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EXISTEM POUCAS COISAS BOAS sobre o ensino médio e uma delas são as várias festas durante o ano. Por alguma razão, adolescentes adoram festejar por qualquer motivo e a qualquer hora ou dia, mas hoje é por um motivo plausível, o aniversário de Changbin. Seo Changbin é da minha turma. Ele é amigo de Seungmin, não meu. Mesmo assim, aqui estamos Felix, eu e metade do colégio.
O relógio marca um pouco mais de dez horas da noite. O salão de festas está completamente lotado, todos no ambiente estão frenéticos com as batidas que o Dj manda. A música é gostosa, excelente. Ninguém para de dançar por um segundo, eu obrigo Felix a dançar comigo também. Felix se move pouco, se faz de indisposto. Ele me chama para ir embora, sendo que mal chegamos.
— Não sei porquê eu ainda venho nesses eventos — ele reclama, e em seguida, do som alto.
— Amor, se veio 'pra reclamar, que tivesse ficado em casa!
Não é como se ele tivesse a opção, todos na casa dele insistiram horrores para ele vir e se divertir. Por isso, enquanto eu danço, insisto para que ele faça o mesmo.
— Eu ainda posso voltar? — ele pergunta com um fio de esperança.
Eu o olho e o repreendo, ele sabe que não pode. Nós vamos ficar aqui e festejar, até o papai nos está dando apoio. O patriarca disse que não era para voltarmos antes das onze, até me entregou uma pilha para eu recarregar Felix caso ele fique sem bateria.
— Você pode tentar aproveitar a noite? — eu peço, imploro, suplico. — Não é difícil, nós já fizemos isso várias vezes.
— Eu me divertiria mais se nós dois estivéssemos em casa assistindo Glee — ele reclama, mas continua se movendo durante a dança.
— Podemos assistir Glee outro dia — eu faço ele dar um giro todo esquisito. — E olha só, você ainda se diz dançarino.
— Eu sou dançarino clássico. Clássico é a palavra chave aqui, Jiyoon.
Ele me faz rir.
Felix sempre dançou bem, desde quando era criança, mas agora, nesta fase atual da sua vida, eu quase não o vejo mais dançando pela casa. Quando éramos pequenos nós até fazíamos batalha de dança. Eu sempre perdia.
Eu encurto a distância e abraço cintura dele, dando carinho ao meu irmão dengoso. É quando ele para de ficar chatinho. Geralmente não é assim que funciona, quando eu o forço a sair ele fica na dele, sorri para os conhecidos e não fala muito. É normal, mas hoje está um pouco mais reclamão. Eu não sei o motivo, mas ele está um pouco — bastante — amargo.
— O que aconteceu, bebê? — pergunto e ele passa os braços pelo meu pescoço.
— A gente pode conversar sobre isso quando chegarmos em casa? — ele sugere, não sei se por melhor conforto, ou para me fazer dar o fora desta festa.