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Entro no quarto de Ella, minha filha dormia encolhida abraçada com seu ursinho, seu rostinho inchado e vermelho mostra o quanto ela deve ter chorado.
Me aproximo da cama e me agacho na altura, passo a mão em seus cabelos encaracolados vejo a mesma suspirar e abrir os olhos chorosos.
- Papai?
- Oi meu coração, como você está, hum?
- Papai.
Ella se levanta da cama com rapidez e abraça meu pescoço fungando, com a mesma agarrada a mim eu me levanto e sento em sua cama e abraço mais forte.
- Tá tudo bem meu amor.
- Eu matei a mamãe...
Meu peito se afundou com aquela frase, como uma criança poderia pensar nisso, como poderia se culpar.
- Ella não...
- Eu matei sim papai, matei a mamãe.
- Filha.
Tira a pequena do meu peito para que olhasse para mim.
- Jamais diga isso, você não matou sua mãe Ella, sua mãe está bem, ela está bem meu amor e.. está viva, tá bom? Você não matou sua mãe, não fale isso nunca mais, ok?
Ana assente com lágrimas caindo em seu rosto, passo a mão para limpar e volto abraça - lá, estando mais calma.
- Mamãe tá bem papai?
- Tá sim amor, ela só tá no hospital mais ela tá bem.
- Eu não quelia empulala papai eu, julo.
- Eu sei amor, eu sei que você não queria.
Esfrego sua costa.
- Sela que ela ta blava comigo?
- Não amor, ela não tá brava com você. Na verdade, ela quer muito te ver.
Os olhinhos de Gabriella brilham.
- É mesmo papai?
- É sim minha girassol, quer ir vê-la?
- Eu quelo papai.
- Então vamos se arrumar e ficar bem cheirosinha pra mamãe.
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Bati na porta do quarto e abri, fiz silêncio para Ella pois Any estava dormindo, entramos devagarinho sem fazer barulho e me aproximo da cama com Ella no meu colo.
- Papai...
- Shh.. mamãe da dormindo bebê, está descansando.
- Eu quelo ficar peto dela.
Seguro a mesma e a ponho sentada na cama perto de Any, Ella leva suas mãozinha e toca no braço da mesma fazendo um leve carinho, no qual faz Any despertar.
- Josh?...
- Oi meu amor.
Me aproximo dela e me inclino para beijar sua testa.
- Mamãe!
Ella grita e Any fica sem reação mais logo olha para a criança que estava em sua frente, sorri com expectativas vendo cada ação das duas.
- O- O quê?
- Mamãe.
Ella de joga em cima da mesma, mais eu a pego para que não machuque sua mãe.
- Filha, não pode.
- D- Deixa, eu quero.
Olhei para Any e vi seus olhos repletos de lágrimas onde caiam sem parar.
- Mamãe, tá cholando papai.
- Você... Você é minha bebê?
- Eu.. acho que sou.. né papai?
Ella me olha com dúvida, rir assentindo.
- Sim filha, é sua mamãe.
Ella olha para Any novamente.
- Você, pode me dá um abraço?
Any estica os braços com cuidado por causa das agulhas, Ella me olha como se perguntasse em silêncio se podia, apenas assenti e então a mesma engatinha até sua mãe e a abraça, onde Any a agarra bem forte.
Any chorou mais do que estava, e eu tentei segurar minha emoção, pois eu desejei tanto que isso acontecesse, quantas vezes eu imaginei essa cena.
- Mamãe, me perdola?
- Perdoar? Não tem que pedir perdão meu bebê, você que tem me perdoar, eu jamais machucaria você, eu jamais magoaria você, me perdoa bebê, me perdoa.
- Tá tudo bem mamãe, tá tudo bem.
Any olhou para mim e me chamou em silêncio, me aproximei de vagar e então agarrei as duas em meus braços, acabou.
Agora tudo acabou, ela está aqui agora, elas estão aqui, minha família!
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