eu...

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*ponto de vista: lorenzo*

Chegando no canto onde estávamos alojados, Guedes e Almeida já vinham também.
Fico bastante surpreso com o tamanho do veado que eles trouxeram nas costas...

- Eita, olha o tamanho desse, como vocês conseguiram??

- pois é, encontramos o bicho bem rápido parecia estar nos esperando pro abate. - almeida me responde.

- e o fonseca, cadê? - guedes pergunta.

- acabamos de revesar, ele foi tomar banho no lago. Ja ja está voltando ai...

Guedes e Almeida continuam tirando as partes para assar pra janta e quem sabe servir de almoço amanhã.

Aviso que vou começar a fazer uma fogueira separada pra nos aquecer a noite. Pego alguns gravetos e me preparo.

Lá vem Fonseca, tento não fazer contato visual enquanto ele finge normalidade e conversa surpreso com os outros sobre à caça.

Beirando às sete todos estavam prontos para uma noite um tanto turbulenta pois era preciso muita atenção afinal estávamos numa floresta no meio do nada e a qualquer hora poderia aparecer um animal venenoso.

Estabelecemos uma nova triagem: depois do jantar 2 dormem enquanto os outros 2 vigiam, e assim continuariamos até amanhecer

- tudo bem, então vamos eu e você no primeiro turno, guedes? - já digo fugindo da minha provável dupla com fonseca.

- não, lorenzo. Preciso dormir primeiro, acabamos de caçar. - ele responde.

- é, o que custa manter nossas duplas de caça? Assim ficaria justo. - propõe almeida com cara exausta e defendendo o que eu mais temia.

- ok né, a maioria vence, fazer o que. - digo morrendo de raiva.

- ué, mas o fonseca não disse nada. - guedes disse.

- por mim tudo bem. Nem estou com tanto sono assim...

Claro que tudo bem pra ele. Claro.

.

E lá estávamos, só eu e ele sentados no tronco ao redor da fogueira, eu bem longe dele óbvio.

Os outros dormiam que roncavam alto.

- e aí, você vai ficar me evitando a noite toda mesmo?

(Ele me provoca vocês tão vendo...)

Finjo que nem ouvi.

- só quero que você saiba que eu sinto muito por aquilo, achei que você també-

- shhhhhiii, você tá louco? Quer que eles ouçam? - digo sussurando mas em tom de briga..

- eles tão apagados, se bobear nem vivos estão...

Ok, confesso que ri dessa piadoca.

- aaah, consegui tirar um sorriso seu...

- para com isso!! tudo bem, desculpas aceitas, era isso que queria ouvir?

- ah, não... não foi sincero...

- hmmmm, então o que você quer que eu faça pra provar? - digo com um risinho safado atiçando ele.

(Gosto de jogar também... ele quer brincar logo comigo que já estive em seu lugar um dia desses)

- olha... tá vendo como você é! - ele diz ficando surpreso com a minha audácia...

- mas agora sério, sei como você se sente, sabe... gostar de uma pessoa que não dá a mínima pra você, estaria sendo hipócrita se te tratasse mal...

- e... essa pessoa seria...

Balanço com a cabeça concordando que estava falando do Bento.

- pode ficar tranquilo que de mim não vai sair nada...

- digo o mesmo...

Não sei como, mas me senti confortável em falar isso em voz alta. De uma forma me fez bem desabafar com alguém que não seja o Bento.

Estava enfim satisfeito com a minha maturidade na qual precisaria mais do que nunca quando volto pro quartel e me deparo com Bento aos prantos no nosso dormitório só me esperando pra desmoronar...

Estava enfim satisfeito com a minha maturidade na qual precisaria mais do que nunca quando volto pro quartel e me deparo com Bento aos prantos no nosso dormitório só me esperando pra desmoronar

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eu e ele...Onde histórias criam vida. Descubra agora