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• Santos 🌪

Sou uma pessoa que não tem muitos amigos, tá ligado? E também eu nem me importo.

Amigo de peito pra mim é colete, o resto é bala!


Sou o dono desse morro todo aqui. É o meu império e eu dou a minha vida por esse lugar, mané.

Não sou muito chegado a minha família, sabe? Eles nunca aceitaram muito bem eu ser envolvido no tráfico.
Mas também não julgo, quem quer ver o familiar nessa vida, pô?

Não vou mentir, entrei porque eu quis! Opção eu tinha, mas eu queria poder, queria dinheiro, queria sentir essa adrenalina na pele.
Não vou dizer que eu me arrependo, mas se fosse hoje eu teria escolhido ir pelo certo. Mas é isso, já foi e não tem mais volta.

Estrella é minha menina pô, minha vida aquela garota! Nossa conexão é forte pra caralho. Ela me entende como ninguém.

Tenho ciúmes dela mermo e sei que talvez eu goste dela mais do que eu deveria gostar, mas não vou investir nisso, é errado e nossa família ia cair pra cima.

Na verdade, não é nem por isso, que se eu e ela quiséssemos ninguém ia empedir.

Família de verdade quer ver a gente feliz, caso contrário, é qualquer outra coisa, menos família.

— Qual foi? — Falo com meu "parceiro de confiança" aqui da boca.

Vargas: Coé meu mano, confere aí a contabilidade, acabei de olhar e tá tudo batendo certo. — Pego o caderno e começo a olhar tudo.

— Tá tudo certo aí, bom trabalho! — Ele assenti.

Vargas: É nós, certo pelo certo sempre. — Assinto soltando a fumaça do meu fininho.

Vargas trabalha aqui na boca desde menorzinho e por isso é o que eu mais "confio" aqui dentro.

Confiar, eu não confio em ninguém mermo, mas segue o baile.

— Amanhã é dia de cobrança dos aluguéis, aproveita e já cobra quem tá devendo droga também. Avisa ao Duca que vai ele e o Montenegro.

Vargas: Jaé, jaé. Vou alí encontrar com minha dona agora. — Fala botando o fuzil nas costas e fazendo o toque comigo.

— Suave meu cria. — Vargas é casado com uma mina que trabalha numa lanchonete aqui, vejo direto.

Sento na minha mesa e fico de boa, marolando e pensando na vida, até um ser bater na minha porta.

— Entra! — Falo soltando a fumaça.

157: Coé chefe? Bruna tá aqui ó, fazendo mó escândalo.

— Puta que pariu, haja paciência! Manda entrar aí, vê o que essa mina quer. — Ele assenti e sai.

Como a mina de vez em nunca e fica aí pagando de maluca, eu mereço mermo viu! Ninguém aqui tem postura o suficiente pra ser assumida como a primeira dama da Penha.

Essas mina aqui só quer luxo, quero ver quando tú tiver fudido e na pior, nenhuma vai tá lá contigo pô.

Bruna: Amorzinho.. — Olho séria pra ela. Não suporto que me chamem assim, aqui todo mundo me chama de Santos, tirando a Estrella porque ela é abusada.

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Romance ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora