eu e ele...

além da ilusão

O abraço reconfortante que tinha muito mais significado. O reencontro, a certeza que Bento não perdeu Lorenzo e que Lorenzo não perdeu Bento. uma sensação de alívio, de estar cada um deles com seu porto seguro. Antes de namorados eram melhores amigos, inseparáveis, e esse era o sentimento por trás daquele singelo e puro abraço.

Num pulo, correria pra subir e descer mais uns degraus para encontrar um abrigo e solitude em meio a tanta maldade, dor e medo.

Lorenzo fica um bom tempo tocando Bento, como se estivesse conferindo se não era uma ilusão de sua cabeça, mas não... é real! É Além da Ilusão!!!

Bento respira aliviado ao olhar seu querido e pequeno Lorenzo. Seus olhos enchem de lágrimas ao ver ele todo machucado e mais abatido ainda. Pede desculpa por ter liberado seu lugar naquele maldito passeio.

– Bento, para. Olha pra mim... aconteceu o que era de acontecer, o importante é que estou bem e a salvo.

– fiquei com tanto medo de te perder, Lorenzo... – Bento muito emocionado.

– eu também, mas para de chorar se não vou chorar também!

Ambos riem... Bento pega no rosto de Lorenzo e ele arregala os olhos, preocupado percebendo que Silvana estava acompanhada dele...

– não se preocupe, Bento já me disse tudo, super apoio vocês dois... vai! rápido... vigio o corredor pra vocês!!!

Os dois se beijam, um beijo apaixonado e com gosto de enfim juntos e dessa vez nunca mais iriamos nos desgrudar...
Passaram o restante do dia conversando sobre o que aconteceu nesse tempo afastados...

E, como sempre, com a presença ilustre do céu estrelado, mas agora com a presença especial da neve, pela primeira vez caindo a frente dos dois. uma grande coincidência para completar uma noite tão linda e inesquecível...

Bento resumiu dizendo que não parava nem um segundo de pensar nele, querendo participar das buscas e de tanto insistir ele com a ajuda de Silvana conseguiram chegar até lá, (claro que passaram por poucas e boas nesse caminho, mas isso não importava no momento, Bento queria ver Lorenzo feliz).

Já lorenzo diz que passou esse tempo em coma e quando acordou foi direto procupar por pistas sobre onde Bento estava.

– wooooont, como são fofos.

Os dois se viram e percebem que Sivana, a italiana, estava entrando.

– desculpa, mas vocês são ridiculamente lindos juntos.

– acho que não vou me acostumar com você sabendo da gente. – Lorenzo cutuca com vergonha.

– pois é melhor viu, desde quando soube essa aí não parava de perguntar sobre nós. – bento diz.

– sempre soube, Bento só confirmou tá!
Enfim, vim aqui só pra dizer partiremos amanhã cedo!

E assim se cumpriu, Lorenzo cedeu sua cama para Silvana e os dois dormiram juntos em uma cama improvisada com lençóis no chão, com muito cuidado para parecerem grandes amigos e disfarçando muito bem passaram a noite apagados.

E ao amanhecer partiram.

Pelo mesmo caminho que Bento e Silvana vieram antes. Ao passar por esses pontos viram que estava tudo mais quieto, o barulho de bombas diminuíram e tiros, aviões tinham seus números contados também. A desconfiança se confirmou.

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O DIA DA VITÓRIA – 8 de maio de 1945.

chegando no ponto onde estavam instalados logo foram recebidos com comemorações e festejo, alguns bebados outros dançando.