Assim que entramos, senti crepitando uma aura de magia poderosa vindo até mim. Depois me toquei que se o Peter estava aqui com a pulseira, então...
Do nada, James me puxou para longe e me levou para a multidão de pessoas. Vi de longe, um homem chegar aos Bartholy. Tive que chegar um pouco perto para ouvir a conversa.
- Nicolae, Drogo, Peter e Katherine. - cumprimentou o homem com uma voz poderosa.
- Olá, pai. - responderam.
- Pai! - gritou Kitty quase pulando em cima dele.
- Katherine, os modos minha vampirinha. - repreendeu.
Quis me aproximar e dizer que Kitty sentia saudades dele, mas James me impediu. Neste momento, Lizabeth surgiu já que Peter se moveu mais para frente. Victor prendeu o olhar nela e senti Lizabeth rígida e ao mesmo tempo maliciosa.
- Victor. - cumprimentou.
- Lizabeth Pierce. - cumprimentou beijando sua mão. - Faz mais de dois séculos que não a vejo.
- Estou sempre por aí, vagando.
- Entendo. Bom, aproveite a festa, tenho um pronunciamento a fazer daqui a pouco. Vocês. - falou chamando os irmãos Bartholy com o olhar indiferente. - Venham comigo.
- Claro, pai. - responderam. Vi Peter quase trincar os dentes, Drogo revirar os olhos e Nicolae suspirar. Kitty ficou muda. Os quatro o seguiram e desapareceram.
Automaticamente, Lizabeth foi magnetizada até James. Sara apareceu, junto com Sebastian. Ficamos observando ao redor, sem saber o que fazer.
- Que pronunciamento é esse? - murmurei.
- Não faço ideia. Vamos.. nos misturar. - falou James pegando minha mão.
Sebastian e Sara começaram a dançar e James e eu também. Lizabeth arranjou alguém mas estava entediada.
James dançava melhor ainda e ele era bem cuidadoso. Me girou várias e várias vezes, suas mãos vagando pelas minhas costas.
- Você está bem bonita.
- Obrigada.
- E dança bem.
- Dependendo do parceiro, sim. - lembrei-lhe. Esse riu mas parou ao ver Victor aparecer.
Victor apareceu no topo de uma escada e atrás dele, estavam os Bartholy. Todos fizeram silêncio e aguardaram. Vi Sheila se enrijecer.
- Caros convidados, boa noite. Neste baile, será diferente. Separarei por uns momentos, com minha auto tecnologia, todos vocês. Um lado vampiros, outro lobos, bruxas, médiuns ilusionistas.. entenderam? Relaxe que não tem como falhar e se você não entrar, estará mentindo. - avisou.
- James. - murmurei em pânico.
- Calma, você vai passar pelos médiuns ilusionistas.
Aparelhos flutuaram e barreiras formaram. Todos os vampiros ficaram de um lado, lobisomens de outro lado, bruxas longe e eu fui para a barreira dos médiuns mas não me deixou passar e ficou vermelha. Entrei em completo pânico e vi James tentando vir na minha direção para me esconder mas quando passou da barreira não voltou. Victor era esperto.
E por pensar nele, grande parte do salão estava aberta, comigo no centro. Eu não encaixava em nenhuma dessas coisas. Para o meu azar, ele pulou e caiu na minha frente. Dei três passos para trás, vacilante.
- Lizabeth? Trocou de roupa e de visual rápido em. - notou.
- Sim. - murmurei.
- Porque não entrou na categoria dos vampiros?
- Não sei, eu sou uma e você sabe. Deve ter falhado ou algo do tipo. - chiei.
- Estranho... - murmurou consigo mesmo.
Ele esticou a mão e com um dedo, ergueu meu queixo. Comecei a inspirar entrecortada e olhei pro lado. A verdadeira Lizabeth saiu da barreira obrigada e vi Victor olhar de mim para ela.
- Que bruxaria é essa?
- Ora Victor, pensei que já tivesse ouvido falar das duplicatas. Para o meu azar, essa é a minha. - replicou Lizabeth. Se eu pudesse dava um murro nela.
- A duplicata humana. - chocou-se.
- Não é bem assim. - tentei dizer mas me calei.
- Destinada a terminar os feitiços. Sangue poderoso, capaz de criar e terminar mil maldições e feitiços. - comentou em voz alta.
- Victor, solte-a. - mandou Sheila.
- Bruxa tola, ela é a resposta de várias coisas. Além disso, o cheiro dela me excita. - riu pegando meu pulso.
Todas as barreiras romperam e uma música começou. Ele me puxou pra uma valsa e obrigada eu fui. Vi todos os meus amigos trocarem olhares preocupados e eu engoli em seco. Ficamos dançando lentamente de um lado pro outro.
- Adorável duplicata, que honra achá-la. - comentou.
- Não sei se me sinto ofendida ou aceito isso
como elogio. - respondi irônica.
- Seu cheiro é forte mesmo. Mas é o seu sangue? - perguntou pegando meu pulso e mordendo. Arfei e puxei forte mas não relaxou.
Ele começou a beber tão rápido que não sabia o quanto ele já havia retirado. Peter chegou e tirou o pulso me puxando para perto dele. Ele colocou sua mão gelada na mordida e relaxei aliviada. Victor lambeu a gota que estava no canto dos lábios dele e sorriu sinistramente pra mim.
- Você não sai daqui. - garantiu avançando em cima de mim.
- Se afaste, Victor. - rosnou Peter.
- Qual é o seu problema? Eu quero-a, então par de defender essa humana.
- Se aproxime mais e eu arranco seu braço. - prometeu.
Nicolae, James, Drogo, os lobisomens, o clã das bruxas e da Cataliste veio ao meu socorro. Os três humanos e muitas outras criaturas que se interessaram por eu enfrentar o Victor vieram ao meu socorro. O resto ficou o mais longe possível.
- Vocês pensam que vão me deter? - perguntou rindo e com um estalo, todos apertaram as cabeças e caíram no chão com dor. Victor caminhou até mim e eu olhando todos caídos sem saber o que fazer, andei pra trás.
- Para! - berrou Kitty se pondo na minha frente.
- Como é? Katherine, você nunca me desobedeceu minha vampira. - chocou-se Victor.
- Não pode machucar meus amigos! Meus irmãos! Nem a minha babá! - gritou apontando o dedo pra ele.
- Eu te dei tudo, Katherine. É assim que você trata seu pai?
- Meus pais morreram por sua culpa! Você os matou naquela noite! Quando me viu, teve.. coragem e me salvou. Pensei que você me amava de verdade, mas você me usa! - berrou frustrada. - Você apagou minha memória para eu não lembrar deles, mas você usou o único poder que me faria lembrar: o poder da dor em conjunto! Você se ferrou, "Papai". - riu amarga.
Encarei Kitty surpresa. Ela teve as memórias recuperadas e não tinha um pingo de carinho no seu rostinho, só dor e raiva. Senti uma pena por ela descobrir assim, mas satisfeita por Victor usar esse poder, só revelou mais ainda quem ele é.
- Katherine, minha vampira, você está enganada. A sua suposta babá disse coisas e mexeu com sua cabeça. - falou com as mãos nas costas.
- Eu estou certa do que penso. Você nunca foi um pai de verdade pra mim. Nunca me chamou de filha. Nunca me tratou com carinho como a minha babá me trata! - gritou com raiva.
Como se eu estivesse vendo em câmera lenta, uma estaca de madeira avançou na Kitty. Rapidamente, empurrei-a para longe e segurei o braço dele. Ele era mil vezes mais forte que eu e achou graça eu tentando segura-lo. Uma humana segurando o braço de um vampiro. Ele me agarrou e a estaca, lentamente ia entrar no meu braço me arranhando. Para a minha sorte, Kitty pulou em cima dele e quebrou o braço dele e a perna. Ele sibilou e nos afastamos dele. Ele se concertou em segundos e avançou tão rápido pra cima da Kitty que não pude fazer nada. Do nada, Kitty estava no chão e no lugar dela, com uma estaca no peito estava...
- Jessica! - gritei horrorizada.
Jessica que estava com um vestido branco, tinha uma mancha no peito enorme. Ela caiu e eu pensei que estava morta. Mas ela lançou uma magia potente contra o Victor que tombou e a dor que estava em todos, parou. Ele se ergueu e quando vi, ele correu até ela e com uma mão, quebrou o pescoço. O estalão foi o que despertou todos para o perigo que ele infligia sob nós. Jessica estava com os olhos abertos e não respirava. Um silêncio mortal surgiu e todos nós não sabíamos o que reagir ou fazer.
- Mais alguém? - perguntou.
Ouvi os gritos de dor das bruxas e eu sabia que não teria como. Jessica estava morta. Meu chão parecia que ia desaparecer. Senti minha visão vacilar e James me afastou do Victor rápido. Trinquei os dentes e a raiva dentro de mim era enorme. Eu queria vingar a morte da Jessica. Nem senti as lágrimas descendo pelo meu rosto. Fixei meu olhar no corpo da Jessica no chão e o sangue no salão. Flashbacks da morte dos meus pais e da Jessica surgiram, me fazendo enlouquecer. Era culpa minha. A minha existência colocou a culpa em mim. Eu ser uma maldita duplicata causou a morte deles. Eu não conseguia raciocinar.
- Agora, se não quiser que mais algum amigo seu morra, sugiro que venha, duplicata. - falou calmamente estendendo a mão para mim.
Soltei um grunhido áspero lívida de raiva. Eu ia matá-lo ou ele me mataria.
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Os diários de uma híbrida (Vol.2)
ParanormalA continuação da história da nossa Médium🥰💗 *** Isabelly em um ano venceu batalhas avassaladoras, conquistou a confiança de várias pessoas e mostrou a si mesma que merece um recomeço. Ela está em seu segundo ano na universidade e continua como au...