eu, ele e o fonseca... (parte II)

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*ponto de vista: Lorenzo*

Depois do lanche e das brincadeiras, fomos rápido pra onde nossa ala de soldados estava, sentimos que iria vir uma bronca daquelas pelo nosso atraso.

Chegando lá, quatro fileiras separavam os soldados em continência, mas existia dois lugares vagos, os últimos, justamente os nossos.

Andando de fininho sem causar nem um barulho...

- ora ora... vejam se não são eles... a dupla mais falada do quartel...

Ficamos intactos em postura de respeito ao coronel Franco que vinha bem devagar nos interrogando...

- soldado... - chega perto de nós e lê os nomes bordados... - ... lorenzo e soldado... bento. é isso?

- sim senhor! - nós dois em tom alto...

- vocês podem explicar, não só pra mim mas pra todos os senhores aqui presentes desde cedo o porquê do atraso dos senhores?

- coronel Franco... - lá estava ele, Fonseca milagrosamente chama o coronel pra um particular... anjos existem... e um deles livrou a gente de uma enrascada e tanto.

Eu e Bento olhamos sem entender nada, Fonseca estava sussurrando para o coronel algo sobre nós, parecia dissertar palavras que nos livrasse da punição pelo atraso...

Comento baixo com Bento:

- por que fonseca não está aqui com a gente?

- não faço a mínima ideia também...

- porque ele é o protegidinho do quartel, deve ser filho ou parente de um dos chefões - diz um soldado que ouviu nosso comentário.

- nossa, por essa eu não esperava... - digo querendo ouvir mais...

- mas como ele tava na festa ontem com todos? - bento questiona.

- sei lá... mas como você acha que a gente conseguiu bebida, fogueira e um lugar pra curtir... assim como vocês vão conseguir essa imunidade do coronel?

- nossa, agora tudo faz sentido - digo muito surpreso.

- pensavam o que? Que ele tava na cola de vocês desde ontem pois vocês são especiais? Aiai, esses novatos... tolinhos tolinhos.

Ficamos chocados.

Depois da conversa o coronel seguiu em frente como se nada tivesse acontecido. Enquanto isso, Fonseca passa por nós e só olha rapidamente, sem dizer e expressar nada.

Depois do treinamento de armas voltamos exaustos para o dormitório... comentamos o que rolou no dia, e concluimos que no quartel seria bem mais louco do que imaginamos...

Chega perto da hora do refeitório liberar o lanche da tarde, e já fomos pois estávamos com fome.

Pegamos nosso copo de suco gelado com algumas bolachas água e sal e fomos até uma mesa vazia (não éramos tão ingênuos assim e arriscar pedir pra sentar com um grupo, ainda mais com a nossa fama)

De repente, chega Fonseca pedindo pra sentar conosco... ele como sempre bem sorridente, no quarto desconfiamos muito se era algo mais que ele queria com a gente, ainda mais depois de ontem, hoje no banho, nos defendendo do coronel. Tudo muito estranho.

Mas obviamente deixamos.

Ele senta ao meu lado.

Estava ainda todo equipado pelo treinamento mais cedo.

- e aí? Como vão vocês, tudo certo? - ele se acomodando no banco.

- tudo sim, Fonseca. - diz bento.

- olha, vou direto ao ponto, o que você quer da gente, fonseca? - digo intimidando logo de cara.

- olha, vou direto ao ponto, o que você quer da gente, fonseca? - digo intimidando logo de cara

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