E do nada eu acordei de tudo. Arfei com a pressão que veio em seguida, a minha cabeça. Pressionei minhas têmporas que estavam ardendo e respirei fundo.
- Ei.. Bella, que houve? - perguntou Peter me abraçando e tocando minhas mãos que estavam agarradas na minha cabeça.
- Dor de cabeça forte. - falei baixinho. Um som chato ficou zunindo no meu ouvido. Soltei um gemido de desconforto.
- Vou pegar um remédio. - disse se erguendo e voltando em menos de um minuto com água e um comprimido em cada mão.
- Obrigada. - agradeci pegando as coisas.
- Está tudo bem mesmo?
- Sim, porquê? - perguntei confusa assim que engoli o remédio.
- Você ficou meio estranha dormindo. Falou mais que o normal, murmurava coisas sem sentido.
- Fiquei tranquilo. Era um sonho bom. - menti.
- Porque está tão vermelha, se era bom? - perguntou erguendo as sobrancelhas.
- Porque era meio íntimo de nós dois. Algo mais... diferente. - inventei. Realmente eu corei ao pensar sobre isso.
- Ah! - chocou-se. Vi ele desviar o olhar.
- Bom.. vamos fazer algo de bom? - perguntei mudando de assunto.
- O que quer fazer?
- Nunca vi a piscina aquecida de vocês. Quero levar Kitty para brincar.
- É uma boa ideia. Vai se trocar e nos encontramos em vinte minutos no saguão.
Beijei sua bochecha e sai do seu quarto indo para o da Kitty. Abri a porta e vi que ela estava capotada na cama. Abri as cortinas alegremente e ouvi ela resmungar.
- Acorda, praguinha! - falei tirando a coberta de seu rosto. Ela se encolheu e enfiou a cara no travesseiro. - Bom dia!
- Mas são 7h da manhã! - gemeu ela olhando o relógio.
- Acordar cedo significa: brincar!
- Só mais 5 minutos. - pediu virando de costas para mim.
- Então acho que irei sozinha para a piscina aquecida... - falei como se estivesse decepcionada.
- Tá bom, já me convenceu. - animou-se erguendo da cama e indo para o banheiro.
- Escove os dentes e se troque rápido! - mandei.
- Tá! - respondeu animada. Sorri comigo mesma.
Me lembrei que o Natal era daqui a dois dias. Amanhã seria a Véspera de Natal e eu estava ansiosa para comprar presentes para todos. Espero que eles gostem do que eu estou planejando.
Kitty saiu com um maio rosa bonitinho e estava de roupão. Fui para meu quarto e peguei um biquíni azul claro, da cor dos meus olhos. Sai vestindo uma saída de praia larga e simples. Desci com Kitty as escadas e encontrei o Peter e o Drogo com aqueles shorts de piscina. Andamos juntos até sair da mansão, que estava nevando no caso e ventava. Ignorei minha pele arrepiada e os segui. Do lado da enorme garantem deles, tinha uma porta que levava a outra. Finalmente chegamos em uma sala gigante com piscina aquecida, ofurô e sauna a vapor. Admirei animada, nunca tinha vindo até aqui.
Tirei a saideira e pulei na piscina aquecida. A temperatura era boa e quentinha, não sendo insuportável mas também não sendo fresca.
- É tão bom. - comentei relaxada.
- Sim, bastante. - concordou Peter entrando do meu lado e me puxando para a parte rasa. Essa piscina era grande e a sala também. Essa mansão inteira era enorme!
- Kitty, venha brincar de quanto tempo conseguimos ficar embaixo d'água. - sugeriu Drogo.
- É indefinidamente.
- Mas o nosso tédio não. - argumentou.
Logo eles estavam na parte funda se distraindo. Peter me sentou no colo dele e eu fiquei um pouco constrangida. Nunca tinha feito isso. Ele fez carinho na minha mão e sorriu para mim torto. Eu peguei seu pescoço e o puxei para perto do meu rosto. Seus lábios roçaram nos meus ativando meu desejo por ele. Nos entreolhamos cheios de desejo interior. Sabíamos que era perigoso. Era assustador na verdade. Mas errado? Não...
- É errado querer você pra mim? - perguntei suspirando.
- Não sei. - admitiu acariciando meu braço em círculos confortáveis.
- Eu te amo.
- Eu também te amo. Mais do que minha própria existência.
- E eu mais do que minha própria vida.
- Eu sei. Por isso que não gosto quando se arrisca por mim. - retrucou.
- Que pena. - ri baixinho.
Kitty se ergueu da água do nada e me encarou com uma cara cética de novo. Se levantou e foi em direção onde deixou suas toalhas.
- Que foi, Katherine? Quer sair? - perguntei saindo do colo do Peter e andando um pouco pela piscina.
- Sabe o que eu quero? - perguntou baixinho.
- Katherine, o que você está me escondendo? - perguntou Peter franzindo a testa. - O que você está pensando?
- Quero que você suma da minha vida! - sibilou virando-se para mim e jogando uma faca na velocidade da luz.
Não deu tempo deu processar o que estava acontecendo. Senti mãos frias me empurrarem e por pouco, não bati a cabeça na borda da piscina. Vi Peter sibilar e senti cheiro de sangue.
- Peter, você tá sangrando... - murmurei me concentrando em ver as paredes da sala como antes.
- Preciso que tire esta faca de mim. - falou calmamente.
Me aproximei devagar sem sentir o meu rosto e olhei para costas dele. A lâmina estava cravada e saia sangue que ia para a água. Engoli em seco e puxei forte de uma vez. Ele gemeu um pouco e logo se curou.
- Katherine, eu vou te pegar. - rosnou se erguendo e indo em direção a garota.
- Faca isso. Aposto que vai gostar de eu matar a Isabelly. - comentou rindo.
- Não, Peter! É a Lizabeth. - falei impedindo-o de se aproximar da Katherine.
- O que faremos? - perguntou.
- Vou tentar desligá-la da mente da Kitty. - avisei.
Ele segurou ela e eu senti meus poderes se reunirem no centro de mim. Se eu não tivesse visto o brilho de morte sumir dos olhos da Katherine, eu não saberia que Lizabeth desistiu antes mesmo de eu lançar.
- O que estão fazendo? - perguntou Drogo inocentemente.
Para o azar dela, eu estava esperando por isso. Virei de costas e encostei minha mão nas têmporas do Drogo que ficou paralisado. Senti a presença dela indo embora e tanto ele quanto a Kitty se entreolharem confusos.
- Porque tem sangue na piscina? - perguntou.
- Longa história. Resumindo em uma palavra: Lizabeth. - comentei me afastando.
- Você foi ágil e esperta. - notou Peter.
- Temos que estar um passo igual a ela, ou ela sempre estará na nossa frente. - falei rapidamente. Peguei a saideira de praia vestindo-a e indo pro meu quarto tomar um banho para relaxar.
Entrei no chuveiro e comecei a massagear minha nuca de leve. Ela estava latejando um pouco, efeito da quantidade de poder que usei de uma vez. Mega normal...
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Os diários de uma híbrida (Vol.2)
ParanormalA continuação da história da nossa Médium🥰💗 *** Isabelly em um ano venceu batalhas avassaladoras, conquistou a confiança de várias pessoas e mostrou a si mesma que merece um recomeço. Ela está em seu segundo ano na universidade e continua como au...