Regras - 4

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Em homenagem as dayrol, vou tentar postar mais um capítulo hoje :)

Dayane Pov

Assim que me sentei no meu lugar dentro do avião rezei para que desse tudo certo na noite que viria. Até agora minhas colocações haviam sido boas, fiquei em quinto na primeira corrida, em quinto na segunda e na terceira em quarto. Minha meta era não sair do Top 5, mas com o meu pé daquela forma não sabia o que aconteceria. Não havia me atrevido a contar para ninguém além de Victor, precisaria manter a pose até ele estar novo em folha. 

- Mas me conta, vocês sequer chegaram a ficar? - Victor perguntou no voo, meu pé em seu colo com um saco de gelo em cima. 

- Não deu tempo. - Suspirei. - A tragédia aconteceu antes. 

- Vão ter outras chances. - Ele apertou meu ombro. 

- Eu espero que sim... Acredita que Simon já estava me sondando igual urubu ontem no autódromo? Acho que ele sabe que eu estou com um crush em alguém. 

- Mentira! Esse cara não te da paz né?

- Pois é... Ficou jogando o contrato desse ano na minha cara. Dizendo que as regras eram bem claras, que eu assinei sabendo de certas sanções e afins. 

- Pelo menos você só tem que aguentar ele até novembro. 

- Depende, né? Se eu não tiver outra proposta, vou ficar onde estou. 

- Então você trate de ganhar. Se fizer isso, vão chover ofertas. - Ele pareceu convicto e eu preferi me deixar levar por aquela falsa ilusão. 

- É... Quem sabe. Eu vou dormir um pouco ok? Estou cansada. 

Victor apenas concordou com um sorriso terno e eu me permiti fechar os olhos e descansar. 

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Saímos do aeroporto pelos fundos, procurando evitar tumulto. Eu tentava não mancar sabendo que fotos poderiam estar sendo tiradas de nós, meu pé doía igual um inferno, mas eu ignorava como podia. Assim que entramos no carro peguei meu celular e mandei uma mensagem para Carol falando que estava bem, mas deixando de fora a parte onde eu queria arrancar meu pé fora e acabar com aquela dor.

Victor me ajudou discretamente a chegar ao meu quarto no hotel e eu rapidamente me deitei e liguei na recepção pedindo para que me trouxessem gelo. Sairíamos em duas horas para o autódromo, o máximo de tempo que desse para deixar meu pé no gelo eu faria. 

- Como está se sentindo?

- Como se tivessem passado um caminhão em cima do meu tornozelo. 

- Justo. - Victor sentou ao meu lado. - Tem certeza que vai correr?

- Tenho, Vi. Que outra opção me resta? 

- Ser honesta e esperar compaixão?

Olhei séria para ele, ele só podia estar brincando.

- Já viu quem trabalha comigo? Compaixão? Capaz de eu ser demitida se sequer sonharem que eu estava na casa de uma mulher ao invés de estar me preparando. - Ele suspirou sabendo que eu tinha razão. 

Liguei a televisão querendo encerrar aquele assunto o mais rápido possível, estava cansada ainda e precisava estar centrada. 

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Victor e eu saímos juntos do hotel para o local da corrida, apesar de corrermos para marcas diferentes estávamos quase sempre junto e, honestamente, estava sendo bom poder me apoiar nele por um tempo. 

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora