Um Bilhão de Vezes - 11

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Dayane Pov

Depois de dias sem dormir ou acordar com Carol do meu lado, sentir seu corpo ali assim que meus olhos se abriram foi no mínimo prazeroso. Eu ainda podia sentir sua respiração calma e ritmada denunciando que ela ainda ainda dormia, seu corpo ainda nu chamando a atenção de meus olhos.

Com cuidado peguei meu celular vendo as horas, já se passavam de 12h o que era compreensível já que fomos dormir quase três da manhã. Vi que haviam algumas mensagens de minha mãe, Victor, Elana e Simon. Respondi minha mãe e Victor, quando ia responder Elana senti a ruiva em cima de mim se mexer.

Deixei o celular de lado, ignorando tudo que não fosse ela. Seus olhos abrindo devagar, o castanho brilhando, seu cabelo levemente bagunçado se espalhando por mim e pelo travesseiro. Deus, obrigada por fazer essa ruiva estar comigo.

- Para de me olhar assim. - Ela disse com a voz rouca. - Fico sem graça.

- Estou te olhando normal. - Me virei para Carol.

- Mentirosa. - Deu a língua.

- Eu não posso fazer nada se você é a mulher mais linda do mundo.

- Meu Deus, como você é gay Dayane. - Caroline riu se aconchegando em mim.

- Claro, porque você é muito heterossexual.

Ela somente manteve o sorriso em seu rosto e fechou os olhos novamente.

- Estou com fome. - Sussurrou.

- Podemos sair pra almoçar. - Dei de ombros fazendo um cafune em seu cabelo.

- Por favor. - Ela respondeu antes de se levantar.

Meus olhos correram por seu corpo e a visão privilegiada que me era oferecida.

- Vou tomar um banho. Você vem? - Ela se virou rapidamente me pegando secando seu corpo. - Que coisa feia, Day, me comendo com os olhos ao invés das mãos?

Se aproximou com um sorriso sacana.

- Não me provoque. - Avisei saindo da cama e indo para o banheiro sabendo que ela me seguiria.

Tomamos um banho o mais rápido que podíamos, eu estava morrendo de fome assim como Carol. Para variar, fazia frio em Londres e por isso saímos bem agasalhadas. Caminhamos de mãos dadas e calmamente até um restaurante próximo do hotel, eu havia ido ao estabelecimento com Victor algumas vezes já e sabia que a comida era boa. 

Pedimos nossa comida e voltamos a conversar sobre besteiras, Carol me contava sobre suas coisas e eu sobre as minhas. Não que nós já não soubéssemos, já que chamadas ao fim dos dias se tornaram comuns entre nós. O prato de Carol chegou um pouco antes do meu, então o silencio se instalou por alguns segundos enquanto ela comia e eu pude lhe observar. Até o fim da noite, ela seria minha namorada. 

- Um real pelo que você está pensando agora. - Carol declarou, vendo que eu lhe encarava. 

- Que eu estou morrendo de fome. - Menti. 

- Quer um pouquinho? Mas bem pouco. - Ela avisou e eu ri de sua tentativa de dividir comida comigo.

- Não, baby, pode comer a vontade. 

- Que bom, eu só queria ser educada. 

Não aguentei segurar meu riso e lhe encarei incrédula, eu sabia daquele fato apenas não achei que ela seria tão aberta sobre. De qualquer forma, meu parto chegou instantes depois então pudemos comer juntas. 

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Depois que Carol e eu saímos do restaurante, resolvemos dar uma volta por Londres. Passamos em alguns pontos turísticos e terminamos nosso pequeno tour no Green Park, onde sentamos na grama para aproveitar o restinho de sol do dia. 

Cantando em PistaOnde histórias criam vida. Descubra agora