ᥫ᭡ 028

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       — VOCÊ JÁ CANSOU? — SEUNGMIN questiona assim que eu me sento no banquinho da praça, interrompendo a nossa corrida matinal

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       — VOCÊ JÁ CANSOU? — SEUNGMIN questiona assim que eu me sento no banquinho da praça, interrompendo a nossa corrida matinal.

       — Não, só estou pensando — respondo e dou um gole na minha garrafinha com água.

       — Cuidado para a cabeça não explodir — ele me provoca. Cada dia que passa ele se parece mais com o meu irmão, ou o meu irmão é quem se assemelha a ele. Eles ficam tanto tempo juntos que tem até a personalidade compartilhada.

       — Quem dera explodisse, acabaria com mais da metade dos meus problemas.

       — E o que foi agora? — ele questiona, sentando-se ao meu lado.

       Durante todo o tempo em que caminhamos e corremos juntos, eu nunca vi o Kim parar, "perder o ritmo", como ele diz. Mas hoje ele parou de se mover e até sentou ao meu lado para me ouvir, pena que é para reclamar.

Fazem exatamente quatro dias desde que as meninas e eu saímos para beber e eu continuo com a sensação de estar incompleta, como se esqueci de algo que eu deveria mesmo lembrar. Falta algo e eu sinto isso, me incomoda, preciso saber o que é.

       — Você já teve a sensação de que esqueceu algo importante? — o questiono. — É como ter uma memória bloqueada. Você não sabe o que é, mas tem algo ali.

       — Não. Você já pensou em consultar um médico?

       — Esquece, eu achei que você estava disposto a ter uma conversa de verdade e não ficar fazendo piada — eu digo. A falta de memória me afeta tanto que chega a estressar.

       — Não estou com piadas, Jiyoon! — ele diz, agora sério. — Isso pode estar ligado a algum problema psicológico, ou alguma doença séria. Você deveria se cuidar.

       — Eu não sei, acho que foi álcool.

       — Então, neste caso, eu deveria mesmo ter feito uma piada com você — ele se arrepende. — Já fazem quatro dias, você já não deveria ter lembrado?

— É isso que me assusta. Se eu ainda não lembrei, talvez seja algo horrível que eu forcei meu cérebro a esquecer.

— É uma hipótese — ele concorda. — Mas você quer mesmo saber? Digo, se foi algo tão ruim para o seu cérebro ter que deletar, acha que vale a pena relembrar?

— Eu não faço ideia.

— É melhor voltarmos a correr, o tempo está passando — ele diz, levanta-se e volta a se alongar. — Você terá todo o tempo do mundo para pensar nisso depois.

Kim Seungmin estava correto no que disse, eu realmente continuei pensando naquilo o resto do dia. Fico angustiada, refaço a minha rota para ver se não lembro o que é, mas sempre começa com o brinde à Chaeyoung e termina comigo passando o fim de semana em casa, porque a mamãe teve um compromisso importante de trabalho que eu não entendi muito bem.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐑𝐈𝐓𝐄𝐑; 𝗵𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora