Quando não digo nada, quando me sinto desligando, ela se encaixa.
— Foda-se. — ela tenta gritar comigo, mas sua voz falha quando ela pega sua bolsa e sai do quarto. Ela não está com os sapatos e não está usando sutiã por baixo da minha camisa.
— Você não está indo embora, está? — Era para ser uma afirmação, mas a pergunta está no meio-tom. Tudo porque eu disse que ela superou a morte dele mais facilmente do que eu? É um fato. Sei que é.
— Sim, eu estou. — ela retruca quando se vira, exatamente quando eu ando atrás dela. Eu tenho que parar e dar um passo para trás enquanto ela estica o pescoço para gritar:
— Como você ousa me dizer que foi fácil para mim.
— Você não sabe... — Eu tento dizer a ela que ela não tem ideia de como me relaciono com sua dor, mas ela não me deixa terminar.
— Deixe-me sozinha.
Ela furiosamente esfrega seus olhos enquanto desce rapidamente as escadas comigo logo atrás dela. A porta da frente está logo ali e ela vai direto para ela.
Ela está fora de si se acha que vou deixá-la sair daqui assim.
— Anahi. Espere um maldito minuto.
— Não me diga o que fazer. — ela grita de volta e tenta abrir a porta. Minha palma bate primeiro, fechando-a com força.
— Você não vai sair assim. — eu a aviso. Meus músculos estão enrolados, mas é o medo que me faz ferir tão forte. Ela está indo
embora. E não vai voltar. Eu posso sentir isso em cada centímetro de mim.
— Sim, eu vou. — ela responde, embora com a confiança abalada.
— Uma porra que você vai. — Minhas palavras são empurradas através dos dentes cerrados.
— Se você me respeita, em qualquer sentido da palavra, você vai me deixar ir embora. Agora mesmo.
— Anahi, não faça isso.
— Sério, Alfonso. Preciso ficar sozinha agora.
— Eu quero estar lá para você. — Não sei até que ponto as palavras são verdadeiras até que eu as diga. E oh, quão irônicas elas são.
— Bem, você não pode. — Ela me afasta.
Seus olhos azuis olham para mim e tudo o que posso ver é o mesmo olhar que ela dava a Tyler quando ele estava sendo pegajoso. O olhar que tão obviamente dizia que precisava de tempo e que estava sobrecarregada. Entendo agora porque ele sempre rodeava.
Receio que, se deixá-la ir agora, ela nunca mais voltará. Eu não posso perdê-la. De novo não.
— Eu estou indo hoje à noite. — Dou a ela o único compromisso que sou capaz.
Abaixo meu braço, mas ela não responde. Com um puxão rápido, ela abre a porta e sai, com os pés descalços e tudo.
Fico na porta e a vejo pegando chinelos na bolsa e depois os colocando na esquina da rua. Ela fica olhando por cima do ombro, talvez para ver se eu estou indo atrás dela.
E eu vou. Ela sabe que não deve pensar o contrário. Mas eu vou deixá-la ter uma vantagem.
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Possessive - Anahi e Poncho (Adaptada) AyA
FanficAlguns homens nascem com um coração negro e uma alma contaminada. Eu nunca quis admitir isso naquela época. Pensei que poderia superar quem eu sou e mentir para mim mesmo. Mas aceito a verdade agora. Está no meu sangue e nos meus ossos. Em cada pens...