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QUANDO SE É JOVEM, NÃO HÁ certezas concretas, tudo é sempre novo e parece assustador. Um dia você acorda pensando em como alguém é insuportável, no outro você vai dormir pensando em quão bom é amá-lo. A juventude é a chance de inventar e reinventar, de escrever e apagar, a oportunidade perfeita para se entregar ao máximo aos seus sentimentos. Ser jovem é saber viver e errar, mas nunca desistir.
Durante esses meus dezoito anos, eu fiz amigos incríveis, passei bons momentos com a minha familia, conheci o melhor irmão que eu poderia pedir, tive dois ótimos namorados e uma coletânea de momentos. Não há outro ponto da minha vida que eu lembre de ser tão feliz como agora, além de todas as minhas realizações pessoais, estou assustadoramente perto de uma profissional, o dia em que publicarei o meu livro.
Depois de uma longa pesquisa, conversa e pensada no assunto, eu fechei o contrato com a editora que minha sogra, Tiffany, trabalha. De todos acho que Hyunjin é quem mais se mostrou ser meu maior fã, ele me apoia em absolutamente tudo. Neste último ano ele me provou ser mais do que eu imaginava, tanto nos aspectos que vi como positivos, como me surpreendo positivamente nos que eu julgava serem negativos. Estou cada dia mais certa de que ele é a minha outra metade.
— Jiyoon, é ele! — mamãe diz olhando a janela. Ela veio até a casa do meu pai apenas para me ver antes de ir ao baile.
— Como eu estou? — questiono dando um giro, o vestido médio azul marinho me acompanha no movimento.
— Como uma deusa! — ela elogia. — Você está linda, minha princesinha.
— Obrigada — eu sorrio, pego a minha bolsa. — Pai, estou indo! — grito da sala.
— Espera, querida! — ele grita e vem correndo do seu quarto. — Só algumas fotos — ele pede, já apontando a câmera para mim.
Eu não tenho tempo nem para discordar, ele está tão feliz que mesmo se tivesse, eu não diria não. Meu pai tira milhares de fotos minhas, de Felix, com a minha mãe, com Sumin, com ele, até uma que ele colocou timer para que pudéssemos sair todos juntos.
— Tá bom, tá bom, eu preciso ir — digo quando escuto Hyunjin buzinar novamente, pela terceira vez.
— Pai, cadê a chave? — Felix questiona.
— Aqui — meu velho entrega a chave do seu precioso carro ao meu irmão. — Tome cuidado na estrada, filho. Se quando você chegar, estiver com algum arranhão, por menor que seja, eu te mato.
— Não se preocupe, eu não vou me machucar — Lix diz.
— Eu não falava de você.
Felix resolve ignorar isso, dá de ombros e me acompanha até o lado de fora. Assim que saio de casa, Hyunjin faz o mesmo do carro, ele dá a volta e se encosta no automóvel. Eu estava pronta para sair, mas meu irmão me para.