesma meu corpo paralisa ao ver a pessoa em minha frente.
- Any?
- Claro, quem mais seria? Eu acho.
- O que você faz aqui?
Franzi o cenho.
- Vi ver... Minha filha não posso?
- O quê?
Eu fiquei perplexo, pasmo. Parecia que meus ouvidos estavam escutando zumbidos e meu cérebro não conseguia processar as informações.
Primeiro, a mãe da minha filha, a mulher que esperei sair do coma por três anos, a mulher que ainda amo, mais que infelizmente não é mais a mesma de anos atrás, está aqui na minha porta depois de duas semanas e agora fala que quer ver a filha dela? Eu não tinha desconfiança, mais agora parece que surgiu.
Ela chamou de filha, céus...
- Mais o que...
- MAMÃE...
Sou interrompido pelo o grito de Gabriella a mesma passa pela as minhas pernas ficando em minha frente sorrindo para a mulher.
- Oi pirralha.
- Mamãe, você voltou.
Any olhou pra mim e sorriu ladino, minha desconfiança só aumentou.
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