ᥫ᭡ 001

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       SEJAM EM LIVROS, MÚSICAS, filmes, séries, dramas ou peças teatrais, todos estão o tempo inteiro falando de amor

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SEJAM EM LIVROS, MÚSICAS, filmes, séries, dramas ou peças teatrais, todos estão o tempo inteiro falando de amor. Mas o que é o amor? E por que ele parece ser algo tão vital?

       O amor parece me seguir por todo canto, ao mesmo tempo em que não o encontro em lugar nenhum. Ele está por toda parte, menos dentro do meu coração. Em qualquer direção que eu olhe, todos parecem ter alguém para dizer que amam, menos eu. E não é que eu não goste de alguém, eu só nunca senti esse sentimento tão intenso.

       O mais perto que chego do amor são com as minhas histórias. Para mim, é fácil escrever sobre ele, mesmo sem nunca chegar a senti-lo. Já faz quatro anos desde que eu comecei a escrever, foi por causa dele que tudo começou.

       Quando tinha treze anos, eu comecei a gostar de Hwang Hyunjin. Eu gostei dele desde a primeira vez que o vi — no primeiro dia de aula, quando ele chegou atrasado —, mas nunca cheguei a amá-lo, eu penso. Eu saberia se a transição entre paixão e amor acontecesse, mas seria mesmo fácil de perceber se o amo, sendo que, ele seria o primeiro? Se nunca tive algo para comparar, como posso ter certeza de que é amor?

       Já é quase metade do ano letivo atual e nós ainda não trocamos nenhuma palavra desde o guarda-chuva.

O nosso romance não é do tipo extremos opostos, onde ele é popular e eu sou uma nerd super tímida, ele é mais do tipo que só existe na minha cabeça. Se houvesse uma hierarquia baseada em popularidade nesta escola, eu diria que estaríamos no mesmo nível, nós dois conhecemos e nos damos bem com a maioria do colégio, mas não somos como a "galera popular" dos filmes que vemos.

Quando me apaixonei por ele era verão. O dia estava terrivelmente quente e ninguém estava conseguindo se concentrar direito nos estudos ou em qualquer coisa em nossa volta. Nós fomos liberados mais cedo, mas eu preferi ficar o tempo livre na escola, estudando para o teste de matemática da próxima semana. Todo mundo já tinha ido para casa, mas eu fiquei na biblioteca sem ver o tempo passar. Fiquei lá por bem mais que o tempo normal das aulas, quando vi o horário me apressei em arrumar minhas coisas. Era quinta-feira então seria a minha vez de preparar o jantar.

Ao chegar no portão do colégio, ainda debaixo da cobertura, fui surpreendida pelos pingos de chuva. Era verão, o clima estava quente feito um forno e agora estava caindo gostas de água do céu, claro que eu não tinha me preparado para isso. Mas como minha mãe costuma dizer, quando está muito calor, é sinal de chuva.

       Eu estendi o meu braço, deixando a palma da minha mão ser molhada pelos pingos d'água. Estava fraco ainda, mas talvez ficasse mais intenso com o passar do tempo. O amor pode ser como a chuva, certo? Começando com pequenos chuviscos que vão se intensificando com o tempo, podendo chegar a uma chuva intensa, ou degenerar em uma catástrofe.

— E agora, o que eu faço? — me perguntei enquanto observava os pingos batendo contra o chão, estava ficando mais forte.

       Estendi a mão para ver se os pingos haviam piorado e me surpreendi quando eles pararam de me atingir. Eu olhei para cima e sobre a minha cabeça vi um guarda-chuva preto aberto. Virei a cabeça para o lado, tendo a mais bela visão de todas, era Hwang Hyunjin o segurando para mim.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐑𝐈𝐓𝐄𝐑; 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora